28/04/2015


 NAS ANDANÇAS DE ANNA MARIA POR SÃO PAULO, ELA TEVE O PRAZER DE ...Foto de Lucia Helena Pereira.

JANSEN



NOS PARÂMETROS DA SIMPLICIDADE

Por: JANSEN LEIROS, escritor e sócio efetivo do IHGRN

A abordagem do tema de hoje nos parece um tanto filosófica. Porém, se tomarmos como paradigma a filosofia do ‘’Sede simples para alcançardes o reino dos Céus’’, concluiremos que estamos no caminho certo.
Quando fomos criados pelo Pai, nos primórdios da vida, nos fizeram  SIMPLES E IGNORANTES!.
Foi a eclosão embrionária, como em todo  e qualquer SER, quando iniciamos nossa tarefa cognitiva, aditivando ao nosso acervo, no processo de assimilação, o saber que a vida nos foi gradativamente condicionando, na medida de nossa caminhada.
É necessário que aceitemos uma verdade sem que a questionemos: “Niguém é melhor do que ninguém ! Em face do Criador, somos todos absolutamente iguais.
Cabe-nos, ao longo do trabalho curricular que nos cabe desempenhar em nosso próprio benefício, ter a acuidade de nos conscientizarmos dos valores que carecemos de assimilar no armazenamento cognitivo, sem que nos permitamos proceder a quaisquer estacionamentos improdutivos, que tão somente nos causam atrasos desnecessários.
Continuemos nossa análise!
É da natureza humana, carregarmos dentro de nós uma série de posturas conflitantes com a mensagem de amor do Cristo de DEUS. E, tais conflitos, são decorrentes de assimilações egocêntricas, limitadoras das projeções positivas, de todos e quaisquer Seres deste Universo de DEUS! e que nos capacita à ascese de postos de maior abrangência nos COMANDOS que nos são conferidos (tal condição é alcançada pelo mérito) com base na assertiva de que a cada ujm segundo as suas obras”   
Vejamos! Jesus nos recomenda a simplicidade; mesmo tendo como certo que a soberania das posturas projeta-se, sem dúvidas, como uma decorrência do conhecimento acumulado. No contexto das entrelinhas, a simplicidade passaria a ser o repositório natural da sensatez de qualquer SER HUMANO, em desenvolvimento. 
Pois bem! Gestor do Universo, que conhecemos, JESUS jamais insurgiu-se contra a natureza de quaisquer coisas, pois sempre teve como princípio o respeito aos circunstantes, apesar do poder investido em suas mãos, PARA FAZER O QUE BEM LHE APROUVESSE!   Mas, em contra partida, sempre pisou o chão com sandálias humílimas e se apresentou com o selo da pobreza humana, apesar de TODO O SEU PODER!.
Durante os três anos de messianato, o mestre, em nenhum momento afastou-se desse modelo de simplicidade e de Amor.
Um Amor, absolutamente incondicional, ajustado em suas regras perfeitamente EQUÂNIMES, contidas no Bem que pregava e exemplificava diuturnamente.
Ora, se nos condicionamos a trabalhar nosso interior no sentido da absorção dos valores filosóficos do Mestre Jesus e a seguir seus postulados, por convicção, interiorizando a doutrina do Amor Incondicional, por ele defendida e exemplificada, estaremos nos projetando em permanente ascensão. .
Se assim é, não basta aparentar tais absorções, faz-se necessário, também,  sê-lo de fato, na essência  de suas atitudes.
Sêde Simples e puro(a)s como o é a composição das águas que correm translúcidas em seus leitos impolutos, no cumprimento de sua missão perante a vida.
Essa assertiva  é tão verdadeira que não carece de ser explicitada.
Elas, Simplesmente o são, em sua própria natureza.
Para nos colocarmos no pódio da simplicidade, não se faz necessário subi-lo, pois ele estará onde nossa simplicidade, humildemente,  estiver, onde e  aonde esteja nosso coração.
“Sê simples, este é o pedido do Mestre Jesus!”

27/04/2015

C O N V I D A
Lançamento:
História de Rambo Rojo
– um grande campeão de vaquejada.
 
Autor: JOSÉ HUMBERTO DA SILVA
Data: 29 de abril
Horário: a partir das 18 horas
Local: Livraria NOBEL, Av. Salgado Filho
Natal-RN

25/04/2015


RELEMBRANDO B – B – B

Valério Mesquita*


 

Negativo. Não é o Big Brother Brasil, horrível e superficial. Nem coisas do Banco do Brasil ou do Banco do Nordeste. Quero me referir ao mais notável trio da política do Rio Grande do Norte, das décadas de cinquenta a setenta. Do tempo em que não existia marqueteiro, mas feiticeiro. O voto milagroso era do milagreiro. Conquistado mas, também, fabricado, produzido, trabalhado no mapismo, nos porões e no estrabismo do presidente da secção eleitoral. O trio B-B-B era soturno, noturno, taciturno, no segundo turno da apuração dos votos. Nasceram no mesmo ventre: O Partido Social Democrático, o velho PSD de Theodorico e Jessé. O partido majoritário, marca registrada de uma fase de eleições duvidosas mas de políticos verdadeiros.

Antes de revela-los, direi mais: o exercício do voto daquele tempo era superior ao processo da atual eleição norte-americana e, quiçá, ao virtual da urna eletrônica dos nossos dias. O triunvirato era Bessa, Bosco e Besouro. Prenomes simples: José, João e Assis. Três reis magos das boas novas, da brejeira anunciada em prol do sujeito oculto do sufrágio eleitoral. José Bessa, alto e simplório, escondia-se por trás de aparente timidez. Olhos miúdos mas penetrantes como se adivinhasse o dia de amanhã. O Grande Hotel do “majó” Theodorico era o quartel general. Ali, cedeu o cetro e a coroa ao jornalista João Bosco Fernandes, de fisionomia tensa e intensa, como se estivesse saindo permanentemente de noites indormidas. Era gordinho e, em pé, abria os braços costumeiramente para ouvir e envolver o problema do partido. E Assis Besouro, único sobrevivente dessa tríade, olheiro e vidente da política, foi estafeta de Jessé Freire e exorcista de capitulações impossíveis.

O curioso de tudo isso, é que escreveram em jornais. Expuseram suas idéias. Jornal do Comércio (da Ribeira, do PSD), Jornal de Natal, entre outros, foram veículos de seus pensamentos. Eram letrados, instruídos e não meros cabos eleitorais. Profetas das urnas e simuladores de resultados. Um trabalho, uma devoção e uma ação gratulatória. Hoje, bostalizaram a atividade política, da capital ao interior. A qualidade nostradâmica dos três expoentes da prédica eleitoral, da capacidade de orientar o líder maior, vaticinar, prognosticar, predizer sobre a eleição, o eleitor, o município e o chefe político – ela sumiu do mapa do Rio Grande do Norte.  Porque eles agiam mais por convicção do que por conveniência.

Viviam para desarmar presságios e administrar as circunstâncias da política. Para eles a atividade era encarada como um fascínio. Tinham o senso da sobrevivência.  Os três somados possuíam a força da mídia deles propriamente. Quando os antigos costumes políticos sucumbiram e a legislação eleitoral mudou, ficaram, todavia, nas paragens onde atuaram, em etapas diversas, passagens esparsas de vidas, que hoje relembro para aqueles que respiram o mesmo ar, pisam o mesmo chão e participam da mesma natureza. Registro a trajetória, rapidamente, da existência de José Bessa, João Bosco e Assis Besouro, como quem fotografa um instante de um universo perdido de sonhos, travessuras e ilusões. Uma canção ligeira em louvor de figuras simples mas sábias (e sabidas) – atualmente - sombras, nada mais. A todos: saudações pessedistas!!

 

(*) Escritor.

GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN


A COLUNA PRESTES E AS CERCAS DO SERTÃO

            Nos feriados da Semana Santa que passou visitei a cidade de Portalegre, os lados da “tromba do Elefante”, na região Oeste do Estado. Amigos meus tinham-me cobrado uma lembrança da passagem de Luís Carlos Prestes, durante os meados de 1926, no comando da Coluna que tomou o seu nome e que marchou por entre aqueles serros e caatingas, no entorno das pelejas desde o Piauí, passando pelo Ceará. Segundo Daniel Aarão Reis (Luís Carlos Prestes - Um Revolucionário Entre Dois Mundos; C. das Letras, 2014), durante a passagem pelas comunidades sertanejas, a Comuna teria sofrido duros ataques das populações, das tropas mobilizadas por fazendeiros e por líderes políticos locais, inclusive com arregimentação de jagunços e das polícias estaduais.

            Na sequência das aldeias assentadas por toda a Chapada do Apodi, anteriormente distanciadas uma das outras, hoje mais aproximadas pelas estradas pavimentadas, se descortina o progresso desvairado que atenta às tradições de gente e vínculos tão sedimentados com a terra. Se a agricultura não mais encanta seus beiradeiros e moradores, a Internet reforça o surto da juventude em busca de vida melhor, nas grandes cidades do litoral.

Às indagações feitas ninguém mais se lembra da Coluna Prestes que passou pela região. Nenhuma marca ficou guardada na memória dos mais velhos. Nem mesmo a lembrança da histeria disseminada, segundo a qual os revoltosos se apossariam da riqueza encontrada nas cidades por onde passasse. Ou de que destruiriam as igrejas e capelas, em se tratando de agentes do demônio, como se difundiu à época.

De lado a lado, entretanto, o desconhecimento das intenções da luta tornava os homens indomáveis, tal a aspereza da vida vivida no sertão. A Coluna teve de enfrentar as armas do “Exército patriótico do padre Cícero”, a que se juntavam os batalhões civis, os jagunços municiados pelo governo federal, sob o comando dos proprietários rurais, a quem se agraciava com patentes da Guarda Nacional. A isso tudo se juntava a população obstinada na perseguição da Coluna.

No dia 3 de fevereiro de 1926, a Coluna Prestes subiu a serra de São Miguel e chegou na freguesia de Luís Gomes. Em que pese a resistência da população, houve o saque daquelas cidades, com prejuízos dos habitantes. Dois dias depois, a Coluna adentrou na Paraíba, onde foi lançado o manifesto “Ao Povo paraibano”, subscrito por Miguel Costa, Prestes e dois chefes que conspiravam na Paraíba. Saudava os tenentes Aristóteles de Souza Dantas e Lourival Seroa da Mota. Por último, dava vivas ao povo paraibano, ao marechal Isidoro Dias Lopes e a revolução brasileira.

A esse tempo, o nome de Prestes tornara-se um mito, despertando em seus comandados a afeição pela retidão de justiça, a capacidade de sacrifício, enquanto lendas corriam a seu respeito. É que uma feiticeira – Tia Maria, que dançava nua perante o fogo das metralhadoras, ao som de uma flauta - teria “fechado o corpo dos rebeldes”.

Ainda hoje, passados tantos anos, ao alcance do atual registro histórico, é fácil perceber na junção da saliência íngreme dos serrotes e nos pedregulhos incólumes os traços pastoris de que se serviu a ocupação humana, ainda hoje conservados nas cercas e currais, na alimentação e no largo uso do couro, forma de domínio e liderança: o rebenque usado como instrumento de submissão do próprio homem ou dos animais.

Naquele sertão, ainda são vistas as casas de fazenda, cujos currais são a extensão do oitão através de cercas espichadas no rumo infinito da paisagem. São edificadas em vários estilos, de pedra, de pau-a-pique, cerca viva de gravetos, de aveloz, de cardeiro, em maravalha, em arame farpado, de tamanho nunca superior ao de um homem, que dê a visão de quem está do lado de fora. Cercas só faccionadas por mata-burros. Cercas horizontais que se projetam para além da casa grande, a fim de confinar a convivência do homem com vegetais e animais íntimos de toda a vida: o milho, o feijão, o boi, os porcos, cavalos, cabras e aves.

A necessidade da cerca teve razão no criatório solto, cujo apartamento anual teria êxito no cuidado diário dispensado e mais aproximado das reses. De outra, a proteção que dava nas áreas de agricultura mais intensa, nos baixios e vazantes, para evitar a invasão dos bovinos e seu pisoteio destruidor.

A configuração das cercas no sertão, dado o declínio da dominação patriarcal, bem assim com a nova configuração econômica das regiões em urbanização crescente e pela presença das estradas, está em decadência. Dão-se outras formas de ocupação e itinerário, estabelecendo novos espaços econômicos através de vias que tornam factíveis a mobilidade de grandes negócios e de contingentes humanos.

As comunidades que há quase um século viram um bando de “comunards”, liderados por visionários tenentistas, que projetavam a esperança utópica da Revolução na figura de um líder, atravessando as serras do alto Oeste, sofreram alterações inevitáveis, ao gosto da modernidade e a perda de costumes seculares. É possível encontrar-se ainda relíquias de velhas cercas de pedras empilhadas, lembranças amenas de um tempo, marcas guardadas da ocupação por judeus errantes, ou de cangaceiros fora da lei, em passagem, no rumo das charqueadas do Piauí, segundo o relato de Calazans Fernandes (O Guerreiro do Yaco - Serra das Almas. FJA.2002). Foram e continuam sendo cercas poéticas, cercas vivas, estilosas que insistem em guardar suas nuances e limites, apesar da passagem do tempo.

Dia 27 a 30 de abril


Pressione ? para obter os atalhos de teclado.

24/04/2015

José Gomes Camello e Elena da Paixão


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
Nem todos os registros do passado são confiáveis. Vários deles contêm erros de transcrição. Alguns assentos da Igreja eram baseados em termos que vinham dos padres que celebravam as cerimônias. Estes já continham erros e aqueles transcritos, mais equívocos ainda. Em cada registro de um filho de determinado casal, encontramos informações diferentes. Nos registros referentes ao nosso personagem de hoje, José Gomes Camello, encontramos informações diferentes sobre sua naturalidade ou sobre a legitimidade de sua filiação. Vamos começar, inicialmente, com o casamento de José e Elena.

Aos nove de junho de 1766 anos, na capela de Nossa Senhora da Conceição de Jundiahi, filial desta Matriz, corridos os banhos nesta Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, naturalidade da nubente, e na Capela do dito Jundiahy, (ilegível) da naturalidade por parte do nubente, de licença minha, se casaram, pelas três horas da tarde, Joseph Gomes Camello, natural da Cidade de Olinda, filho ilegítimo de João Gomes Camello, e de Cosma de Olanda, já defuntos, naturais da mesma Freguesia, com Elena da Paixão, e Souza, natural desta Freguesia, filha legítima de Theodósio de Mendonça Luna, e de sua mulher Joanna Gomes de Oliveira, todos naturais desta Freguesia, na presença de Reverendo Padre Joseph Rodrigues Ferreira, e logo lhes deu as bênçãos nupciais, conforme os Ritos da Sagrada Igreja, sendo presentes por testemunhas que na certidão vieram assinadas, e que fica em meu poder, o tenente Bartholomeu Peres de Gusmão, e Manoel Carvalho de Paiva, do que mandei fazer este termo pelo Reverendo Padre Coadjutor João Tavares da Fonseca, por me achar enfermo, pelo teor do dito assento, em que por verdade me assino. Pantaleão da Costa de Araújo, Vigário do Rio Grande.

O primeiro filho do casal acima foi Manoel, que nasceu em 1 de novembro de 1767 e foi batizado aos 21 de dezembro do mesmo ano, na Capela de São Gonçalo do Potigi, tendo como padrinhos José Gomes de Mendonça e Maria José da Conceição, mulher de João da Silva. Nesse documento, José Gomes aparece como exposto e natural da Freguesia de  Nossa Senhora do Rosário da Várzea, e os avós paternos não são citados. Em um assentamento de praça, encontro que: Manoel dos Santos Camello, pardo, solteiro, morador no Ferreiro Torto, de idade de vinte e oito anos, filho legítimo de José Gomes Camello, senta praça, por ordem do governador interino, e intervenção do Doutor Vedor Geral, em 27 de dezembro de 1788. Mais adiante, encontro registros de filhos de Manoel dos Santos Camelo, com sua mulher Francisca da Conceição, moradores da Mangabeira, já nos anos de 1800.

Em 5 de julho de 1769, era batizado Floriano, na Capela de Jundiahy, tendo como padrinhos o capitão Francisco Costa Teixeira e sua filha Josefa, não disseram o dia do nascimento, nem os nomes dos avós paternos.

Em 20 de dezembro de 1771 nascia Domiciano, mesmo nome do avô. Seu batizado foi no dia 17 de janeiro de 1772, na Capela de Jundiahy, e teve com padrinhos o capitão Francisco da Costa Teixeira e sua filha Dona Francisca Bezerra.

Francisco nasceu aos 14 de janeiro de 1774, e foi batizado aos 5 de fevereiro do mesmo ano, na Matriz, tendo como padrinhos Theodósio de Mendonça e a filha Leocádia. Sua naturalidade é dada como sendo a Cidade de Olinda.

Miguel nasceu aos 11 de outubro de 1874, e foi batizado, não diz em qual Igreja,  aos 13 de novembro do mesmo ano, sendo padrinhos o alferes Domingos João Campos, e dona Maria Joanna, filha de Bartholomeu Peres. Nesse batismo José e seus pais são dados como naturais de Apipucos, em Pernambuco.

Bonifácia nasceu aos 4 de janeiro de 1781 e foi batizada, em São Gonçalo,  aos 11 de fevereiro do mesmo ano, tendo como padrinhos o capitão Francisco da Costa Jr., solteiro, e Anna Rosa, filha de Thomé de Sousa.

Elias nasceu aos 26 de novembro de 1784, na Capela da Senhora de Santa Anna do Ferreiro Torto, tendo como padrinhos o tenente-general José da Costa, filho do coronel Francisco da Costa de Vasconcellos, e Josefa Maria. Não é citado o dia do batismo.

José foi batizado aos 20 de junho de 1886, na Capela da Senhora de Santa Anna do Ferreiro Torto, tendo como padrinhos José Fernandes, filho de Nicácio Sousa, e Anna Antonia, mulher do dito Nicácio. Nesse batismo José Gomes Camello é dado como natural do Recife, filho de João Gomes Camello e Luisa Cavalgante.

Maria Angélica da Conceição, filha de José Gomes Camello e Elena da Paixão, casou com Luiz Gonzaga de Freitas, natural da Freguesia de São Pedro Gonçalves do Recife, filho legítimo de José Gomes Pinheiro e sua mulher Josefa da Paz de Freitas, aos 18 de maio de 1803, na Matriz, na presença do Padre Simão Judas Tadeu, e tendo como testemunhas, o  sacristão Gonçalo José Dornelles e o tenente Alexandre de Mello Pinto.

Agora, o registro de um neto do casal, José e Elena: Pedro, branco, filho de João Gomes de Oliveira e de Rita Francisca Tavares, nascido em 31 de março de 1798, foi batizado na Capela de Santa Anna do Engenho Ferreiro do Torto, em 22 de abril do mesmo ano, neto paterno de José Gomes Camello e de Elena da Paixão, e pela materna de João Cardoso e Anna Tavares. Foram padrinhos Balthazar de Souza e sua esposa Joanna Batista. Sua naturalidade é dada como da Freguesia da Sé.

Theodósio de Mendonça Luna, pai de Elena, era filho natural de Domiciano da Gama Luna e de Francisca da Costa, e casou, em 1 de setembro de 1739, na Matriz, com Joanna Gomes de Oliveira, que era filha de David Rodrigues de Oliveira e Narcisa Gomes da Costa. Domiciano era filho de Francisco da Gama Luna e de Paula Barbosa. José Barbosa de Sousa, irmão de Domiciano, foi casado com Maria de Oliveira e Mello, filha de Francisco de Oliveira e Mello e de Leonor de Mello e Albuquerque. Em 1710, Francisco da Gama foi padrinho de um filho de Manoel da Costa Bandeira. Suspeito que Francisco da Gama Luna era filho de Antonio da Gama Luna e Maria Borges.

David Rodrigues de Oliveira e sua mulher Narcisa Gomes faleceram no mesmo ano de 1771, ele com cerca de 80 anos, e ela com mais de 70 anos. Entre os irmãos de Joana Gomes de Oliveira, encontramos, através de assentamentos de praça, Antonio Rodrigues Sepúlvida, Eugenio Gomes Sepúlvida e Agostinho Rodrigues Gomes. Antonio Rodrigues Sepúlvida foi casado com Thereza Antonia de Jesus, filha de Maria José de Mello, segundo o batismo de David, filho do casal. Uma irmã de Joana, de nome Thereza Maria, foi casada com João da Cruz, filho de João Lins da Silva e Leonor Lins da Silva, todos de Olinda. No registro do filho Felis, consta que David Rodrigues de Oliveira (também Sepúlvida), era natural de Igarassú.

Não encontrei irmãos de José Gomes, mas de Elena da Paixão, sim: Francisco Gomes de Mendonça que era casado dom Ignácia Gomes da Anunciação, filha de Nicácio Gonçalves e Joanna Francisca Gomes (Tracunhaém); Maria Gomes, casada com Bernardo Gonçalves, também filho de Nicácio e Joanna; José Rodrigues Gomes, que casou com Joanna Francisca, filha de Nicácio Gonçalves e Joana Francisca; Manoel da Costa de Mendonça, que casou com Maria Felipa, filha de Agostinho Cardoso Batalha e de Thereza de Jesus. Ainda, em 29 de junho de 1754, nascia Joana, filha Theodósio e Joanna Gomes.
Domiciano Gama Luna