18/09/2013

FAMÍLIA DO DESEMBARDOR FLORIANO CAVALCANTI
DEPOIMENTO DE EMMANOEL CAVALCANTI

PARA A POSTERIDADE


Desembargador FLORIANO CAVALCANTI
LANÇAMENTO
27 SET
19 horas
Livraria SARAIVA




Publicado no D.O de 17/09/2013


EDITAL DE CONVOCAÇÃO

O Presidente da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte – ALEJURN, para os fins de que trata o art. 6°, §§ 1º, III, 2º e 3º do seu Estatuto Social CONVOCA OS ACADÊMICOS da referida Entidade para a Assembleia Geral Extraordinária aprazada para o dia 11 de outubro próximo vindouro, a ter início às 9:00 horas, em primeira convocação e, às 9:15 horas em segunda convocação, em sua sede provisória (Procuradoria Geral do Estado, sito à Avenida Afonso Pena, 1155, Tirol, nesta Capital), onde ocorrerá a apreciação da proposta de alteração parcial do seu Estatuto Social, a qual já foi enviada a todos os Acadêmicos, para os fins dos arts. 1º e 2º, da Resolução nº 01/2013, de 03 de julho de 2013 – apresentação de emendas no prazo de 15 dias da publicação desta convocação, permitindo a consolidação do texto e nova remessa para a votação definitiva, de forma presencial, por correspondência ou por meio eletrônico para: alejurn2007@gmail.com, até 10 minutos antes da abertura da Assembleia.

Para outros esclarecimentos utilizar o telefone 3232-2898/2761


Natal, 05 de setembro de 2013
JOSÉ ADALBERTO TARGINO ARAÚJO
Presidente

ALEJURN

ALEJURN
Telefax (84)3232-2898
alejurn2007@gmail.com

17/09/2013


INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA - INRG
                        
CONVOCAÇÃO

Convocamos nossos associados para no próximo dia 19 de setembro (quinta-feira), a partir das 15,30 horas, na sala onde funciona a sede do INRG, no prédio do Memorial Orione de Almeida, anexo do Instituto Histórico e Geográfico do RN, à Rua da Conceição n° 623 – Centro, para apreciarmos assuntos do interesse da nossa Instituição, em especial para tratarmos da seguinte pauta:
1-    Coleta de artigos para a composição do segundo número da nossa revista;
2-    Reclassificação e avaliação do o atual quadro de sócios;
3-    Apreciação de novos sócios;
4-    Pagamento das mensalidades.
Esperamos contar com a presença de todos.

                                                       Atenciosamente,
                                               Ormuz Barbalho Simonetti
                                                                Presidente.

15/09/2013



GIÁCOMO PALUMBO
Carlos Roberto de Miranda Gomes, do IHGRN

            Um dos documentos mais importantes da história da cidade de Natal é o Plano de Sistematização, elaborado em 1929 pelo arquiteto Giácomo Palumbo.
            Formado na Academia de Belas Artes na França, nasceu na Grécia no dia 2 de fevereiro de 1891. Chegou ao Brasil em 1918, indo morar inicialmente em Recife. Lá construiu várias edificações, entre elas a Ponte Duarte Coelho, considerada até hoje um dos cartões postais da cidade. Posteriormente muda-se para a Paraíba, onde também realiza várias obras durante o governo de João Pessoa.
            Chegou a Natal nos anos 20, procedente da Paraíba, e logo foi contratado pelo Intendente Municipal (prefeito), Omar O’Grady, para realizar um plano de Sistematização da Cidade, de acordo com a resolução n° 304, de 6 de abril de 1929. O contrato foi assinado no dia 22 do mesmo mês. Na ocasião disse o Intendente O’Grady: “  era este plano, no meu pensar, uma necessidade inadiável...”
            Nesse mesmo ano, o prefeito, que também era engenheiro Civil, formado nos Estados Unidos, preocupado com o ordenamento da cidade, institui a Lei n° 4 que “dispõe sobre construções, reconstruções, acréscimos e modificações de prédios”. Esta lei tornou-se o primeiro instrumento legal a fazer o zoneamento da cidade.
            Conhecido apenas como Plano Palumbo, até os dias de hoje, são grandes os benefícios embelazadores da nossa capital. Para se não falar dos aspectos de modernidade inseridos no seu famoso planejamento arquitetônico. O seu principal objetivo era criar uma cidade planejada, e com pensamento voltado para o futuro. Com um traçado urbanístico moderno e eficaz, com forte influência Européia e Norte- americana, definia e distribuía funções administrativas, comerciais e industriais. Nos bairros residenciais, preocupou-se com o embelezamento, arborização e lazer de ruas e avenidas. Os bairros eram ligados por largas avenidas com espaços públicos destinados ao lazer. Tirol e Petrópolis foram os bairros que mais se beneficiaram com o Plano, muito embora alguns historiadores defendam que esses bairros foram criados a partir do bairro de Cidade Nova, como eram chamados os bairros de Tirol e Petrópolis, criado pelo Plano Polidrelli em 1904, durante o governo de Alberto Maranhão.
             O arquiteto Palumbo projetou uma cidade para 100 mil habitantes, tendo atingido esse número já no ano de 1950, possivelmente com o meu nascimento, ocorrido no dia 6 de dezembro daquele ano.
           
            Entretanto, a revolução de 1930 tirou do poder os idealizadores desse plano, o que impediu a continuidade na sua completa implantação.
           
            Até hoje, apesar de buscas feitas por diversos pesquisadores, ainda não se tem notícia dos originais dessa peça histórica.  Em 1977, o Diário de Natal publicou uma matéria onde informava que os originais foram criminosamente incinerados. Dizia à matéria que o então chefe do Arquivo Geral da Prefeitura de Natal, Severino Césio Pereira Dantas, enviou no dia 7 de fevereiro de 1972 ao então Secretário de Planejamento, Efren Lima, um memorando onde solicitava autorização para incinerar documentos, ditos antigos. Fazia parte dessa solicitação todos os documentos sob a guarda da Prefeitura, produzidos entre os anos de 1898 a 1950, juntamente com o material (?) que se encontrava “jogado” em um sótão, em cima do Mercado das Rocas, onde o chefe do arquivo dizia encontrar-se em “estado não prestável”. Não se sabe se a esdrúxula solicitação foi atendida. O fato é que existe grande possibilidade de o Plano Palumbo ter sido incinerado juntamente com esses documentos, já que o mesmo datava de 1929, por conseguinte condenado pelo servidor, a ser transformado em cinzas.
            Portanto, já vem de longe o desrespeito que administradores e a população em geral têm com documentos antigos e com todas as formas de cultura em nosso Estado. Não custa lembrar, que o povo que não se preocupa em preservar o seu passado, certamente não terá um bom futuro.
            Quanto ao grande arquiteto Giácomo Palumbo, os administradores da cidade de Natal foram “bastante generosos” e lhe prestaram uma grande e merecida homenagem. Para isso, puseram seu nome em uma ruela localizada próximo ao cruzamento das ruas Presidente Bandeira com a São José. No mapa, a tal ruela é tão pequena que não deu pra escrever o nome. Com apenas algumas pequenas residências de um lado e do outro lado, galpões onde funciona uma distribuidora. A ínfima ruela, não faz jus ao grande arquiteto que teve reconhecida importância no traçado urbanístico de nossa cidade.
            Com o advento da Copa do Mundo, nossa cidade, que figura entre as doze sedes onde ocorrerá à disputa dos jogos, obrigatoriamente receberá várias obras importantes, principalmente na área de mobilidade urbana. Fica aqui nossa humilde sugestão para que as autoridades responsáveis corrijam essa imperdoável ingratidão, batizando pelo menos uma dessas obras em sua homenagem, dignificando o nome daquele histórico e grande profissional, além disso, trazendo à luz, a sua história de valoroso arquiteto, para que seja conhecida por todos os natalenses inclusive, aqueles que sabiamente adotaram a cidade de Natal para viver com suas famílias.
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Fotos: Ormuz Simonetti           

Eu, personagem.


Clotilde Tavares
Rosenda von Kraken, em 1993.
Rosenda von Kraken, em 1993.
Eu sou atriz. Em cima do palco já fui muita gente. Fui, por exemplo, Estragon. Fui Rosenda von Kraken, Carlota, Antonieta, Sílvia. Fui Gipsy, personagem que inventei e que saiu do palco do teatro para a rua e para os livros. Fui também um cara super-divertido, o Coronel Olegário, Corno e Latifundiário, que atirava de revólver e cantava rock and roll. Fui mais um monte de gente que nem me lembro mais. Mas a experiência de ser um personagem eu mesma, interpretada por outra pessoa, é novidade para mim.
Gipsy, no ar de 1996 até hoje.
Gipsy, no ar de 1996 até hoje.
Pois as professoras da Escola Ulisses de Góis, em Natal-RN, no desfile comemorativo da Semana da Pátria no dia 5 de setembro último, organizaram um “pelotão” representando autores do Rio Grande do Norte, com os alunos caracterizados como o escritor.
E eu estava lá, representada pela linda Rebeca, aluna da escola, que encarnou com graça e simpatia (e uma beleza que não tenho nem nunca tive) a minha desataviada pessoa.
Uma experiência a mais, numa fase da vida em que é difícil acontecer uma novidade.
Eu adorei.
A aluna Sayonara, de preto, cinto dourado e mão na cintura, encarnando esta escriba que vos tecla.
A aluna Rebeca, de preto, cinto dourado e mão na cintura, encarnando esta escriba que vos tecla.
O original!

14/09/2013


CASA DA MEMÓRIA (*)

Por GUSTAVO SOBRAL

   Seu estilo é neocolonial, erguido em 1906, Cidade Alta, Natal/RN, bem vizinho à igreja matriz. Suas janelas desaguam na calçada, que a estrutura elevada da rua ditancia do res do chão. Passa pela casa o vento e a luz que as suas janelas abertas confiam, marca do transitório no perene registro da história que a casa guarda em objetos e livros. Coisa que a gente antiga classificaria cacareco, que a nova implicaria velharia, e que a história marcou como registro do tempo. Numa escrivaninha o primeiro telefone da cidade que não mais liga. Nas paredes do salão retrato de toda gente que fez a história do Rio Grande do Norte e daquela casa estão lá assinalados, Cascudo e toda sucessão de personalidades potiguares. A casa da memória é o depósito do tempo. Casa museu e casa biblioteca, serve aos estudantes para pesquisa, e serve ao turista como reunião de preciosidades.
  O pelourinho da cidade onde açoitavam escravos, a Coluna Capitolina presente do governo italiano, tudo que foi memória tudo que faz história alí está.  Reza que não era lenda Cascudo descer a Junqueira Aires a caminho de casa levando documentos para compor capítulos e mais capítulos com tudo que escreveu; reza que não é lenda que ali se reuniam e se reúnem intelectuais para narrar a história em discursos, palestras, encontros, ou no silêncio do arquivo histórico na pesquisa a documentos da colônia, do império do tempo do não mais para assim contar, dizer e escrever a história da cidade e a história do Rio Grande do Norte. Ao Instituto, a memória do Rio Grande do Norte é tributária. Tudo conta, nada perece. Jornais antigos, fotografias, relíquias, documentos raros. A primeira pia batismal da cidade ali se vê calada na sala, os paramentos do primeiro bispo. A memória está ali guardada.
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(*) A casa: Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, depósito do tempo.


13/09/2013

O SENHOR BOM JESUS DOS PASSOS





GILENO GUANABARA                                          

A “Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos”, sociedade que congrega os católicos ainda atuante, foi fundada em 31 de dezembro de 1825, com a assinatura do “Compromisso” pelas “Dignidades”. Funcionou inicialmente no Consistório da Catedral da Praça André de Albuquerque. Em dezembro do ano de 1920, o irmão provedor “por sorte” e depois eleito Provedor, Theodorico Guilherme Coelho Caldas, foi autorizado a formular o projeto de um “Compromisso”, substitutivo ao de 1825, o qual foi aprovado em janeiro de 1921, vigindo até hoje.
A Irmandade, no ano de 1918, contava com 61 associados. No ano de 1925, passara para 362 irmãos, sendo 94 mulheres. A joia que, no ato de admissão, era de 10$000 (dez mil reis), passou para 60$000 (sessenta mil reis) e anuidade de 5$000 (cinco mil reis) para 10$000 (dez mil reis).
De acordo com o novo “Compromisso”, em votação secreta, deu-se a eleição anual das “Dignidades” com mandato de 1 de janeiro a dezembro de 1925, para os cargos de Provedor (Theodorico Guilherme C. Caldas); Secretário (Áureo Paiva); Orador (Dr. José Ferreira de Souza); Tesoureiro (Odorico Pelinca de Oliveira); Adjunto de Secretário (Paulo Pinheiro de Viveiros); e Vice-Orador (Alberto Roselli). Eleitos também foram os ”Juízes”, encabeçados pelo 1 Juiz, Monsenhor Alfredo Pegado de Castro Cortez. “Por sorte” foram escolhidos os “Escrivães” (Alberto Galvão Bezerra da Trindade, Pedro Freire, Pe. Paulo Herôncio de Mello e outros) e os “Irmãos de Mesa” (Manoel Fasanaro, Sandoval Wanderley, Aureliano Clementino de Medeiros, Luiz Correia Soares de Araújo, dentre  outros), segundo a Certidão firmada pelo Cônego Osvaldo da Silva Brasileiro.
Por proposta dos provedores Theodorico Guilherme e José Hemetério Raposo de Melo, em dezembro de 1923, foi aprovada em Assembleia Geral a “Previdente”, sociedade de seguro, para auxílio das famílias dos sócios da irmandade, tendo em vista, em caso de óbito, as despesas de funeral. O primeiro óbito pago pela “Previdente” foi o de D. Carmen dos Reis. Ao tempo da comemoração do 1 Centenário da Irmandade, no ano de 1925, a “Previdente” havia pago cerca de 7.050$000 (sete mil e cinquenta reis) de pecúlios, relativo a 11 óbitos.
A Irmandade custeou a construção do altar principal da Catedral, iniciada em 21 de julho de 1921. A direção dos trabalhos coube ao artista Francisco Firmino. A despesa com a edificação orçou em 3.026$250, conforme balancete publicado no jornal “A República”. A festa de benção da Capela, onde é venerada a imagem do Senhor Bom Jesus, teve missa cantada pelo monsenhor Alfredo Pegado, às 9,00 horas do dia 13 de novembro daquele ano, sermão do Reverendo Bispo Diocesano, D. Antônio dos Santos Cabral e, por fim, a distribuição de efígie do Santo Patrono.
Para a comemoração do 1 Centenário de fundação da Irmandade foi divulgada a programação festiva, levada a efeito do dia 1 ao dia 8 de novembro de 1925. Constava da programação, no primeiro dia, a doação à Igreja da “Benedictio Loci”, seguida da trasladação do Santíssimo Sacramento do Convento do Santo Antônio dos Militares para a Catedral. Missa pontifical do Revmo. Mon. Alfredo Pegado. À tardinha, discurso do Prefeito, José Ferreira de Souza, em frente da Catedral e entoação do hino ao Senhor dos Passos, com letra da poetisa Carolina Wanderley e música do prof. Eduardo Medeiros. À noite, encerramento do dia, cinema campal e kermesse na Praça André de Albuquerque. Nos dias seguintes, missa na capela dos Passos, no Cemitério do Alecrim, pelo Pe. José de Calazans Pinheiro. À tarde, romaria dos irmãos ao cemitério do Alecrim, com visita às catacumbas, e cerimônia do “Memento”. Nos dias seguintes de comemoração, benção das imagens de Nossa Senhora, seguindo-se os atos religiosos até o encerramento, com a Procissão do Santíssimo Sacramento, pelas ruas do centro da cidade.
Naquela comemoração centenária, a Irmandade levou a termo a restauração dos altares das capelas do Santíssimo e a do Senhor Bom Jesus dos Passos, bem como a iluminação interior da Catedral. Foram adquiridos na Alemanha, para efeito das solenidades litúrgicas candelabros, arandelas, anjos decorativos e alfaias. Da reforma constou ainda a aquisição das imagens de Santa Teresinha, do Menino Jesus, de São Francisco das Chagas, de Nosso Senhor no Horto, Ecce Homo e Mater Dolorosa. A restauração serviu ainda para a recuperação da antiga Gruta de Lourdes, à entrada da Catedral, a fim de abrigar a imagem da santa, com um metro e meio de altura.
 A irmandade está localizada na esquina da Praça Pe. João Maria, desde o ano de 1930, onde residiu o Cel. Joaquim Guilherme. A Irmandade mantém suas tradições litúrgicas, através da Congregação Mariana, e paga os benefícios pecuniários de seus associados até o dia de hoje.