25/11/2013

Verdades cruzadas - II

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Professor aposentado do Curso de Direito da UFRN e Presidente da Comissão da Verdade. Membro do IHGRN.

              Sequenciando o nosso estudo, vamos verificar que em 1930 começa a entronização de uma era de restrições da liberdade, agora fora da Monarquia e em plena República velha através do líder gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, contando com o apoio das forças militares e policiais.

Getúlio nunca aderiu a qualquer doutrina ideológica. Conforme as conveniências, manipulava este ou qualquer aspecto de todas elas afastado de ambos os extremos.

Otávio Frias Filho - Folha de São Paulo 18/8/2013 (Crítica)

O novo mandatário, segundo registram alguns historiadores, teve dúvidas sobre a viabilidade da revolução. Houve tempo em que pairavam no ar notícias de conspiração e já então ventilava pagar uma eventual derrota com a própria vida.[1]

Mais uma vez a repressão policial renova os desencantos e protestos acontecem no mês de março de 1932 nas ruas de São Paulo, notadamente em 07 de julho, com resultado de quatro estudantes mortos.

Em 1935 eclode novo e mais forte movimento de rebeldia, conhecido como “Intentona Comunista” em novembro de 1935 nas cidades de Natal – que instalou durante quatro dias um governo comunista, Recife e Rio de Janeiro.

Por deficiência na condução das ações por Carlos Prestes e Agildo Barata, houve precipitação dos descontentes, o que resultou num movimento efêmero, tendo como resultado 22 mortes, deixando um lastro sempre aproveitado pelos dissidentes para servir de marco forçado de um fantasma e pretexto contra a esquerda e que perdura até os dias presentes fazendo, imediatamente (10 de novembro), nascer o Estado Novo em 1937, com duração de 15 anos. Estava implantada a ditadura getulista, marco de um período reacionário.

O mundo vivia momentos difíceis, com o crescimento afrontoso do fascismo e do nazismo no continente europeu do que motivou a deflagração do 2º Grande Conflito Mundial em setembro de 1939, contando com o apoio do Japão.
Getúlio, que pendia para as ideologias do nazi-fascismo, episodicamente, voltou a se alinhar com os Estados Unidos a partir de 1942, tornando o Brasil um protagonista nos campos da Itália ao lado dos aliados,


 
 [1] Murilo Melo Filho – Testemunho Político, Ed. Bloch, 1997/7.

24/11/2013

NOTA DO PRESIDENTE DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN.


INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – A MAIS ANTIGA INSTITUIÇÃO CULTURAL DO ESTADO – Rua da Conceição, 622 / 623, Centro – CEP: 59.025-270 – Natal/RN - Brasil C.N.P.J.: 08.274.078.0001-06 - Fone: (84) 3232-9728 E-mail: ihgrn1902@gmail.com

A   L   E   R   T   A

 
VALÉRIO ALFREDO MESQUITA, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN vem alertar às autoridades públicas e aos seus amigos, que tomou conhecimento da ação de uma pessoa, ainda desconhecida, se passando por Presidente do Instituto pedindo ajuda financeira para as obras da referida Entidade Secular, indicando uma conta corrente para os depósitos.
Por oportuno, esclareço a toda a sociedade potiguar que o fato tem origem criminosa e qualquer solicitação de cooperação ao IHGRN só terá validade, por escrito, assinado pelo Presidente da Instituição e em papel timbrado.
Solicito às pessoas que tenham sido lesadas que informem ao signatário ou ao IHGRN, no endereço e telefone acima referenciados, qualquer indício que permita a identificação desse estelionatário.
VALÉRIO ALFREDO MESQUITA
Presidente
VERDADES CRUZADAS -I
Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor. Membro do IHGRN
   O acaso trouxe-me um encargo no outono da vida – presidir a Comissão da Verdade da UFRN. Por isso, tive de voltar no tempo e no espaço para refazer a memória adormecida nos bancos da velha Faculdade de Direito da Ribeira – época difícil para a história da Democracia, pois iniciei em fevereiro de 1964, véspera do golpe e concluí em 1968, véspera do AI-5.
Lembrei que na mesma época e no mesmo palco alguns jovens sonhavam com um Brasil melhor, no campo e nas cidades e para isso se entregaram, sem medo, à luta contra a ditadura. Eu, por questões de sobrevivência de um prematuro casamento, com o peso da paternidade e a necessidade de garantir a subsistência, não engrossei o contingente dos lutadores, embora torcesse pelo sucesso daqueles idealistas e ter acompanhado seus movimentos grevistas, por solidariedade.
Hoje pago o preço do meu silêncio, por compreender com integral lucidez, a diferença da insônia com liberdade e a castração do sono no confinamento. Embora sem fazer juízo definitivo do valor das ações desenvolvidas, faço apenas a apologia da importância incondicional da liberdade, segundo Kant - o maior bem da vida! 
          O imperativo categórico da nova missão me colocou na cela com aqueles "menino(a)s" que entrevistei, a exemplo de: Geniberto Campos, Arruda Fialho, Josemá Azevedo, Anchieta Jácome, Gileno, Paulo Frassinetti, Iaperi, Rinaldo Barros, Juliano, Ivis, Ivaldo Cetano, Lailson de Almeida, Hermano Machado, Mery, Marcos Guerra, José Bezerra Marinho, Justina Iva... ao lado de outros que não entrevistei - Ginani, Hélio Xavier, Maria Laly, Danilo Bessa, Berenice, Tereza Braga, Djalva Confessor ... e então pude sentir o que significa a insônia sem liberdade, sem opções imediatas, mentalizando o momento da soltura, do reencontro familiar, do retomar o caminho natural da vida. Foram amadurecidos com "carboreto", tirando do fruto o sabor de um amadurecimento natural, livre de pressão externa.
   Começo hoje uma série de artigos, aproveitando a expressão de uma estudante bolsista da CV (Patrícia) para o trabalho – VERDADES CRUZADAS, pois a história oficial nem sempre é a história definitiva, dadas às circunstâncias de tempo e espaço.
 
Artigo I - Fica decretado que agora vale a verdade, agora vale a vida e de mãos dadas marcharemos todos pela vida verdadeira;
Thiago de Mello: Estatuto do homem 
Após uma vivência sob o jugo Português, o espírito de brasilidade foi cultivado nas academias europeias e chega ao Brasil com o histórico “Grito do Ipiranga” no dia 07 de setembro de 1822 através de D.Pedro I, Príncipe Regente, ganhando a adesão da juventude e da comunidade pensante de então.
Composto o Império brasileiro, sequenciado com o governo de Pedro II, assim caminhou até a sua deposição em 15 de novembro de 1889, com o golpe militar de Deodoro, que nos fez ingressar inseguramente nos braços da República, sempre permeada por intervenções militares – revolucionárias as de 1888-1889; reformistas em razão do inconformismo patente nos movimentos tenentistas de 1922, governo de Artur Bernardes, que durou até 1926, em sua maior parte, sob estado de sítio, 1924[1] e 1930, este ano inaugurando um governo herdeiro da crise econômica do ano anterior, fazendo emergir a contestação da revolução social tendo como ponta de lança os partidos comunistas, organizados sob disciplina militar e se espelhando no modelo da União Soviética.
Diametralmente em contrário surgem os movimentos fascistas na Itália com Mussolini e o nazismo na Alemanha com Adolf Hitller, facções que abraçam um aspecto de nacionalismo e de racismo que, no Brasil, se abrigaram no movimento integralista de Plínio Salgado.
A repressão policial, o clientelismo e a corrupção desembocam em revoltas à semelhança de 1922 e 1924 até o fato mais grave do assassinato do Vice-Presidente da República, o paraibano João Pessoa, ocorrido em 26 de julho, estopim para a implantação de um outro momento político, com a chamada Revolução de 1930 e a deposição do Presidente Washington Luiz em 24 de outubro e começo do novo regime em 31 do mesmo mês e ano, assumindo o Senhor Getúlio Vargas no dia 3 de novembro subsequente, ali se estabelecendo.


[1] Em 1924 teve início a Coluna Prestes, liderada por Luiz Carlos Prestes, percorrendo 13 estados e 25 mil quilômetros na busca de angariar adesão para as causas tenentistas, contando com o apoio de militares como Cordeiro de Farias e Juarez Távora e culminando com a sua destituição em fevereiro de 1927 com a deposição de armas na Bolívia.

23/11/2013

REMINISCÊNCIAS DA RUA PRINCESA ISABEL – A SAGA DE FLORIANO - EL BODEGUERO – V
Avenida Deodoro da Fonseca - Internet

...Na década de 60 foram surgindo outros frequentadores, na sua maioria moradores da região e adjacências, além de “convidados”, como era o meu caso, pois naquela época morava na Avenida Deodoro.  O meu ingresso na turma foi através de um amigo de infância, Thales de Abreu Saraiva que ao se mudar da Rua Felipe Camarão para a Rua Princesa Isabel levou-me para a nova turma. Sua casa ficava em frente à residência dos irmãos Jahyr e Jurandyr Navarro, no final da rua próximo a ladeira do Baldo.    

Cito alguns frequentadores e suas estórias segundo as lembranças de José Augusto de Freitas - Zezé: Luis de França, apelidado de "Luis, o Bucaneiro". Certa vez Zezé fez um jornalzinho, com a caricatura dele, vestido de pirata, com perna de pau, papagaio e tudo. Havia os irmãos Bezerrinha, Dilson, Kessinho e Baiá. Tinha, ainda, o Rapa-coco, um senhor meio velho bem alto e magro; Abdênego, sargento do Exército, reformado; Heródoto, um cara atarracado, de porte atlético e de estatura elevada que quando enchia a cara ficava zanzando pela bodega e esfregando sua enorme pança no balcão. Numa dessas idas e vindas, desequilibrou-se e, acidentalmente, quebrou a quartinha da bodega. Um grande estrondo seguiu-se de um verdadeiro dilúvio, já que a enorme quartinha comportava quase 20 litros d’água. Cacos de barro se esparramaram sobre o passeio. Após um silêncio sepulcral dos que estavam presentes e o despertar de alguns pinguços adormecidos, todos os olhos voltaram-se para o culpado. Floriano que havia se ausentado da bodega pela porta que dava acesso a sua casa, ao ouvir o estrondo retorna, e atônito depara-se com o cenário avassalador. Depois de refeito olha para Heródoto e com voz paternal,  diz: “Heródoto, o que você fez? Você quebrou a quartinha do povo! A quartinha que matava a sede dos amigos! Você não fez mal a mim Heródoto; você prejudicou o povo que bebia água dessa quartinha!”...

                                          Foto internet

Heródoto, ainda zonzo e sem entender direito o que se passava ou o que tinha feito, com um ar de pura inocência, respondeu, com sua voz pausada e pastosa:
      - Ao povo, nobre amigo? Eu fiz mal ao povo? Quando ele se dirigia a Floriano tratava-o de "nobre amigo" (...) Envergonhado atira seu corpanzil totalmente sem domínio sobre umas caixas de cerveja e se entrega aos seus devaneios etílicos.  

Frequentavam ainda a bodega de Floriano: Vavá Pombo, irmão do exímio violonista o saudoso Efrain, que faleceu prematuramente após uma crise de apendicite; e também o não menos famoso Lelé, um dos maiores trombonista de nossa terra, morto em um acidente que ficou conhecido como a Tragédia do Baldo.
         
       Todos a seu tempo devem um pouco de sua formação na universidade da vida, aos ensinamentos aprendidos nos bancos feitos com caixas de cerveja e tamboretes da bodega de Floriano. Vavá Pombo grande craque da bola, tendo atuado como ponta direita do América, tinha fama de mentiroso e contador de histórias. De sua vez, irmão de saudoso Demóstenes, ídolo do Botafogo do Rio de Janeiro, tendo, inclusive, sido lembrado para compor a seleção brasileira da época. Era uma abençoada família de versáteis artistas.


                                   Botafogo 1950 - F.internet

No livro de depoimentos “Amigos do Tirol”, lançado em 2010, Mozinho um dos autores, narra uma estória que eu ouvi na bodega de Floriano e a ele transmiti há muitos anos atrás: contava Vavá que certa vez estava tão bêbado, mais tão bêbado, que jogou uma pedra no chão e errou. De outra feita, disse que após uma chuva torrencial notou, em cima um abacateiro que ficava no quintal de sua casa, uma manha escura pendurada em um dos galhos. Aproximou-se e cauteloso começou a cutucar a tal mancha com uma vara de bambu. Eis que em dado momento ouve um violento estrondo e ele cai pra trás. Refeito do susto surpreendeu-se ao perceber que tinha conseguido liberar um trovão que durante a chuva, acidentalmente ficara preso nos galhos do abacateiro.



         Havia também os que “assinavam ponto” regularmente como Ariosvaldo, que se dizia ex-combatente da FEB. Quando ele chegava ou passava, a meninada traquina gritava: "Chega-lhe a bufa" e ele saia esculhambando papagaios e periquitos... Floriano contava que quando o navio que transportava os combatentes para a Itália alcançou a saída da barra, Ariosvaldo pulou (heroicamente) no mar, retornou para casa e lá se escondeu até o final da guerra.

Raimundo, também conhecido como “Raymundo de La Cruz”, era um cara amarelo, de olhos acinzentados como de uma cobra. Floriano dizia que ele era um cara perigoso e que já havia matado gente. Certa vez, Carlinhos “barbeiro” disse uma brincadeira que Raimundo pensou que era com ele e fez o seguinte comentário: "formiga quando quer se perder cria asa, né Floriano"?  Carlinhos conhecedor da fama do colocutor desconversou e sem demora, deu no pé temeroso da observação.

F. internet


Numa determinada época, a orquestra de Ivanildo Sax de Ouro, veio fazer uma temporada no América F.C. e acabou ficando definitivamente em Natal. Os músicos passaram a frequentar a bodega de Floriano. Os mais assíduos, que logo fizeram amizade coma a turma da rua, foram: Odilon (violonista), Marçal, um meio japonês que era pianista e metido a filósofo; Saci, um negrinho alto e magricela, que entornava todas e tinha os olhos vermelhos e esbugalhados. Era um virtuoso do contrabaixo. Certa vez ele tocando no America, totalmente embriagado, caiu e continuou no chão, tocando o instrumento até o término da música.


O próprio Ivanildo também frequentava a bodega de vez em quando para bater um papo com os amigos e admiradores. Havia ainda uma figura exótica que todo mês chegava por lá: a professora Julieta. Ela parecia uma figura saída de um conto de fadas. Vestia uma roupa estilizada, de seda pura, com um coque no cabelo envolto em um lenço também de seda. Usava marrafas, brincos extravagantes e um batom bem vermelho tipo “boca louca”, nos grossos lábios. Lembrava uma velha cigana. Notava-se que sua idade já era bem avançada. Era aposentada e cuidava ao que parecia de alguns meninos, possivelmente seus sobrinhos. Ela comprava ninharias de confeito, doces cristalizados (mariola), raiva (bolinhos de goma), para levar pra eles. 
F. internet

De pé no balcão ordenava: "Floriano bote dois mil réis de raivas.” Floriano em obediência as ordens daquela extravagante dama, logo pegava em baixo do cepo de madeira um papel de embrulho ou um pedaço de jornal e com dedos ágeis começava a enrolar o pedido da madame (...)



O INVEJOSO – DOENTE OU MALEDICENTE? 
 Adalberto Targino (*) 

 A inveja, semanticamente, é o sentimento de desgosto, pesar ou tristeza pelo bem dos outros. É a cobiça ou desejo violento de possuir o bem, a alegria ou felicidade alheia, mesmo que o invejoso os possua igualmente. A sua mente, insensível e pervertida, deturpa tudo e destila o veneno do ressentimento, mágoa e dor profunda... Numa sociedade competitiva como a nossa, sobretudo exibicionista, patrimonialista, individualista e até cruel, o invejoso encontra campo fértil ao desenvolvimento de sua alma amargurada e insatisfeita. De fato, no dizer de Rousseau “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”, isto é, industrializa o doente social. Aliás, especialistas afirmam que todo invejoso é portador de desvio ou distúrbio de personalidade, capaz de caluniar o ser invejado e atribuir-lhe vícios infinitos. Pode trair o melhor amigo e obscurecer-lhe virtudes; destruir reputação de outrem e até mesmo praticar bem urdidos crimes de calúnia, injúria, difamação,denunciação caluniosa, fraude, roubo ou homicídio. Não precisa de motivo para sentir inveja, porque este sentimento mesquinho é um monstro que a si mesmo se gera e de si mesmo nasce. A Bíblia ( Êxodo, 20,17), admoesta “não cobiçarás cousa alguma que pertença ao teu próximo” e no Salmo 36 “não invejes o que prospera em suas empresas” com “ o teu olhar mau e desprezível” (Eclesiástico). O invejoso, procura destruir o que não pode possuir, desmentir o que não compreende e insultar, detestar e combater aos que se elevam ou simplesmente vivem em paz e de bem com a vida. Exemplos emblemáticos de invejosos perversos, periculosos, cruéis, nefastos e perniciosos foram Caim que matou o seu irmão Abel ( o primeiro homicídio do planeta) ; Brutus que apunhalou o seu próprio pai adotivo Júlio César; Judas que entregou Jesus aos seus carrascos; Nero que com inveja do brilho intelectual do seu professor Sêneca o condenou a morte; o rei Saul que tentou matar por várias vezes o seu genro e benfeitor Davi; os irmãos de José do Egito que o venderam como escravo; O senador romano Catilina que tentou assassinar o Cônsul Marco Túlio Cícero; o grego Cylon, da Cidade de Croto, que incendiou o Instituto Pitagórico e expulsou Pitágoras da sua Cidade; e até no Reino Celestial, afirma-se, que Lúcifer foi expulso, porque, tentou destronar Geová, motivado pela cobiça. Heródoto, em sua monumental obra História III, 425 anos antes de Cristo, afirmou “a inveja nasceu no homem desde o princípio”. O invejoso é oscilante e pendular. Tem crises de grandeza e de inferioridade, de egolatria e de autopiedade, de sadismo e masoquismo. Sua marca registrada é não elogiar ninguém, exceto a si próprio ou a quem ele possa usar como escada aos seus propósitos diabólicos. É, em síntese, um renitente e contumaz pecador contra o segundo maior mandamento da Lei de Deus: “ama teu próximo como a ti mesmo”. Essa pobre criatura, odeia a felicidade do próximo e, via de conseqüência, renega a sua própria, corroída pela mesquinharia e competitividade imaginária. Vasculha, com interesse mórbido, a vida alheia, buscando detalhes mínimos da vida profissional e familiar da pessoa visada, a fim de maldizer o seu sucesso e divulgar as suas possíveis fraquezas e desacertos. Aos que ficam felizes com o sucesso dos outros ou os que sofrem a perseguição dos invejosos, resta um consolo nas palavras sábias de Alcalá Zamora: “os ataques da inveja são os únicos em que o agressor preferiria, se pudesse, fazer o papel de vítima”. Assim, aleluia as pessoas normais e piedade a essas reles e doentes criaturas injetadas pela toxina autodestruidora da inveja e do complexo de inferioridade. * O autor é Advogado Criminalista, ex-Professor de Ética e membro da Academia Brasileira de Ciências Morais e Políticas.

(*) Procurador Corregedor Geral do Estado, escritor e imortal das Letras.
Diretor Orador do IHGRN.

22/11/2013



 
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
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A L E R T A
 

            valério alfredo mesquita, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN vem alertar às autoridades públicas e aos seus amigos, que tomou conhecimento da ação de uma pessoa, ainda desconhecida, se passando por Presidente do Instituto pedindo ajuda financeira para as obras da referida Entidade Secular, indicando uma conta corrente para os depósitos.

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VALÉRIO ALFREDO MESQUITA

Presidente