TESTEMUNHO HISTÓRICO DO NOSSO OSCAR SCHMIDT
22/05/2014
21/05/2014
20/05/2014
ADEUS A MIGUEL
MIGUEL JOSINO NETO formou-se em Direito pela
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), Turma de 1987. Ingressou efetivamente na carreira
jurídica como Advogado e posteriormente foi aprovado em 1º lugar no concurso
público para provimento do cargo de Procurador do Estado do Rio Grande do Norte
em 1993.
É especialista em Direito Constitucional pela
Universidade Federal do Ceará (UFC), professor de Direito Constitucional da
Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn) e da Faculdade Natalense
para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (Farn), hoje UNI-RN.
Josino ensinou na UFRN e na Universidade Potiguar
(UnP). É autor de obras jurídicas publicadas em revistas especializadas e co-autor
do livro 'Análise das Divergências Jurisprudenciais no STF e STJ', que escreveu
em parceria com seu irmão Rodrigo Costa Rodrigues Leite.
Integrou a Academia de Letras Jurídicas do Rio
Grande do Norte, sendo um dos seus fundadores.
O seu desaparecimento consternou a classe
jurídica e a sociedade em geral porquanto, apesar de ter apenas 48 anos, já
despontava como grande juristas, mercê das suas atuações no cenário forense, e
ações importantes para a comunidade.
Indiscutivelmente é uma grande perda para o
Estado do Rio Grande do Norte.
19/05/2014
COMUNICADO,
Lamento
comunicar que o nosso confrade "Miguel Josino Neto" teve sua morte
confirmada, nesta tarde, pela equipe médica do Hospital do Coração. O velório será na Escola de Governo, localizada no Centro Administrativo do Estado, em Lagoa Nova.
Quaisquer informações novas sobre o velório e sepultamento poderão ser prestadas pelos fones : (84) 3232-2751 / 3232-2890
Adalberto Targino
Presidente
18/05/2014
MORRE UM HOMEM ILUSTRE DO RIO GRANDE DO NORTE
Com a
idade de 88 anos, faleceu em Natal Hypérides
Lamartine, mais conhecido na sociedade potiguar como “Pery Lamartine”.
O Caicoense
ilustre, reconhecido pelo seu trabalho em favor da aviação em nosso Estado e
pioneiro na área de turismo no agenciamento de viagens, atividade que dividia
com a sua indiscutível veia literária, era filho do casal Clóvis Lamartine de
Farias e Maria de Lourdes da Nóbrega.
O
pranteado escritor deixou várias crônicas e cerca de 17 livros publicados,
entre os quais “Velhas Oiticicas”, “Epopéia nos Ares”, “O Aeroplano”,
“Personagens Serra-negrenses” e “Coronéis do Seridó”, o que lhe fez galgar uma
cadeira na nossa Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.
Pery era
um dos ilustres sócios do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
e produziu trabalhos de pesquisas utilizando o rico acervo da Casa da Memória.
Um detalhe, a sua morte aconteceu precisamente
na ocasião em que estavam em Natal pilotos franceses comemorando o Raid Latécoère, e nas
solenidades realizadas o nome de Pery não foi esquecido, ainda sem se ter a
notícia de sua morte, aliando-se com a própria história do Aeroclube de Natal,
fundado em 1928 por Juvenal Lamartine, seu avô. Perde a sociedade potiguar o
seu escritor, jornalista, empresário e piloto Pery Lamartine, que fez história
na aviação potiguar e foi um dos responsáveis por elevar o nome do Aeroclube de
Natal.
Registra-se que em 1949, foram feitas imagens fotográficas do piloto Augusto Severo Neto mostrando o piloto Pery Lamartine nos comandos da aeronave PT-19 sobrevoando o “aeródromo perdido”, que se configura como um dos maiores mistérios da aviação norte-riograndense, com a localização do primeiro aeródromo da zona Norte de Natal, esquecido desde a década de 40.
17/05/2014
JN
ALUÍZIO
MENEZES
Jurandyr Navarro
Do
Conselho Estadual de Cultura
Ao saber do falecimento
de pessoa grada, do cenário da distante juventude, junto a ela compartilhada, a
memória evoca recordações que estavam encobertas pelo manto do tempo.
Refiro-me a Aluízio
Menezes de Melo!
Fez ele parte integrante
da rapaziada dos anos 40/50, quando a nossa cidade ainda tinha bonde. Nesse
passado, repartimos com ele momentos aprazíveis, próprios da idade primaveril.
Por esses distantes dias predominavam os esportes: futebol, voleibol, basquete,
estes últimos nas poucas quadras existentes. E o futebol no único estadio
existente no bairro do Tirol, cujo jogos só se realizavam durante o dia, os
refletores chegariam depois.
Além dessas modalidades
esportivas havia o remo e a natação, praticados no estuário do Potengi.
Dou essa ênfase ao
Esporte em geral, por ter sido uma das preocupações predominantes da vida de
Aluízio Menezes.
Em pleno Grande Ponto,
centro principal dos encontros dos natalenses, fuincionava a sede do Santa Cruz
Futebo Clube, cujo presidente era Euclides Lyra e José Lins, seu grande
jogador. Influenciado por Aluízio, tornei-me tricolor, não somente aqui, mas,
também, no Rio, torcedor do Fluminense.
À época, fazia-mos parte
de um time de voleibol, camepão invencível (que orgulho tínhamos dele!) o
“Centro Esportivo Masculino”, para harmonizar com o sexteto das moças do Tirol,
componentes do “Centro Esportivo Feminino”.
E Aluízio Menezes começou
a frquentar as partidas realizadas na quadra da praça “Pedro Velho”, onde
jogáva-mos, e também no “Cobana”, da então Base Naval de Natal. Ele não
praticava o voleibol, atuava na parte organizacional e técnica. De sua
iniciativa, convencer Olavo João Galvão, conceituado nome da época, para
trazer, do Fluminense, do Rio, através de doação, camisas tricolores, sem o
escudo, para o nosso time, que tinha as mesmas cores do clube carioca. E
conseguiu! Daí por diante, Olavo começou a ser nosso torcedor, acompanhando os
nossos prélios noturnos e diurnos.
Algum tempo depois, o
pessoal da nossa rua, Treze de Maio, criou um time de futebol e Aluízio deu o
nome: “Nero Futebol Clube”. Nesse esporte bretão, os jogos eram efetuados num
terreno baldio ao lado da residência do então Interventor Federal, na “Vila
Cincinato”, em Petrópolis.
Vezes perdidas,
jogáva-mos pelo quadro reserva do Santa Cruz, no “Juvenal Lamartine”, das treze
às duas e meia da tarde, “esfriando o sol” para as equipes principais...
Ele, Aluízio, marcou,
também, conosco, o período escolar. Quando formados em Direito abrimos um
Escritório de Advocacia, no Edifício “Amaro Mesquita”, no Grande Ponto,
juntamente com o amigo comum Welington Xavier. Pouco tempo depois, Aluízio
deixou essa Banca Advocatícia. Outros encargos, certamente, impediram-no de
permanecer, pois era ele servidor da Estrada de Ferro.
Na gestão do Reitor
Genário Fonseca, anos setenta, foi convocado para a UFRN, sendo, de início,
Diretor do Departamento de Pessoal, ocupando, depois, outros cargos de
relevância, naquela Escola Superior.
Todavia, jamais deixou de
atuar no esporte como comentarista. Começou como locutor, irradiando jogos.
Acompanhei-o, uma vez, ao Recife, quando transmitiu a refrega futebolística
entre o ABC e o Náutico, no estádio dos Aflitos. À saída do jogo, por nós
esperava, Wladimir Limeira, também, potiguar e cronista esportivo. Com ele,
fomos provar umas iguarias, da noite da Mauricéia.
Recordo-me que Aluízio
estreiou no rádio, num programa de Helion, na REN - Rádio Educadora de Natal.
Essa apresentação se dava as nove da manhã, aos domingos. Estivemos, juntamente
com ele, numa dessas programações.
Fez parte da Fundação da
Associação dos Cronistas Eportivos, pelo ideal de melhormente servir à causa do
Esporte potiguar.
Na avenida Rio Branco,
desta Capital, defronte ao então Cinema “Rex”, no segundo andar de uma loja,
funcionou por algum tempo, a sede da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol,
e nesse espaço, realizávam-se, em datas certas, as sessões do Tribunal de
Justiça Desportiva, o TJD. À época, atuamos como Auditor e, em seguida, juiz da
mencionada Corte Desportiva. Lembro-me de alguns juízes desse tempo: José
Batista Emereciando, Wilson Dantas, José Alfran Galvão, Heriberto Bezerra, e
outros. Ticiano Duarte, atuou, também, como Auditor. Aluízio comparecia a todas
essas reuniões.
Recordamos que, quase
rotineiramente, ao terminar essa sessões, pelas cinco e meia, seis hora da
tarde, íamos a uma peixada localizada na praia da Areia Preta. Havia noites,
que a mesa era iluminada somente por velas, lembro-me perfeitamente. O pequeno
grupo era formado por João Machado, Humberto Nesi, Aluízio Menezes e a minha
pessoa. Descíamos ladeira abaixo, e subíamos ladeira acima, no carro do autor
do programa esportivo chamado “Corruchiado”, as treze horas da tarde, cujo
automóvel era apelidado, salvo engano de “Frango Assado”.
A projeção de Aluízio
cresceu ao ponto dele tornar-se conhecido nos principais círculos esportivos do
país, a ponto de ser solicitado a tomar parte no intercâmbio de atletas
famosos, o que fez, obtendo êxito pleno.
Recebeu ele um abalo
psicológico durante a mocidade com a morte súbita do irmão mais velho, Ubaldo,
ainda no pleno verdor dos anos. O acontecido foi superado com o passar do
tempo.
Honrou-nos, sobremaneira,
a mim e à minha esposa Arilda, o convite formulado por ele e sua esposa, Ivanilda,
para sermos padrinhos do seu filho dileto, Alexandre.
Houve uma separação da
nossa amizade, antes estreita, circunstância da vida conduziram a esse
desfecho. Dodavia, a amizade sempre perdurou.
Proporcionou-nos grata
satisfação, a sua presença, de surpresa, acompanhado de Ivanilda, na noite da
nossa posse, na Academia de Letras, em início de mil novecentos e oitenta,
guardamos, ainda, fotos alusivas à ocasião.
Na última vez que com ele
estivemos, foi na festa do octogenário natalício do amigo comum, Luiz G. M.
Bezerra, festejado, em alto estilo, no aprazível espaço da Nick Doceira, da
afável proprietária Inêz Motta Andrade. Nessa noite, o seu semblante expandia
contagiante alegria.
O nome de Aluízio Menezes
não pode ficar esquecido nos anais do nosso esporte. Que seja ele lembrado por
uma homenagem merecida, justa e duradoura.
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