01/04/2015

IHGRN, 113 ANOS




Jurandyr Navarro
Do Conselho Estadual de Cultura

A instituição mais antiga em atividade do nosso cenário cultural, completa na presente data, dia vinte e nove, cento e treze anos de existência. Por feliz coincidência, o aniversário está sendo comemorado em alto estilo, na fase áurea de sua existência, por todos evidenciada.
Desde a sua posse, a Diretoria atual tem contabilizado uma série de empreendimentos no plano administrativo e cultural. A fisionomia da entidade mudou para melhor, nos seus diversificados setores de atuação. Tanto a sua imagem física como organizacional, apresenta-se, hoje, de forma promissora.
Os positivos resultados atestam a veracidade da afirmação. O modelo de trabalho, em equipe, acolheu exemplar aprovação.
Cinco colunas humanas sustentam, presentemente, o pedestal organizacional da veterana entidade: o presidente, Valério Mesquita, o seu grande maestro, que rege a orquestra, com equilibrada liderança; Ormuz Simonetti, o vice-presidente, voluntarioso, de conhecido dinamismo (daria um grande Prefeito Municipal); Carlos Gomes, o secretário-geral, especialista exímio, responsável pela parte jurídico-legal, nosso Helly Lopes Meirelles, atualizado; Odúlio Botelho, secretário-adjunto, experiente causídico, coube-lhe o encargo do acompanhamento dos assuntos lítero-jurídicos, redação oficial e derivações. Finalmente, Scilla Gabel, encarregada pela Contabilidade, da vetusta empresa cultural privada, tarefa por demais fatigante, na árida ciência dos algarismos.
A Diretoria tem outros membros complementares do seu quadro dirigente, operadores em outras funções, não menos importantes: Adalberto Targino, orador oficial, de conhecida capacidade intelectual; Lúcia Helena, conhecida poetisa; Eduardo Gosson, escritor talentoso, na função de Tesoureiro, substituindo George Veras.
As reuniões diárias, presididas pelo historiador Valério Mesquita, contam, geralmente, com a presença de intelectuais, interessados em participar de conversações descontraídas e de interesse do Instituto. 
Tais reuniões têm como figurantes, de presenças habituais, Vicente Serejo, Edgard Dantas, Tomislav Femenick, Eduardo Gosson, Jansen Leiros, Antônio Luiz de Medeiros, Gonzaga Cortez, Eduardo Vilar Cunha, Augusto Leal e outros menos habituais.
A nossa “Casa da Memória” é, no presente, uma das instituições mais atuantes e das mais prósperas, no concernente à alcançada produtividade, junto da significativa mudança, para melhor, em comparação com à realidade existente de anos recentes.
Procedeu-se uma restauração completa no prédio principal, em suas instalações internas, estendendo-se ao largo “Vicente de Lemos”, que será utilizado para eventos em geral.
A obtenção de verbas ornamentarias, municipais e estaduais, conseguidas, têm ajudado, em parte, nessa transformação dadivosa.
A documentação oficial do Instituto recebeu completa legalização jurídica.
Houve, também, acréscimo no seu quadro social, renovando a sua clientela, dentre representações pessoais capacitadas.
Será lançada a Revista do Instituto, confeccionada, nos últimos dias, pela gráfica da Imprensa Oficial do Estado.
Nessa data festiva haverá comemorações na sede da entidade, sessão especial, e na Assembleia Legislativa, será conferido o título de Mérito Legislativo  ao político Almino Álvares Affonso, por Proposta do Deputado Ricardo Motta.
Nesses dias sombrios, em que a Pátria Brasileira atravessa, pela atitude indecorosa de muitos de seus representantes políticos, é agradável para nós, natalenses, termos o prazer de desfrutar desse feliz momento em que é comemorado o novo aniversário da nossa “Casa da Memória”, brindando, em uníssono, o seu progresso, e parabenizando os seus abnegados dirigentes e associados.

Dando continuidade às linhas anteriores, devo acrescentar que o Instituto promoveu festiva solenidade no amplo salão do Centro Pastoral “Dom Heitor de Araújo Sales”, comemorando mais um  aniversário de fundação.
A solenidade revestiu-se de atos significantes. O Presidente Valério Mesquita, abriu a festiva reunião dos associados e convidados, declarando a sua finalidade e abordou passagens importantes da trajetória da entidade, assinalando, em destaque, seus vulto veneráveis, responsáveis pela existência promissora do antigo sodalício, aludindo, outrossim, aos planos e projetos do seu atual mandato, que conseguiu avanços consideráveis em prol da sua evolução.
Aproveitou o grato ensejo para fazer rápida homenagem à pessoa da Senhora Miriam, viúva do conhecido historiador Enélio Lima Petrovich, de saudosa memória, um dos mais importantes dirigentes da Instituição.
Em seguida é chegado o ponto alto do ato comemorativo, qual seja, a Palestra do conhecido político brasileiro, Almino Álvares Affonso, convidado especialmente para abrilhantar o importante evento.
Antes, porém, o ilustre convidado foi homenageado com a entrega à sua pessoa da Medalha “Alberto Maranhão”, a ele conferida pelo Conselho Estadual de Cultura. Mencionada comenda foi-lhe entregue, nesse momento solene pelo atual Presidente do Egrégio Conselho, Acadêmico Iaperi Araújo.
Em seguida, o Jornalista e Acadêmico, Vicente Serejo, Sócio Efetivo do Instituto, possuidor de eloqüentes dotes oratórios, faz a saudação de praxe, como a voz representativa daquele colegiado, saudando o visitante, ilustrado conferencista da noite, tecendo o seu perfil biográfico.
O palestrante, de elevado conceito na memória política da Nação, é originário do Amazonas, onde nasceu, porém, tem suas raízes genealógicas no rincão potiguar, por ser neto do abolicionista e político famoso, o velho Almino Affonso, brilhante Senador da República.
O neto herdou a fibra cívica e a vocação política do avô. Herdou-lhe, sobretudo, a eloqüência tribunícia!
A conferência agradou em uníssono aos que compareceram ao encontro cultural, pelo seu poder persuasivo.
A palavra e a memória do palestrante a todos enfeitiçou, diante da magia da eloqüente improvização. O verbo alado magnetiza mentes através imagens da retórica.
Após a solenidade, houve o lançamento da última Revista do Instituto, contendo material de primeira linha, tratando aspectos diversos de ordem histórico e cultural. Além disso, agradou, também, o vistoso perfil gráfico, na sua capa e na encadernação.
Na manhã do dia seguinte, vinte e sete de março, a Assembleia Legislativa Estadual recebeu no seu Plenário, apreciável assistência, a fim de prestigiar o inteligente visitante e para ouvi-lo noutra fala, não menos significativa.
O auditório preparado estava, não somente para ouvi-lo mais, para aplaudi-lo, em dois momentos divididos por palestra política, própria para o ambiente e para parabenizá-lo pelo recebimento do “Mérito Legislativo”, propositura do Deputado Ricardo Motta.
Foi outra ocasião valorizada pela erudição cultural do conferencista insigne. Deu ele uma espécie de aula magna, enfatizando sua trajetória política de anos passados em que a sua pessoa exerceu papel relevante, no tocante á sua vocação, na tumultuada vida político-partidária nacional.
O categorizado docente a todos agradou pela oratória repleta de matizes, os mais brilhantes, ao que concerne a palavra e o gesto, a memória admirável e a convencedora persuasão.
Abstenho-me, aqui, de mencionar a cor do credo político ou ideológico. O que interessou aos presentes foi a figura humana do conferencista e a sua capacidade intelectual, abordando fatos históricos, na Casa da História.
A interpretação fica a cargo da consciência de cada uma. Ao homem, foi-lhe dado, do Alto, o livre arbítrio. A sociedade que o julgue.
A saudação protocolar coube ao desempenho do sócio efetivo, Acadêmico Ticiano Duarte, que o fez de forma exemplar. Conhecido cientista político, tem acompanhado, desde a juventude, as porfias políticas partidárias, aperfeiçoando o entendimento nessa área de idéias polêmicas. O orador de qualificados recursos, soube conduzir-se na calorosa oração proferida que a todos emocionou pelo entusiasmo que dedica à causa.
Coroado de êxito pleno, portanto, a apresentação do ilustre tribuno entre nós e a sua mensagem cultural deixada.
De parabéns, aos que fazem a nossa “Casa da Memória”, por mais um aniversário auspicioso, por todos festejados.





31/03/2015

AINDA REPERCUTEM AS SOLENIDADES DOS 113 ANOS DO IHGRN

Mesa Diretora da solenidade do IHGRN
Presidente Valério Mesquita e o Deputado Ricardo Motta
 Ticiano Duarte (telão projetado na solenidade da Assembleia Legislativa Estadual)
  Dorian Gray (telão projetado na solenidade da Assembleia Legislativa Estadual)
  Deputado Álvaro Dias (telão projetado na solenidade da Assembleia Legislativa Estadual)
  Ticiano Duarte 
(discurso em nome do IHGRN na solenidade da Assembleia Legislativa Estadual)
 Doutor Iaperi Araújo colocando a Comenda "Medalha do Mérito Alberto Maranhão" 
na lapela do homenageado Almino Affonso, na solenidade do IHGRN
  Membros da Diretoria e Conselho Fiscal do IHGRN na solenidade dos 113 anos
Flagrante da festa do IHGRN no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales
 Adalberto Targino, Almino Affonso e Carlos Gomes

Vista parcial da assistência na festa dos 113 anos do IHGRN
Jornalista Yuno Silva entrevista o Doutor Almino Affonso

30/03/2015

Roque Rodrigues Correia e

Victoriana Maria


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
 
Oficinas e Curralinho foram localidades importantes da História do Rio Grande do Norte. Encontramos vários registros de batismos nessas povoações. Vamos conhecer, hoje, Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria da Conceição, através dos registros batismais dos seus filhos.

O primeiro filho desse casal, que encontramos, foi batizado na Ilha de Manoel Gonçalves, como podemos ver a seguir.

Antonio filho legítimo de Roque Rodrigues Ferreira (na verdade Correia) e Victoriana Maria da Conceição naturais do Assú nasceu aos 27 de março de 1832 e foi batizado aos 9 de junho do dito ano pelo Padre Frei Antonio de Jesus Maria Lobo, de minha licença, no Oratório de Nossa Senhora da Conceição de Manoel Gonçalves e lhe conferiu os Sagrados Óleos; foram padrinhos Antonio Joaquim de Sousa e Thomásia Martins Ferreira casados, todos deste Assú. Joaquim José de Santa Anna, Pároco do Assú; Antonio Roque Rodrigues Correia casou em 1855, com Francisca Maria de Borges, na presença de Manoel Roque Rodrigues Correia e Vicente Rodrigues Ferreira.

O pai de Thomásia, meu tetravô, o capitão João Martins Ferreira, foi padrinho de Joanna, filha legítima de Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria, ambos naturais do Assú, nascida aos 12 de agosto de 1834, e batizada aos 10 de outubro do mesmo ano, no Curralinho, sendo madrinha Maria Gomes.
Aos 11 de setembro de 1835, nascia Francisco, filho de Roque e Victoriana. Ele foi batizado pelo Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor Visitador e Vigário Confessado no Seridó, Francisco de Brito Guerra (foi senador), na Fazenda Morro, da Freguesia de Santa Anna do Mattos, aos 3 de janeiro de 1836, sendo padrinho o mesmo capitão João Martins Ferreira. Francisco Roque Rodrigues Correia casou com Maria do O’ da Conceição.

Pio, que nasceu aos 4 de maio de 1837, e foi batizado aos 20 de agosto do mesmo ano, na Capela de Nossa Senhora da Conceição das Oficinas, teve como padrinhos Silvério Martins de Oliveira (primeiro administrador da Mesa de Rendas de Macau) e Joanna Martins de Oliveira. No registro de batismo, foi anotado, inicialmente, como esposa de Roque, Maria Joaquina dos Santos, mas, depois, corrigido para Victoriana Maria da Conceição.

Em um dos livros de batismos do Assú, encontramos mais quatro filhos de Roque, em sequência, embora os anos de nascimento e batismo fossem diferentes. Eles foram anotados de uma vez só. Acredito que essa transcrição gerou um equívoco, pois em todos eles, aparece com mãe dos párvulos, Dona Maria Joaquina dos Santos, a mesma que teve seu nome assentado, erroneamente, no batismo de Pio. Vejamos quem eram os quatro.

Roque nasceu aos 16 de agosto de 1838, e foi batizado na Capela das Oficinas, a 24 de setembro do mesmo ano, tendo como padrinhos João Baptista dos Santos e Maria Francisca da Luz, casados; Rosa nasceu aos 25 de novembro de 1839, e foi batizada na Capela das Oficinas, aos 25 de dezembro do mesmo ano, tendo como padrinhos Eliziário (Antonio) Cordeiro (português que habitava a Ilha de Manoel Gonçalves) e sua mulher Antonia Martins de Oliveira; Maria nasceu aos 9 de janeiro de 1841, e foi batizado aos 2 de fevereiro do mesmo ano, na Capela das Oficinas, tendo como padrinhos o Vigário Jorge Ferreira Nobre Formiga e Nossa Senhora; Ângelo nasceu aos 7 de julho de 1842, e foi batizado, na Capela das Oficinas, não consta a data, tendo com padrinhos o Reverendo Antonio Francisco da Silva e Nossa Senhora da Conceição.

Ângelo Rodrigues Correia casou com Maria Floripes, e gerou um filho, que batizou em 1889, com o nome de Ângelo.

Roque, que nasceu em 1838, casou em 1861, na Povoação das Oficinas, com Joanna Rodrigues Lessa, na presença de Vicente Rodrigues Ferreira e Antonio Menezes Correia. Em 1863, nasceu o filho João, que foi batizado na Capela do Rosário, tendo como padrinhos João Baptista do Espírito Santo, avô materno, e Dona Victoriana Maria da Conceição, avó paterna. Joaquim José Lessa, irmão de Joanna Rodrigues Lessa, foi casado com Rosa Carolina. É possível que essa Rosa fosse a irmã de Roque que nasceu em 1839, pois no batismo de Pio, filho de Joaquim e Rosa, os padrinhos foram os mesmos de João, filho de Roque e Joanna.

Posteriormente a esses registros, Dona Victoriana Maria volta a aparecer, como esposa de Roque Rodrigues Correia, para os filhos  Ritta e Pedro.

Ritta, filha legítima de Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria da Conceição, nasceu a dezesseis de setembro de mil oitocentos e quarenta e quatro e foi batizado pelo padre Francisco Theotônio de Seixas Baylon, de minha licença, na casa de oração das Oficinas, em primeiro de janeiro de mil oitocentos e quarenta e cinco, foram padrinhos Nossa Senhora e Lopo Gil Fagundes. Manoel Januário Bezerra Cavalcanti.

Pedro, branco, filho legítimo de Roque Rodrigues Correia e Victoriana Maria da Conceição, nasceu a oito de junho de mil oitocentos e quarenta e sete, e foi batizado com os santos óleos, de minha licença, pelo Padre Coadjutor Elias Barbalho Bezerra, no Sítio Curralinho, em oratório particular, aos vinte e sete de junho do mesmo ano, foram padrinhos Nossa Senhora e Lopo Gil Fagundes, por procuração que apresentou Pedro Pereira da Costa Fagundes, solteiro. Manoel Januário Bezerra Cavalcanti. Pároco do Assu.

Um possível filho de Roque e Victorianna seria João Roque Rodrigues Correia. Ele casou em 3 de março de 1851, na Fazenda do Sacco, com Anna Francisca Bezerra, tendo como testemunhas Vicente Rodrigues Ferreira e Luis Francisco Bezerra. Aos 24 de junho desse mesmo ano, nascia, João, filho desse casal, que foi batizado aos 21 de agosto do mesmo ano, tendo com padrinhos Alexandre José de Oliveira e Dona Victoriana Maria da Conceição.
Pio, filho de Roque e Victoriana

29/03/2015

AOS CRISTÃOS

Semana Maior

A importância do Domingo de Ramos

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações
A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples, que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia havia poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas; mas esse mesmo povo tinha se enganado no tipo de Messias que Cristo era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.
Domingo de Ramos
Para deixar claro a este povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande Libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, o Senhor entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo! Dessa forma, o Domingo de Ramos dá o início à Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras.

Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é desvalorizada e espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. E nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai. A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos e exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e invisível: o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.
Muitos pensam: “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador merece a cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e, consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus, que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera, como disse Bento XVI, “a ditadura do relativismo”. O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvar este mundo.

FONTE: Canção Nova

28/03/2015

OS 113 ANOS DO IHGRN E AS HOMENAGENS AO DOUTOR ALMINO AFFONSO

 

O nosso Estado viveu neste final de semana dois momentos de beleza e grandeza republicana: as festividades dos 113 anos do IHGRN e a homenagem prestada pela Assembleia Legislativa do Estado à nossa Casa da Memória da terra potiguar.
Na solenidade realizada em comemoração aos 113 anos do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE, dia 26 no  no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales registramos a solenidade presidida pelo Presidente Valério Mesquita e que contou com a presença de algumas autoridades públicas, a destacar a Prefeitura do Município de Natal, representada pelo nosso sócio Público José, do Cel Ângelo Dantas, Comandante da Polícia Militar, que nos trouxe a valorosa banda de Música da Gloriosa Corporação que dirige, do Doutor Iaperi Araújo, Presidente do Conselho de Cultura e algumas entidades culturais, sócios e pessoas amigas, além de toda a Diretoria da Instituição. Presenças especiais da Senhora Miriam Petrovich, viúva do nosso eminente Presidente falecido Enélio Petrovich e do Doutor Jurandyr Navarro da Costa, Presidente Honorário do Instituto, como também do emérito professor e honrado homem público potiguar, Doutor Aldo Tinôco..
Na ocasião, após as palavras do Presidente, tivemos a saudação feita pelo jornalista e sócio Vicente Serejo, que falou em nome do Instituto saudando o eminente homem público Doutor ALMINO MONTEIRO ÁLVARES AFFONSO a quem foi entregue o título de Sócio Honorário do IHGRN. Em seguida o Doutor Iaperi Araújo, em nome do Conselho de Cultura do Estado fez a entrega da comenda "Medalha do Mérito Alberto Maranhão", seguindo-se a fala do eminente homenageado, que encantou a todos que compareceram.
Antes do encerramento, a nossa assessora técnica Scilla Gabel apresentou slides sobre o trabalho até agora realizado na gestão Valério Mesquita.
  Para coroar a efeméride foi feito o lançamento do nº 90 da Revista do IHGRN, mercê da pronta colaboração do Diretor do Departamento de Imprensa do Estado, jornalista Paulo Araújo, contando com os trabalhos de revisão e organização dos nossos sócios Manoel Onofre de Souza Júnior e Thiago Gonzaga.
  A banda de música da gloriosa Polícia Militar do Estado abrilhantou nossa festa executando garbosamente o Hino Nacional Brasileiro e recepcionando os que compareceram com dobrados e marchas tradicionais.
Ao final foi oferecido um coquetel. Foi tudo realmente um sucesso. Vejam alguns flagrantes das festas.








Na solenidade da Assembleia Legislativa, presidida pelo eminente Deputado Ezequiel Ferreira, tivemos o magistral discurso do proponente das homenagens aos 113 anos do IHGRN e ao Doutor ALMINO MONTEIRO ÁLVARES AFFONSO, Deputado Ricardo Motta. Em agradecimento, em nome do Instituto falou o nosso sócio jornalista Ticiano Duarte, enfatizando fatos históricos da maior relevância. Por derradeiro, tivemos mais uma vez a oportunidade de ouvir a palavra marcante do homenageado ALMINO AFONSO, muito festejado pelos presentes, oportunidade em que agradeceu a concessão da comenda "Medalha do Mérito Legislativo" e uma bandeira entregue pelo Prefeito da cidade de Almino Affonso, que recebe o nome do seu avô. 














27/03/2015


HOJE É A POSSE DA ACLA PSN