22/05/2014

 Visitando João Batista de Melo Pinto


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)


Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Peguei carona com Dona Graça, que foi participar de um evento da Mary Kay, em Recife, e fui visitar meu primo, João Batista de Melo Pinto, dia 13 de maio próximo passado. Levei para eles os jornais com artigos de Vicente Serejo sobre os irmãos José Anselmo e José da Penha. Serejo, Wandyr Villar, Tarcisio Gurgel e Guaraci, entre outros, sempre me perguntam como vai João Batista e quando ele vem a Natal. O mesmo está se tratando de um coágulo, e completou, ontem, 19 de maio, 87 anos de idade.
João Batista foi bastante importante para a construção da nossa genealogia, principalmente da família Trindade e seus entrelaçamentos, com documentos, fotos e informações, anotadas ao longo da sua vida. Sem intimidade com o computador, suas informações vinham por carta ou através de sua esposa Lúcia Margarida, que, mesmo sem enxergar, usava com habilidade o teclado para escrever e um sistema falado, adaptado ao computador, para ler as mensagens que trocávamos.
Da família Mello Pinto encontramos pouca coisa, mesmo pesquisando em velhos livros de Ceará-mirim. Mas, agora, resolvi fazer nova investida a partir das informações que conhecia dessa família.
João Batista nasceu aos 19 de maio de 1927, filho de Francisco de Mello Pinto (tio Chiquito) e Áurea Martins Trindade, e foi batizado na Igreja de Bom Jesus das Dores, aos 21 de agosto do mesmo ano, pelo monsenhor Joaquim Honório da Silveira, sendo seus padrinhos Miguel Trindade Filho e Elvira de Melo Pinto, o primeiro irmão de Áurea e a segunda, irmã de Francisco Pinto; neto paterno de João Baptista de Mello Pinto e Maria Rosa da Trindade, que casaram em 18 de outubro de 1887, em Angicos; e materno de Miguel Francisco da Trindade e Maria Josefina Martins Ferreira, que casaram em Angicos, em 26 de abril de 1890. Miguel Francisco era irmão de Maria Rosa.
Outros filhos de João Baptista e Maria Rosa, irmãos de Francisco de Mello Pinto (1892), eram Nestor de Mello Pinto (1889), Ulysses de Mello Pinto (1890), Maria Pureza de Mello Pinto (1893), e Elvira de Mello Pinto (1895).
Encontrei, também, nos livros da Igreja, o batismo de Murillo de Melo Pinto, irmão de João Batista. Em nove de maio de 1920, na Igreja Bom Jesus das Dores, Padre José Scholl, batizou solenemente a Murillo, nascido a 28 de março de 1920, filho legítimo de Francisco de Mello Pinto e Áurea de Mello Pinto. Padrinhos João Baptista de Mello e Maria Rosa de Mello Pinto, avós do batizado.
Segundo Batista, eram irmãos de seu avô paterno, João Baptista de Mello Pinto (1860), de quem herdou o nome, os seguintes: José Gomes de Melo Pinto (1863); Manoel de Melo Pinto (1864), que casou em 2ª núpcias com Ana, irmã de Maria Rosa;  e Francisco de Melo Pinto (1866), todos filhos de Joaquim de Mello Pinto e Anna Joaquina de Mello Pinto. Escreveu mais Batista, que sua bisavó era índia, e seu bisavô, Joaquim de Mello Pinto, tinha falecido aqui em Natal, em 1868, no Hospital da Caridade. Usando essas mesmas informações, já dadas anteriormente, fiz novas pesquisas em busca dos ancestrais do meu primo.

Em 15 de novembro de 1894, os filhos de João Baptista de Mello Pinto assinaram a ata da eleição estadual, em Ceará-Mirim. Encontro, também, que em 1893, eles aparecem como oficiais da Guarda Nacional, da Comarca de Ceará-Mirim: tenente-secretário João Baptista de Mello Pinto, tenente Francisco de Mello Pinto, capitão Manoel de Mello Pinto, e tenente José Gomes de Mello Pinto.
Entro no livro de óbitos, da cidade do Natal, e encontro o seguinte registro: Aos sete de novembro de mil oitocentos e sessenta e sete faleceu da vida presente, na Casa de Caridade, com todos os sacramentos, o adulto Joaquim José de Mello Pinto, branco, casado, morador na freguesia de Extremoz, foi sepultado no Cemitério Público, e encomendado por mim. Bartholomeu da Rocha Fagundes, Vigário Colado. Com esse óbito, acredito que a informação recebida por Batista era equivocada, sendo esse registro o mais próximo da sua descrição, isto é, seu bisavô era na verdade Joaquim José de Mello Pinto, que faleceu em 1867, e não em 1868.

Procuro, então, por um Joaquim José de Mello Pinto, e vou encontrar o seguinte registro de casamento: Aos vinte e nove de novembro de mil oitocentos e trinta e três, no Oratório do Retiro, da Freguesia de São José, pelas duas horas da tarde, feitas as denunciações e dispensados os nubentes no terceiro grau duplicado, e no terceiro atingente ao segundo de sanguinidade, pelo Reverendo Visitador Francisco de Brito Guerra (aquele que foi senador), em presença do Padre José Pereira da Ponte, de minha licença, se receberam por palavras de presente Joaquim José de Mello Pinto, e Isabel Maria de Alexandria, naturais e moradores desta Freguesia, o nubente filho legítimo de Alexandre de Mello Pinto e de Josefa Maria da Conceição, já falecidos; e a nubente filha legítima de Alexandre Manoel da Circuncisão e de Maria José de Jesus; receberam as bênçãos, sendo testemunhas Alexandre Francisco de Carvalho e Francisco de Freitas Costa, casado, desta Freguesia. Antonio Xavier Garcia de Almeida, vigário interino.
Pelo ano de casamento, desconfio que esse Joaquim José não era o bisavô do meu primo, João Batista, mas  seu trisavô, que deve ter gerado um filho com o mesmo nome. No próximo artigo vamos continuar com a família Mello Pinto, do nosso Rio Grande do Norte, até chegar ao Ajudante Alexandre de Mello Pinto, ascendente de todos eles, que casou em 1743 com Brazia Tavares da Fonseca.
Francisco, Ulysses e Nestor

TESTEMUNHO HISTÓRICO DO NOSSO OSCAR SCHMIDT

 


20/05/2014

ADEUS A MIGUEL


MIGUEL JOSINO NETO formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Turma de 1987. Ingressou efetivamente na carreira jurídica como Advogado e posteriormente foi aprovado em 1º lugar no concurso público para provimento do cargo de Procurador do Estado do Rio Grande do Norte em 1993.
É especialista em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará (UFC), professor de Direito Constitucional da Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn) e da Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (Farn), hoje UNI-RN.
Josino ensinou na UFRN e na Universidade Potiguar (UnP). É autor de obras jurídicas publicadas em revistas especializadas e co-autor do livro 'Análise das Divergências Jurisprudenciais no STF e STJ', que escreveu em parceria com seu irmão Rodrigo Costa Rodrigues Leite.
Integrou a Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte, sendo um dos seus fundadores.
O seu desaparecimento consternou a classe jurídica e a sociedade em geral porquanto, apesar de ter apenas 48 anos, já despontava como grande juristas, mercê das suas atuações no cenário forense, e ações importantes para a comunidade.
Indiscutivelmente é uma grande perda para o Estado do Rio Grande do Norte.





19/05/2014






COMUNICADO,


Lamento comunicar que o nosso confrade "Miguel Josino Neto" teve sua morte confirmada, nesta tarde, pela equipe médica do Hospital do Coração. O velório será na Escola de Governo, localizada no Centro Administrativo do Estado, em Lagoa Nova.
Quaisquer informações novas sobre o velório e sepultamento poderão ser prestadas pelos fones : (84) 3232-2751 / 3232-2890


Adalberto Targino
Presidente




18/05/2014

MORRE UM HOMEM ILUSTRE DO RIO GRANDE DO NORTE
 


Com a idade de 88 anos, faleceu em Natal Hypérides Lamartine, mais conhecido na sociedade potiguar como “Pery Lamartine”.

O Caicoense ilustre, reconhecido pelo seu trabalho em favor da aviação em nosso Estado e pioneiro na área de turismo no agenciamento de viagens, atividade que dividia com a sua indiscutível veia literária, era filho do casal Clóvis Lamartine de Farias e Maria de Lourdes da Nóbrega.

O pranteado escritor deixou várias crônicas e cerca de 17 livros publicados, entre os quais “Velhas Oiticicas”, “Epopéia nos Ares”, “O Aeroplano”, “Personagens Serra-negrenses” e “Coronéis do Seridó”, o que lhe fez galgar uma cadeira na nossa Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.

Pery era um dos ilustres sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e produziu trabalhos de pesquisas utilizando o rico acervo da Casa da Memória.
Um detalhe, a sua morte aconteceu precisamente na ocasião em que estavam em Natal pilotos franceses comemorando o Raid Latécoère, e nas solenidades realizadas o nome de Pery não foi esquecido, ainda sem se ter a notícia de sua morte, aliando-se com a própria história do Aeroclube de Natal, fundado em 1928 por Juvenal Lamartine, seu avô. Perde a sociedade potiguar o seu escritor, jornalista, empresário e piloto Pery Lamartine, que fez história na aviação potiguar e foi um dos responsáveis por elevar o nome do Aeroclube de Natal.

Registra-se que em 1949, foram feitas imagens fotográficas do piloto Augusto Severo Neto mostrando o piloto Pery Lamartine nos comandos da aeronave PT-19 sobrevoando o “aeródromo perdido”, que se configura como um dos maiores mistérios da aviação norte-riograndense, com a localização do primeiro aeródromo da zona Norte de Natal, esquecido desde a década de 40.