23/08/2013



HOMENAGEM AO DIA DO FOLCLORE 

através da verve de um poeta potiguar
Foto: Gibson Machado
Texto: Ivam Pinheiro
 
Minha homenagem ao Dia do Folclore, e é claro as felicitações de reconhecimentos
 e agradecimentos aos personagens da história, batalhadores cotidianos que com seus trabalhos de suor, angústia e alegrias de fazer o que gostam, em muito dignificam o fazer cultura e artes no chão potiguar. Em nome de todos quero
dedicar esse poema aos amigos pesquisadores e incentivadores da boa cultura popular potiguar -Gimalves Gma e Gberg Costa.

DE POESIA E FOLCLORE.
Ivam Pinheiro.

Folclore...
É o sentir popular.
Amar e ter toda fé
na aura da alma do povo.

Chás medicinais e comidas.
Boi de reis e o coco zambê
Fadango, congos e lapinha.
Caboclinhos que caminham
indios e espontão a vencer
e a romanceira versa vidas.

As estórias nos cordéis.
Parlendas, voz cantada.
Pavão misterioso – céu
de boi bumbá calembá.
Pastorinha traz o tema:
verso popular e poesia.
Fita azul ou encarnada
dos folguedos e magia.

Capelinha de melão, o são joão.
Banderinhas e dança a araruna,
Malhação do judas e tear a fiar
crendices e loucas superstições
de lobisomens - lendas do lugar.
Mau olhado só boa reza apruma.

Folclore...
É sabedoria do lugar.
Cantar, dançar e rir até
alegrar o coração de novo. 


Natal, RN, Brasil, 22.08.2013.
23 h: 13 min. - 23 h: 55 min.

Brincante do Folclore - Foto: Gibson Machado.
Imagem disponível na página pessoal do autor
na rede social "Facebook" - em 23.08.2013

22/08/2013

Deterioração tem avançado, ano após ano, devido ao abandono

11.6.09


Faculdade de Direito


Faculdade de Direito (Carlos Gomes)
A sua concepção é atribuída a um ilustre potiguar, Prof. Luiz Correa Soares de Araújo, educador consagrado e líder do escotismo em nossa terra, que tendo uma visão do futuro deu a idéia da criação de um Curso de Direito no Estado.
O sonho começou a ser concretizado através da Lei Estadual nº 149, de 15 de agosto de 1949, quando então governador o Dr. José Augusto Varela, que subscreveu o diploma legislativo.
Uma vez criada a Faculdade, foi nomeada uma comissão com vistas a iniciar a viabilidade do seu funcionamento, composta pelos professores Antônio Soares Filho, Gil Soares de Araújo, Floriano Cavalcanti de Albuquerque e Adolfo Ramires, os quais prepararam os papéis necessários para conseguir uma estrutura administrativa.
A sua regulamentação foi aprovada pelo Decreto nº 2.138, de 23 de abril de 1951.
Várias autoridades se interessaram pelo processo, como João Medeiros Filho, Alvamar Furtado de Mendonça e Nestor dos Santos Lima, Miguel Seabra Fagundes e Floriano Cavalcanti de Albuquerque, todos sem recebimento de qualquer remuneração.
A autorização para funcionamento foi conferida pelo Ministério da Educação e Cultura através do Decreto federal nº 36.387, de 25 de outubro de 1954.
Foi instalada a Faculdade, solenemente, no Teatro Carlos Gomes em 21 de dezembro de 1954, passando a funcionar no Instituto de Educação do Atheneu Norte-riograndense, sob a direção do Professor Paulo Pinheiro de Viveiros e Otto de Britto Guerra. Daí para o prédio definitivo do antigo Grupo Escolar Augusto Severo, na Praça que tem o mesmo nome, nº 261, no bairro da Ribeira, somente em 21 de abril de 1956.
O primeiro Concurso de Habilitação (Vestibular) ocorreu em 1954, com 105 inscritos e somente 36 aprovados. O certame foi realizado tendo como examinadores Manoel Varela de Albuquerque, Edgar Ferreira Barbosa, Francisco Ivo Cavalcanti; Otto de Brito Guerra, Padre Emerson Negreiros e Monsenhor João da Mata Paiva, Maria Gurgel e Américo de Oliveira Costa, Aldo Fernandes Raposo de Melo; Ivone Barbalho e Vitorino Francisco Rutigliano, José Gomes da Costa.
Antes mesmo do início das aulas, foi criado o Diretório Acadêmico Amaro Cavalcanti, em data de 12 de março de 1955, sendo eleito o primeiro presidente o estudante Ernani Alves da Silveira.
A Primeira Aula de Sapiência aconteceu em 15 de março de 1955, proferida pelo Professor José Ferreira de Souza, catedrático da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro e da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Distrito Federal. O ano letivo começou regularmente em 16 de março de 1955, com a aula de Introdução à Ciência do Direito, proferida pelo Desembargador Floriano Cavalcanti de Albuquerque.
Após ser inspecionada por Comissão do MEC, a Faculdade foi reconhecida em 15 de maio de 1957.
Os primeiros professores da Faculdade de Direito de Natal foram: Floriano Cavalcanti de Albuquerque, Otto de Brito Guerra, Manoel Varela de Albuquerque, Aldo Fernandes Raposo de Melo, Edgar Ferreira Barbosa, João Vicente da Costa, Véscio Barreto de Paiva, Paulo Pinheiro de Viveiros, Milton Ribeiro Dantas, Emídio Cardoso Sobrinho, Alvamar Furtado de Mendonça, Antonio Soares Filho, Raimundo Nonato Fernandes, Carlos Augusto Caldas da Silva, Luís da Câmara Cascudo, José Áureo Lins Bahia, José Gomes da Costa, Anselmo Pegado Cortez, Claudionor Telógio de Andrade, Nestor dos Santos Lima, João Maria Furtado, Gil Soares de Araújo, Francisco Ivo Cavalcanti, Djalma Aranha Marinho, Francisco Bruno Pereira. Alguns desses logo atingiram a compulsória e outros pediram exoneração.
A primeira turma, 1959, com denominação de Turma Clóvis Bevilaqua, seu patrono e paraninfo Edgar Ferreira Barbosa, teve a seguinte a sua composição: Ivan Maciel de Andrade, Ana Maria Cascudo, Zélia Madruga, Genilde Urbano, Eider Furtado de Mendonça e Menezes, Luciano Nóbrega, Elmo Pignataro, Francisco Dantas Guedes, Othon Oliveira, Jaime Hipólito Dantas, Geraldo Isaias de Macedo, Reginaldo Teófilo da Silva, Ernani Alves da Silveira, Murilo Moreira Veras, Francisco de Assis Teixeira, Arnaldo Arsênio de Oliveira, Pedro Martins Mendes, Nice Menezes de Oliveira, Emilson Torres dos Santos Lima, Valdir da Silva Freire, Hebe Marinho Nogueira Fernandes, Jaime Galvão Revoredo, Pedro Cortez de Araújo Amorim, Arilda Tânia Cavalcanti Marinho, Antônio Emerenciano de A.Sobrinho, Nildo João Mathias Alff, Terezinha de Almeida Galvão, João Eudes Pessoa, Arthur Luiz de Araújo, Enélio Lima Petrovich, José Cabral Pereira, Cleóbulo Cortez Gomes, Geraldo Guedes Dantas, José Daniel Diniz, Antonio Francisco Correa, Irineu Martins de Lima, Francisco Berilo Pinheiro Wanderley e João Damasceno de Oliveira.


 Curso de Direito voltará a desenvolver projetos no prédio da Ribeira.



            Recebemos uma grande notícia sobre a saga da retomada do antigo prédio da Faculdade de Direito de Natal. A presidente Dilma Rousseff anunciou na manhã da terça-feira (20) a liberação de recursos do PAC Cidades históricas para restauração do antigo prédio da Faculdade de Direito.
            A luta pela reforma e restruturação do prédio surgiu nos idos dos anos 2000, quando o prédio foi entregue pela Secretária de Segurança Pública à UFRN. Professores como Juliano Siqueira, Carlos Gomes, Ricardo Wagner e Ivan Lira desempenharam papel importante na retomada do prédio.
            No inicio da gestão da professora Ângela Paiva, ela enfileirou uma luta na busca de recursos para reutilização do espaço, contando com a ajuda dos deputados Fátima Bezerra e Paulo Wagner.
            No espaço será desenvolvido o novo Núcleo de Extensão da UFRN contou com a participação de diversos setores da instituição: Centro de Educação, DEART, Curso de Direito, Departamento de Psicologia; cabendo a professora Conceição Fraga a condensação das ideias. O Núcleo será um ponto de referência à comunidade da cidade, dos projetos desenvolvidos pela UFRN, principalmente aqueles ligados a área dos direitos humanos. Objetiva aproximar a universidade das comunidades periféricas da cidade. Ressalto que esse é o mesmo ideário do prof. Otto Guerra, quando criava o Departamento de Prática Jurídica há 50 anos.
            Quanto ao curso de direito, as iniciativas terão espaço para desenvolverem suas atividades, como o Núcleo avançado da Prática Jurídica. Será um momento único também para nós, Curso de Direito, exercer essencialmente a extensão universitária. Encher a universidade de povo.


Juan de Assis Almeida
Acadêmico do Curso de Direito
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Ministério da Cultura
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
 PAC Cidades Históricas
Instituições de ensino
11 ações – R$ 44,69 mi
UF RN Natal – Restauração do Antigo Grupo Escolar Augusto Severo –
Núcleo de Extensão da UFRN