14/12/2013

COM JUSTIFICADA ALEGRIA ATINGIMOS OS PRIMEIROS 10.000 ACESSOS AO NOSSO BLOG.
AGRADECEMOS AOS NOSSOS VISITANTES E DESEJAMOS A TODOS E AOS NOSSOS CONFRADES, EM PARTICULAR, UM NATAL REPLETO DE FELICIDADES E REFLEXÕES SOBRE A RENOVAÇÃO DO NASCIMENTO DE CRISTO E UM ANO DE 2014 CHEIO DE GRANDES REALIZAÇÕES

A DIRETORIA

12/12/2013

REUNIÃO DA UBE/RN COM O PRESIDENTE ELEITO, EM 10-12-2013, NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS.

EDUARDO GOSSON
JOSÉ DE CASTRO
CONFRADES
 
CONFRADES
MESA DA REUNIÃO DA UBE
CONFREIRAS
 
REUNIÃO DA UBE/RN EM 10-12-2013
 
ROBERTO LIMA DE SOUZA, PRESIDENTE ELEITO
ROBERTO E EDUARDO
 
CONFRADES
 
ROBERTO TOCANDO E CANTANDO O POEMA DE SÃO FRANCISCO QUE ELE MUSICOU
 MOMENTO LINDO
CONFRADES QUERIDOS
AS CONFREIRAS SUZANA E LÚCIA HELENA
Poemas & Prosas -

Veredas de Sol, Lua, Estrela e JASMIM UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES - UBE/RN 

. Castro Hoje, pela manhã, tive a alegria de participar da primeira reunião com a diretoria recém eleita da UBE/RN para o biênio 2014/2015, na qual participo do Conselho Consultivo. Além do querido confrade Eduardo Gosson(ex-presidente e atual vice) e do poeta, filósofo e compositor Roberto Lima (o novo presidente eleito da UBE) registro a presença dos escritores Manoel Marques, Claudionor, Pedro Lins e da professora Geralda Efigênia, de Suzana Galvão, das autoras Lúcia Helena Pereira, Diulinda Garcia e Gilvânia Machado. Nesse primeiro encontro, o escritor Eduardo Gosson, auxiliado pelo Secretário Manoel Marques, fez um breve relato sobre a gestão que se finda, falou de alguns sonhos que ainda precisam ser alcançados, tendo falado acerca da necessidade de se dar continuidade a algumas das ações já iniciadas, tais como: 1. Plano Editorial da UBE (que já publicou 15 títulos em suas várias coleções); 2. Realizar o VI Encontro Potiguar de Escritores - EPE; 3. Dar vida à Lei Henrique Castriciano, uma lei estadual que precisa ser regulamentada, e que trata do estabelecimento de uma política de leitura no estado; 4. Realização do II Prêmio escritor Eulício de Farias, em suas 3 categorias; 5. Retomada da edição do jornal O GALO. 6. Realização sistemática de saraus literários; 7. Otimizar o sistema de arrecadação das anuidades dos membros, de maneira a viabilizar melhor as ações da UBE/RN; 8. Propor a alguma instituição de ensino superior a implementação de um curso de especialização com o foco no "ofício do escritor"; 9. Implementação de minibibliotecas de autores potiguares junto à rede hoteleira do estado; 10. Incentivar a presença de autores potiguares nas escolas, a adoção de seus livros, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e com Secretarias Municipais de Educação dos vários municípios. A partir desses pontos levantados inicialmente, os membros da diretoria e os membros em geral da UBE/RN estão sendo convocados a apresentarem suas sugestões à nova diretoria para que se possa realizar, após a posse, uma reunião de planejamento estratégico que possa consolidar uma programação efetiva de atuação da UBE/RN para o biênio 2014/2015. O presidente eleito, Roberto Lima de Souza, enfatizou que pretende realizar um trabalho em equipe, de maneira cooperativa, oportunizando a somatória de inteligências para que a entidade possa cumprir o seu relevante papel perante a literatura e a cultura em geral do estado.

11/12/2013


A morte de D. Altina, esposa de José da Penha

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)

Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG

Cem anos atrás, o capitão José da Penha incendiou este Rio Grande do Norte com suas palavras flamejantes. Mas antes disso, o capitão mais atrevido das nossas forças armadas se envolveu em outros episódios de luta. As críticas que pronunciou sobre o morticínio em Fortaleza, no dia 3 de janeiro de 1904, acabaram gerando sua prisão. No jornal “A Província” de Pernambuco encontramos o relato da morte de D. Altina, no Forte do Brum.

Preso na fortaleza do Brum desde o dia 18 de dezembro último (1904), o alferes do 17º batalhão José da Penha Alves de Sousa, foi ontem ao anoitecer ferido por um dolorosíssimo golpe.

Esse distinto oficial, que veio do Ceará sem nota de culpa aguardar aqui deliberação do marechal ministro da guerra, a cuja ordem se acha preso, trouxe consigo a sua esposa Altina Alves de Sousa, senhora assaz formosa, ornada de belos dotes de coração e de espírito e extremosamente dedicada ao marido e à duas filhinhas que constituíam a alegria e a consolação do casal através da vida forasteira e acidentada que constitui quase sempre a carreira militar.

O alferes José da Penha, por sua vez, nutria pela família um afeto extremo e um desvelo a toda prova, de sorte que, fossem quais fossem as atribulações da existência, havia de reinar entre eles uma felicidade relativa, a felicidade do lar pelo menos.

No entanto, D. Altina, senhora altamente impressionável, não estava satisfeita; não por si, mas por julgar-se um obstáculo à carreira do marido. Daí a tresloucada ideia do suicídio que a assaltou, ideia que por mais de uma vez pretendeu levar a efeito, conseguindo fazê-lo afinal ontem (9 de janeiro de 1905) às seis e meia horas da noite.

De nada valeram as prevenções e as cautelas do alferes José da Penha e da criada Damiana, uma criada de rara dedicação que acompanhava D. Altina desde a infância.

A desventurada senhora, não se sabe como, conseguiu uma cápsula para o revólver que o marido tinha o cuidado de trazer sempre descarregado e fechado na mala, e, ontem à citada hora, apoderando-se da arma, carregou-a e disparou-a contra a têmpora direita.

Ao estampido, o alferes José da Penha, que tomava café da parte de fora com dois outros oficiais, correu, como muitas outras pessoas, para o ponto de onde ele partira – um compartimento de tabique situado a um canto da sala cedida ao casal. Ali deparou, preso do mais doloroso assombro, uma cena desoladora. A esposa jazia por terra, insensível e banhada em sangue; a morte fora instantânea.

 A inditosa moça desprendera-se da vida sem uma contração de agonia, sem um traço de amargura no rosto e, quando mais tarde a vimos naquela mesma sala, então transformada em uma câmara mortuária, parecia mais uma criatura serenamente adormecida de que um cadáver. Apenas traziam à ideia o tristíssimo sucesso algumas manchas vermelhas sobressaindo nas ataduras brancas que abraçavam a cabeça da morta.

- Logo que teve conhecimento do fato o general Serra Martins compareceu a aquela praça de armas e providenciou para que se iniciassem imediatamente os competentes inquéritos: militar e civil. Neste intuito comunicou o ocorrido ao Dr. Chefe de polícia que fez seguir para ali o Dr. Glycério Gouveia, delegado do 1º distrito. Além desta autoridade compareceu também o Dr. Souza Paraízo, delegado do 2º distrito.

Entre os muitos oficiais que foram à fortaleza do Brum enquanto lá estivemos, notamos os tenentes coronéis Alberto Gavião e Eduardo Silva.

Reinava geral desolação entre as pessoas ali reunidas, desolação a que nos associamos, apresentando condolências ao brioso oficial.

Dois dias depois da publicação acima, o alferes escreveu para a redação.

Senhor redator: - De par com os meus agradecimentos pela tocante e carinhosa notícia do inesquecível sucesso do dia 9, aceitai uma breve explicação, a que não posso renunciar.

Afirmaste que era minha desventurada esposa, altamente impressionável, conjeturando-se um obstáculo à minha carreira do que lhe advieram tendências para suicidar-se. Consente-me que vos ministre mais acertados informes.

Desgraçadamente mais do que pura impressionabilidade, comandam o corpo e o espírito as prepotências da alienação mental, que a martirizaram três vezes no curto lapso de oito anos. De cada uma, conforme fosse o delírio ou a mania, deixava ou não de ter, consoante a lei que preside ao desdobrar daquela triste moléstia, as impulsões suicidas, o que lhes servem de instrumento os objetos mais inconcebíveis, confirmam todos os profissionais, de qualquer procedência ou escola.

Cessada a causa dessa obstinação intraduzível, que fazem somente ideia pouquíssimas pessoas, o que mais torturava aquela alma de santa, era justamente o horror de suas “criminosas tentativas”, como lhes chamava ela.

Repugnava-lhe às crenças religiosas, restauradas nos momentos de trégua, achar desculpa, mesmo estando alienada, para quem atentava contra a própria vida. E quando de fato se restabelecia de todo, transpunha os limites do normal o seu desejo de viver para os nossos filhos. E os modestos incitamentos, com que me impelia à conquista do seu mais forte ideal – um nome para seu esposo, adquirido na luta pela justiça e pela liberdade, - ultrapassavam identicamente a zona, em que se agitam as fragilidades comuns à maioria das pessoas do seu sexo.

Tanto assim, que o meu derradeiro tributo à sua alma, será imolar-me sempre quando for oportuno, aos meus ideais, em que apoia minha consciência de crente e homem livre.

Reiterando meus comovidos agradecimentos, subscrevo-me vosso patrício e admirador. J. da Penha.

10/12/2013


ALEJURN - ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RIO GRANDE DO NORTE

  Nesta quarta-feira, 11 de dezembro, às 18:30h, os Procuradores do Estado Adalberto Targino e Luiz Antonio Marinho irão receber o Título de Cidadão Natalense, na Câmara Municipal de Natal. O autor
Para

 
Nesta quarta-feira, 11 de dezembro, às 18:30h, os Procuradores do Estado Adalberto Targino e Luiz Antonio Marinho irão receber o Título de Cidadão Natalense, na Câmara Municipal de Natal.
O autor da proposição é o vereador Júlio Protásio.

ADALBERTO TARGINO  é presidente da Academia de Letras Jurídicas do RN (ALEJURN), membro da Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas (RJ), membro do Instituto Histórico Geográfico do RN, membro do Direito Brasileiro (RJ), da Academia Paraibana de Poesia, Academia Campinense de Letras (PB), Academia Paraibana de Letras Jurídicas, União Brasileira de Escritores (SP/RN), Associação Brasileira de Imprensa e Instituto Histórico e Geográfico do RN, tendo sido professor de Ética, Sociologia do Direito, Direito Constitucional.
 Exerceu  os cargos de Promotor de Justiça, Professor Universitário, Secretário da Cidadania e Justiça, Controlador Geral do Estado, Juiz de Direito, dentre outros.

LUIZ ANTONIO MARINHIO.
Antes de se formar em Direito, cursou jornalismo. Foi Assessor Jurídico do Estado; Procurador Geral do Estado; Chefe da Procuradoria Fiscal; Chefe da Procuradoria do Contencioso; Chefe da Procuradoria da Dívida Ativa, e atualmente, é Procurador Corregedor Geral do Estado.

Waleska Maux
Assessoria de Comunicação
Procuradoria Geral do Estado do RN
 
 


ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS - AML

ELEIÇÃO PARA A DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - COMUNICAÇÃO DA ÚNICA CHAPA INSCRITA

A COMISSÃO ELEITORAL designada pela Portaria n° 01/2013-AML de 09 de novembro do ano em curso, e ratificada pela Portaria nº 02/2013-AML de 11 de novembro de 2013, do Presidente da Instituição, COMUNICA aos interessados, para os fins de direito, que foi deferida uma única chapa para os cargos da ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS - AML, inscrição no CNPJ sob o n° 13.969.868/0001-46 – NATAL-RN, cujo pleito ocorrerá no dia 13 de dezembro próximo vindouro, em sua sede provisória sita à Rua Mipibu, 443, Petrópolis, nesta Capital, onde é a sede permanente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras – ANRL e com urna, também, no Solar Caxangá, em Macaíba-RN, no horário das 9 às 14 horas, para o preenchimento dos diversos cargos da Diretoria e Conselho Fiscal, conforme os seguintes candidatos registrados e respectivos cargos para o biênio 2014-2015: DIRETORIA: Presidente: CÍCERO MARTINS DE MACEDO FILHO; Vice-Presidente: OLÍMPIO MACIEL; Secretário: FRANCISCO ANDERSON TAVARES DE LYRA; e Tesoureiro: ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE. CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros Titulares: MARIA DE LOURDES ALVES LEITE, ODILÉIA MÉRCIA DA COSTA, SHEYLA RAMALHO BATISTA; Um (01) Membro Suplente: RUI SANTOS DA SILVA.

Natal/RN, 08 de dezembro de 2013.
A Comissão Eleitoral: ODILÉIA MÉRCIA GOMES DA COSTA, Presidente; SHEYLA MARIA RAMALHO BATISTA, MARIA NETA PEIXOTO DE LIMA E JOÃO BATISTA XAVIER, Membros.

Os remédios das antigas “boticas”

Elísio Augusto de Medeiros e Silva

Empresário, escritor e membro da AEILIJ

Naquela tarde, Tibério dirigiu-se a um velho boticário que ficava situado na Rua Chile, bastante frequentado desde finais do século XIX. Era um prédio antigo de fachada alta, em cujo centro estava uma placa branca desenhada à mão: boticário.

Logo após a pesada porta de madeira, os balcões e prateleiras altas atochados de frascos de todos os formatos e cores, bem dispostos, chamam sua atenção. Um sortimento variado. Aspirinas, sais de frutas, camisas de vênus, pomadas de Metchnikoff, arsenobenzóis, permanganato, coleval, oxicianureto, xerofórmio, iodofórmio, óleo de fígado de bacalhau.

Medicamentos em suas várias formas: tisanas, pós, pomadas, xaropes, pastas, cápsulas, pílulas, electuários, solutos, elixires, poções, papéis, óvulos, misturas, supositórios, tinturas, licores, vinhos, águas, grânulos, tabletes, alcoolatos, melitos, emulsões, infusões, vinagres, colutórios, gargarejos, pastilhas, fumigações, inalações, dentifrícios, lavagens, cremes, ceratos, vernizes, colas, loções, óleos medicinais, linimentos, emplastros, apózemas...

Remédios em diversas formas contra inflamações. A pele de peixe-boi eficaz contra as erisipelas, as pílulas americanas que regeneram o sangue e dão novo ânimo aos doentes.

O bioeletro mesmerismo que combate radicalmente todas as doenças. Preservativos contra tísica pulmonar, moléstias do peito em geral, pleurais, bronquites, tosse crônica, asma.

Muitos desses preparados eram fabricados em Paris nos laboratórios da Robiquet, Boyveau & Pelletier. Esses foram os primeiros laboratórios do mundo a utilizarem o sulfato de quinina em algumas de suas fórmulas.

Não podemos esquecer o Chocolate Purgativo de Desbriére, a base de magnésia, indicado para expulsar a bílis, os humores viscosos, purificar o sangue, contra as doenças da cútis, os reumatismos, as dores de cabeça e várias outras doenças clínicas.

Tinha também o Xarope de Rabão Iodado, preparado a frio e concentrado no vácuo. Era também fabricado na França e prometia uma cura rápida das moléstias do peito, do linfatismo, do raquitismo, da palidez e moleza das carnes, além de diversas moléstias da pele e afecções ocasionais por vício ou acúmulo de sangue, e que já tivera sido tratado sem êxito pelo óleo de fígado de bacalhau.

O Unguento Morel era um remédio milagroso contra talhos, dentadas, mordidas de pulga, queimaduras e feridas de toda a natureza.

A injeção Brum infalível e preservativa contra gonorreias recentes ou crônicas e flores brancas (leucorreia).

Existia também o Xarope do Bosque, produto miraculoso que curava praticamente todas as moléstias. O Unguento Durand que assegurava curar todo tipo de feridas e contusões.

Além desses afamados remédios, o boticário vendia produtos contra cólera-morbus, antibubáticos, antiescrofulosos, antivenéreos, contra vermes intestinais, diversos tipos de desinfetantes e produtos para formosura das senhoras.

Muitos desses remédios eram preparados artesanalmente ali mesmo no boticário, pois a indústria farmacêutica era muito incipiente no Brasil.

Portanto, nas boticas era indispensável o uso de balanças de precisão, frascos, conta-gotas e colheres de medir.

Vemos então que, com todos esses recursos, adoecia quem queria e não se curava se essa fosse a sua vontade.