13/08/2013

Coisas do passado, nota do padre João Manuel

Por João Felipe da Trindade

Da Gazeta de Notícias, datada de 27 de maio de 1877, extraio essa nota do padre João Manuel, onde aparecem as figuras de Luiz Antonio Ferreira Souto e Hermógenes Joaquim Barbosa Tinoco.

A ilustre redação da “Reforma” diz, em sua crônica política de hoje, que eu, deputado honorário do Rio Grande do Norte, apadrinho a pretensão do Sr. Dr. Luiz Antonio Ferreira Souto, que aspira ao cargo de procurador fiscal da Tesouraria da Fazenda daquela província.

A “Reforma” foi mal informada. Não tenho parte alguma no arranjo da nomeação do Sr.Dr. Souto.

Faltaria aos meus deveres de homem público, trairia minha consciência, iludiria indignamente ao governo de que sou amigo e cujos créditos zelo como se fossem meus, se indicasse certos nomes para cargos que só devem ser ocupados por quem possa oferecer garantias de honra e de moralidade.

Sou de opinião que os ministros são os menos culpados nas infelizes nomeações que fazem. Não podendo eles conhecer todo o pessoal deste vasto país, muitas vezes, confiando em informações que lhes são passadas por quem de perto conhece as mazelas e as pústulas, cometem erros gravíssimos e acarretam, inocentemente, com responsabilidade que lhes não pertence.

Se eu tivesse valor e merecimento para com o ilustre Sr. Barão de Cotegipe, lhe diria sob palavra de cavalheiro, a fé de cristão, sobre o túmulo da minha mãe, que essa nomeação seria infelicíssima, e que por si só podia causar o descrédito de um governo a quem em tal caso se pudesse atribuir a ciência e consciência do que fizesse.

Para não se dizer que falo apaixonado, acrescentarei: o Sr. Dr. Hermógenes Joaquim Barbosa Tinoco, além de ser adversário político, é meu inimigo pessoal. Pois bem: esse senhor ocupa há um ano, interinamente, o cargo de Procurador Fiscal.

Não ponho dúvida em declarar solenemente que o Dr. Hermógenes está no caso de ser aproveitado para esse emprego, além de inteligente, é honrado, probo e limpo.

Entre um conservador impuro e um liberal honesto, não hesito na escolha.


Já vê a “Reforma” que foi injusta quando me atribuiu participar em um ato, que espero não se dê, confiando na honra do digno Sr. Ministro da Fazenda, e que condenaria com todas as veras de minha alma, se tivesse o desgosto de vê-lo realizado. Padre João Manuel. Rio, 26 de maio de 1877.



UBE/RN : 54 ANOS EM DEFESA DA CULTURA

Texto: Eduardo Gosson*

Nesta quarta-feira, dia 14 de agosto de 2013  faz 54 anos de fundação da UBE/RN. Cronologicamente, somos a 4ª entidade mais antiga (1ª – IHGRN;2ª -ANL  3ª – ICOP E 4ª - UBE  Vejamos um pouco desta história:
1ª fase. A  idéia partiu do jornalista, escritor e magistrado Edgar Barbosa durante a Semana de Estudos Euclidianos, promovida em Natal/RN, com o apoio de diversas instituições. Na histórica reunião de 14 de agosto  de 1959, às 20h50, no IHGRN com a presença do escritor Umberto Peregrino,  Aldo Fernandes, Edgar Barbosa,  Alvamar Furtado, Grimaldi Ribeiro, Dióscoro Vale, Raimundo Nonato e Manoel  Rodrigues. A diretoria aclamada para a organização da UBE – Secção do  Rio Grande do Norte – ficou assim constituída: Raimundo Nonato – Presidente; Manoel Rodrigues de Melo, Vice-Presidente e Afonso Laurentino – Secretário . Essa Diretoria Provisória preparou o Estatuto e organizou o processo eleitoral em  14.11.1959, três meses depois, sendo eleitos os seguintes escritores para o biênio 1960/1961:
(1ª Diretoria)
Raimundo  Nonato da Silva, Presidente;  Paulo Viveiros, 1º Vice-Presidente; Manoel Rodrigues de Melo, 2º Vice-Presidente; José Saturnino de Brito, 3º Vice-Presidente; Afonso Laurentino Ramos, Secretário  Geral; Berilo Wanderle, 1º Secretário; Leonardo Bezerra, 2º Secretário; Antídio de  Azevedo, 1º Tesoureiro; Jaime dos G. Wanderley, 2º Tesoureiro.
Conselho Fiscal: Câmara Cascudo,Edgar Barbosa , Alvamar Furtado, Esmeraldo Siqueira e Américo de Oliveira Costa.
Vogais: Antônio Soares Filho, Vingt-un-Rosado,  Jurandir Barroso , Zila Mamede e Veríssimo de Melo.
Através de um Comunicado endereçado ao Presidente da UBE nacional , escritor Peregrino  Júnior, datado de 19.11.1959, o presidente da UBE/RN, escritor Raimundo Nonato da Silva  comunica da eleição da 1ª diretoria da entidade, bem como solicita a filiação da UBE/RN à UBE, com sede no Rio de Janeiro.
Em  21.01.1960 foi fundada uma sub-seção da UBE/RN: Jaime Hipólito Dantas, João Batista Rodrigues, Vingt-um Rosado e Manoel  Leonardo Nougueira.
Outra curiosidade: o Estatuto tinha 3 tipos de sócios:1. Sócios Efetivos (fundadores e efetivos). 2. Sócios Honorários e 3.  Sócios Beneméritos.
2º fase. Inicia-se com a vinda de Fagundes de Menezes em 16.11.1984,   no Salão dos Grandes Atos da Fundação José Augusto, na presença de  18 intelectuais. Curioso notar que a escritora Zila Mamede  participou das duas fases, sendo inclusive  Vogal da 1ª Diretoria da UBE (1960/1961) e sócia fundadora na segunda fase. Outra curiosidade: Dom Nivaldo Monte também participou das duas fases.
3ª fase. Inicia-se em 23 de março de 2006 com uma reunião de reorganização, na sede da Academia Norte -Rio-Grandense de Letras, contando com a presença de 8 escritores:   Anna Maria Cascudo Barreto,Carlos Roberto de Miranda Gomes. Eduardo Antonio Gosson, Lívio Oliveira, Pedro Vicente da  Costa Sobrinho, Nelson Patriota,  Manoel  Onofre de Souza Júnior e Racine Santos.
Lívio Oliveira (2006-2007) ficou à frente da entidade por um ano e oito meses quando, por motivo particular, renunciou ao cargo. Por aclamação Eduardo Gosson assumiu a Presidência da Diretoria Provisória consolidando a entidade em definitivo (2008-2009). Após o registro da entidade, foi eleito para presidir a UBE no biênio (2010-2011) e reeleito para o biênio 2012-2013.

(*)Poeta, preside a UBE/RN.

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C O N V I T E

A UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RIO GRANDE DO NORTE fará sessão solene comemorativa do aniversário de sua fundação. Na ocasião será feito o lançamento do livro do confrade JOSÉ EDUARDO VILAR CUNHA em homenagem ao seu pai, o ilustre médico e professor JOAQUIM LUZ.

A PRAÇA 7 DE SETEMBRO.


Gileno Guanabara

Ao início da ladeira, a “Rua Grande” (atual Avenida Câmara Cascudo) teve projeto de urbanização à francesa, com calçadas, escadarias, balaustradas, candelabros fixos de dupla iluminação, pavimentação, relógio público e ficus benjamim. Destacavam-se, pelo lado esquerdo, o fundo do prédio do Atheneu, a Igreja Presbiteriana Batista e a lateral da Prefeitura de Natal. De outro lado, casas residenciais e o conjunto que sediou o Lactário da Saúde Pública, terminando com o prédio que foi o Congresso, depois Tribunal de Justiça do Estado, atual sede da OAB. Era a ligação entre a “Cidade Baixa” e a “Cidade Alta”.
No cume da ladeira, frente ao Palácio do Governo (atual Pinacoteca do Estado), foi edificada a Praça 7 de Setembro, tendo, de um lado, na Rua da Conceição o casario que residiu Nestor dos Santos Lima (atual Assembleia Legislativa). De outro, a residência pertencente a Augusto Leopoldo (atual Tribunal de Justiça). No espaço de 200 metros quadrados, com arborização de fícus benjamim, a Praça descortinava de frente o imponente prédio da Prefeitura de Natal.
O projeto original foi obra do governo de Alberto Maranhão. A Praça recebeu o monumento comemorativo à data de 7 de setembro de 1922, o que de fato ocorreu durante o governo de Dr. Antônio de Souza.
A Praça 7 de Setembro notabilizou-se por ser ponto de encontro e onde se realizavam atos políticos. Em seus bancos, reuniam-se ao final das tardes personagens que viviam a vida pacata e teciam os fuxicos diários da cidade. Trocavam olhares furtivos às mulheres que passavam com seus vestidos rodados. Apreciavam o sol poente, vendo ao fundo a Pedra do Rosário, inspiradora de seus devaneios.
Certa ocasião, um grupo ouviu de “Zé Areia”, um português esperto e desinibido, assíduo frequentador da Praça, a acontecência do “Turco” que fora ao banco e pretendia “trocar um papagaio”. Na confusão do dialeto do “galego”, o débito teria sido objeto da compra e venda de uma barrica de toicinho, na feira do Alecrim. A negociação não se consumara, haja vista o desencontro que ocorreu entre as partes negociantes. O comprador ao chegar à casa do vendedor, para receber a mercadoria, deparou-se com a casa vazia e um papagaio falastrão, que ouvira antes a conversa sobre a condição da mercadoria. O papagaio tagarelou ao “turco” o estado de putrefação do toicinho: ”não compre. O toicinho está podre. Não serve pra nada”.
O devedor desfez o negócio, enquanto o vendedor, ao fim dos interrogatórios, chegou à conclusão que o delator tinha sido o papagaio falador. Por conta da indiscrição, o comerciante lhe aplicou golpes de reio cru, deixando a pobre ave inteiramente despenada. Recolhido ao canto da gaiola, o papagaio indagou ao ver no terreiro uma galinha de pescoço pelado: “Ei, galinha, você também falou ao gringo que o toucinho estava podre ?...”
Aldo Canuto, tempo depois funcionário da Panair do Brasil, também frequentava a Praça 7 de Setembro. Certo dia, “Zé Areia” o convidou para tomarem um cafesinho no “Tabuleiro da Baiana”, na Praça Augusto Severo. No balcão branco de azulejos, tendo por traz as garçonetes vestidas de saia azul, blusa branca e bibico azul preso sobre os cabelos, foram servidos os cafés. “Zé Areia” insistiu que o café fosse quente. Antecipou-se e simulou levar a xícara à boca, reclamando que o café estava frio. Aldo, como se a gozar a desdita do amigo, tomou a xícara, sem antes gabar-se de não se incomodar com o café frio. Bebeu de um só trago. O café escaldante desceu-lhe a garganta, os olhos marejaram, enquanto “Zé Areia” gozava com a sua traquinagem.
Outro frequentador da Praça 7 de Setembro foi “Seu Estevinho”. Ao fim de sua jornada no “A República”, subia a pé a ladeira da Ribeira e fazia ponto com os amigos na Praça, até que os raios do sol fossem consumidos no horizonte. Bem informado e galanteador, não lhe faltavam notícias da política e da imprensa.
“Seu Estevinho” costumava tomar o bonde que passava ao lado da Praça 7 de Setembro, vindo da Ribeira e que contornava a Praça André de Albuquerque. Saltava na Avenida Rio Branco, mais próximo de sua residência. Enquanto viajava, curulchiava as operárias que vinham das fábricas da Ribeira. E desde que a conversa fluísse proveitosa, “Seu Estevinho” exercitava seus dotes românticos e a conquista se tornava o objeto da viagem.
Dado o entusiasmo da prosa, não raro, “Seu Estevinho” esquecia o ponto de saltar. Quando dava por si, o bonde já se encontrava na Praça Ferreira Chaves, no Alecrim, trocando de bancada e de motorneiro. Havia chegado ao fim da linha.




11/08/2013

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11 de agosto – DIA DO ADVOGADO

Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado (Membro honorário Vitalício da OAB/RN)



O Brasil vivia, ainda, sob o refluxo dos ideais da Revolução de 1930, que procurava dar a todos o seu verdadeiro papel. Com os advogados não foi diferente, sendo reunido o ideal organizativo da categoria através da edição do Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930, criando a Corporação dos Advogados brasileiros, da forma seguinte:

“Art. 17. Fica criada a Ordem dos Advogados Brasileiros, órgão de disciplina e seleção da classe dos advogados, que se regerá pelos estatutos que forem votados pelo Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros, com a colaboração dos Institutos dos Estados, e aprovados pelo Governo.”

O primeiro Presidente foi  Levi Carneiro, que a dirigiu por muitos anos, tido como seu consolidador.


           
 Uma vez criada a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, foi mantido o espírito dos bacharéis do Império, agregados no Instituto dos Advogados do Brasil, primeiro embrião do Órgão fiscalizador da Classe, que abrigou em seus quadros imortais do Direito, como . Teixeira de Freitas, José de Alencar, Castro Alves, Tobias Barreto, Ruy Barbosa, o Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Fagundes Varella, dentre tantos. 


            A escolha da data de 11 de agosto, como
 DIA DO ADVOGADO, resultou de uma homenagem ao dia em que, no Brasil, foram criados os primeiros cursos jurídicos, em Olinda, Recife e São Paulo, no ano de 1827.


   Dessa semente, os Estados foram criando as suas Seccionais, dentre elas a do Rio Grande do Norte, o que ocorreu com uma reunião realizada no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, por iniciativa do Presidente do Instituto dos advogados, na tarde de 05 de março de 1932 e consolidada no dia 22 de outubro do mesmo ano, considerado como marco da OAB/RN, tendo como primeiros dirigentes os advogados  Francisco Ivo Cavalcanti, o Primeiro Presidente, Paulo Pinheiro de Viveiros, Manoel Varela de Albuquerque, Bruno Pereira e Manuel Xavier da Cunha Montenegro.


            Guardando os mesmos objetivos, temos vigente atualmente o Estatuto da Advocacia e da OAB, aprovado pela Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, que proclama:

“Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.”


Os advogados potiguares, ao longo desses 81 anos de existência da sua Instituição, vêm defendendo a bandeira da Democracia e dos Direitos Humanos, presentes em todos os momentos drásticos da história da República e mantendo-se como guardiões da prestação jurisdicional, embora, algumas vezes, incompreendidos pelos demais agentes do Direito e da Justiça, que insistem em por obstáculos às suas prerrogativas, fazendo exigências que não atingem as outras categorias, esquecendo o postulado consagrado no art. 133 da Carta Magna.


PARABÉNS AOS NOBRES COLEGAS aos quais conclamo o ideal maior da nossa missão, compreendida na lapidar frase do Insigne Rui Barbosa:


“Legalidade e liberdade são as taboas da vocação dos advogados.”

09/08/2013

O batismo


O batismo de Luis da Câmara Cascudo

Por João Felipe da Trindade

Nosso maior escritor merece um destaque neste blog de Genealogia. Por isso, trazemos para cá uma imagem do batismo dele.

Está escrito na imagem: aos vinte e sete de maio de mil oitocentos e noventa nove, na Capela de Bom Jesus das Dores baptizei solenemente Luis, nascido aos trinta de dezembro do ano passado (1899). Filho legítimo de Francisco Justino d'Oliveira Cascudo e D. Anna Maria da Câmara. Padrinhos Dr. Joaquim Ferreira Chaves e D. Alexandrina Barreto Ferreira Chaves. Do que faço e assigno este termo. O Parocho João Maria Cavalcanti de Brito.

D. Alexandrina foi quem deu nome ao Município de Alexandria. Descende dos Velho Barreto, lá de Martins.
Na lateral do documento está escrito que ele casou-se com Dália Freire.

08/08/2013

Dr. Francisco Ivo e os Andrades


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
 
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
A mais recente “Revista do IHGRN” traz um artigo de Dr. Carlos Gomes, cujo título é “80 Anos da Corporação dos Advogados do RN. Um dos personagens desse artigo é o Dr. Francisco Ivo Cavalcanti, que conheci, pois seu último casamento foi com Marta Trindade, uma prima legítima de meu pai.

 Duas anotações me chamaram a atenção nesse artigo: uma dúvida sobre a data de nascimento de Francisco e o nome do seu pai, Ivo Cavalcanti de Andrade. Este nome tinha aparecido ao lado de Francisco Cavalcanti de Andrade em um jornal antigo, quando pesquisava sobre Adélia, esposa de Leônidas Hermes da Fonseca. Assim, surgiam dois desafios para mim: localizar o batismo de Francisco e descobrir que relação tinha Ivo Cavalcanti com Francisco Cavalcanti.

Francisco foi batizado, pelo Pe. João Maria, aos vinte de quatro de outubro mil oitocentos e oitenta e seis, na matriz de Nossa Senhora da Apresentação, tendo nascido a vinte e seis de agosto do mesmo ano, sendo filho de Ivo Cavalcanti d’Andrade e Vitalina Evangelina Cavalcanti d’Andrade. Não consegui decifrar os nomes dos padrinhos, pois a tinta estava borrada.

Nesse documento de batismo há uma anotação por cima do assento, onde diz que ele, Francisco, casou pela 4ª vez com Marta Trindade, em 20 de dezembro de 1947. Fui buscar o casamento do seu pai, Ivo Cavalcanti, bem como o casamento com Marta.

Do registro de casamento, encontrado, extraí as seguintes informações: aos vinte e dois de outubro de mil oitocentos e oitenta e dois, na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Ivo Cavalcanti d’Andrade casou com Vitalina Evangelina Silva, naturais desta Freguesia, ele filho de João Baptista d’Andrade e de Rosaura Cavalcanti d’Andrade, ela filha de Vicente Ferreira da Silva e Francisca Maria da Conceição. Foram testemunhas Genésio Xavier Pereira de Brito e Thomaz Antonio Nunes Monteiro.

O registro acima confirma que Ivo Cavalcanti de Andrade era irmão de Francisco Cavalcanti de Andrade, e, portanto, Dr. Francisco Ivo Cavalcanti era primo legítimo de Adélia Cavalcanti de Albuquerque, esposa de Leônidas Hermes da Fonseca.

Encontrei outros documentos relativos aos filhos de João Baptista d’Andrade e Rosaura Flora Cavalcanti (como aparece em outros registros).
Aos trinta e um de janeiro de mil oitocentos e oitenta e quatro, na Capela dos Militares, sendo testemunhas Urbano Joaquim Loyola Barata e Paulo Vieira de Melo, casaram Francisco de Paula Moreira e Josephina (ilegível) Cavalcanti, ele filho natural de Cardina Maria de Jesus, ela natural da freguesia de Arez,  filha de João Baptista d”Andrade e Rosaura Flora Cavalcanti.

Aos trinta de maio de mil oitocentos e oitenta e cinco na Matriz, sendo testemunhas José Calistrato de Vasconcelos Carrilho e Francisco Herôncio de Melo, casaram João Nepomuceno de Melo e Emília Etelvina Cavalcanti, ele viúvo de Maria Othília Seabra de Melo, ela filha de João Baptista d’Andrade e Rosaura Flora Cavalcanti d’Andrade.

Aos seis de março de mil oitocentos e trinta e cinco, na Igreja Matriz, sendo testemunhas Francisco de Paula Moreira e Vestremundo Arthunio Coelho, casaram Olympio Cavalcanti d’Andrade e Joana Virgilia d’Oliveira, ele filho de João Baptista d”Andrade e Rosaura Flora d’Andrade, ela filha de José de Oliveira e Caroline Maria d’Oliveira.
Um nome que aparece nesses livros é o de João Baptista d’Andrade Filho, que deve ser outro irmão de Ivo Cavalcanti.

Quanto ao casamento de Francisco Ivo e Marta Trindade, encontrei o registro, boa parte já se apagando. Mas de lá extraí que Francisco Ivo Cavalcanti, viúvo de Venice Dantas, casou, em 20 de dezembro de 1947, na Igreja Catedral, com Marta Trindade, filha de André Avelino da Trindade (meu tio-avô) e Maria Isabel da Trindade. Consta ainda, nesse documento, que Marta nasceu aos 22 de abril de 1925, em Angicos, e foi batizada aos 9 de junho do dito ano. Francisco Ivo tinha 61 anos e Marta 22 anos, quando se casaram. Hoje, Marta e seu filho, Leonardo Cavalcanti, moram em Recife.

Venice Dantas, a 3ª esposa de Francisco Ivo Cavalcanti, faleceu em 28 de fevereiro de 1947. Era filha do desembargador Virgílio Octávio Pacheco Dantas e Maria Terceira de Melo Alecrim.

Não houve tempo para pesquisar as outras esposas do Dr.  Francisco Ivo.
Marta Trindade e irmãos

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OBS.:segundo Dodora Rocha, neta de Francisco Ivo, faleceu, agora, dia 5 de julho, Leonardo, filho de Francisco Ivo e Marta.