07/08/2015
06/08/2015
IHGRN
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO
GRANDE DO NORTE – IHGRN
NORMAS EDITALÍCIAS
Art. 1º. A eleição para os cargos da Diretoria e Conselho Fiscal do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE - IHGRN – TRIÊNIO 2016-2019, se realizará no dia 10 de novembro próximo vindouro, em sua sede da Rua da Conceição, 622 – Centro – Cidade Alta, CEP 59.025-270 – Natal – Rio Grande do Norte, no horário corrido das 8 às 17 horas, para o preenchimento dos seguintes cargos: DIRETORIA: Presidente; Vice-Presidente; Secretário-Geral; Secretário-Adjunto; Diretor Financeiro; Diretor Financeiro-Adjunto; Orador; Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu. CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros Titulares e um (01) Membro Suplente.
Art. 2º. Será garantida a lisura do pleito eleitoral, assegurando-se condições
de igualdade às chapas concorrentes, inclusive no que concerne à propaganda
eleitoral, podendo, para isso, serem nomeados fiscais que atuarão nas fases da
propaganda, escrutínio e apuração dos votos.
Parágrafo Único. O voto será secreto, exercido através de cédula específica e depositado na urna previamente designada para tal fim, podendo os Acadêmicos não residentes na sede da Instituição, cumprir o seu dever estatuário mediante carta postada através dos Correios ou entregue à Comissão Eleitoral, até 30 (trinta) minutos antes do encerramento da votação, em envelope lacrado e colocado em urna especial, em separado, o qual será apurado após a verificação do preenchimento das condições de eleitor, adotando-se o seguinte critério:
I - O voto será colocado em um envelope especial, isento de timbre e
dizeres e devidamente lacrado;
II - em seguida será colocado em outro envelope endereçado à
Comissão Eleitoral, acompanhado de uma folha de identificação do eleitor, com
seus dados essenciais, a saber: nome legível, local, data e assinatura.
III - Recebida pela Comissão Eleitoral, esta decidirá sobre sua
computação, tomando as cautelas necessárias para não quebrar o sigilo do voto
conforme as regras aprovadas para o respectivo pleito, aplicada,
subsidiariamente, a legislação eleitoral pátria, registrando todo o
procedimento na ata dos trabalhos.
Art. 3º. O prazo para o registro das chapas se dará entre os dias 21 de
agosto a 30 de setembro de 2015, devendo ser entregues no endereço referido
no Art. 1º até às 12 horas.
Art. 4º. O requerimento de registro de chapa, com o nome completo dos
candidatos, endereçado ao Presidente da Comissão Eleitoral, deverá estar
assinado por qualquer dos candidatos que a integram, com lista contendo a
anuência dos demais candidatos e acompanhado da prova de quitação dos
componentes da chapa com a Tesouraria até 2014.
Parágrafo único. Verificando irregularidades na documentação
apresentada, a Comissão Eleitoral notificará o interessado para que promova a
regularização, no prazo de 2 (dois) dias, sob pena de indeferimento do pedido.
Art. 5º. Findo o prazo para inscrições, com as eventuais diligências, a relação
das chapas, com os respectivos nomes e cargos de candidatura, será publicada na
imprensa oficial, para fins de conhecimento e eventual impugnação dos
interessados.
Art. 6º. A impugnação às inscrições se dará no prazo de 2 (dois) dias da
publicação das chapas, findo o qual se decidirá, em 2 (dois) dias, pelo
deferimento ou indeferimento das inscrições.
Art. 7º. A partir da inscrição e independente de impugnação, as chapas
candidatas podem divulgar seus programas, podendo a propaganda ocorrer até o
dia 05 de novembro de 2015.
Art. 8º. A eventual propaganda negativa ou que contrarie as normas eleitorais brasileiras, poderá ser impugnada no prazo de 2 (dois) dias do fato, sob pena de não conhecimento da impugnação.
Art. 9º. A Comissão Eleitoral, no prazo de 2(dois) dias, decidirá a impugnação,
devendo a decisão ser publicada na sede do IHGRN.
Art. 10. Em caso de empate na votação, o desempate se fará em favor da
pessoa cabeça de chapa com inscrição mais antiga na Instituição. Permanecendo o
empate, o novo desempate se dará pela idade da pessoa cabeça de chapa.
Art. 11. Os eleitos serão diplomados e empossados no dia 29 de março de
2016, na sede da Instituição, em sessão especial realizada às 19 horas.
Parágrafo único. O local e o horário
da solenidade poderão ser alterados por motivo superior, devidamente divulgado.
Art. 12. Em caso de anulação ou impossibilidade de ocorrência das eleições, por
motivo de força maior, a segunda eleição será realizada em 23 (dezenove) de
novembro de 2015, no mesmo horário e local, guardando-se a proporcionalidade
dos dias do calendário dos artigos anteriores.
Art. 13. Não poderão concorrer às eleições para a escolha da Diretoria
Permanente do IHGRN os integrantes da Comissão Eleitoral.
Art. 14. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Eleitoral.
Art. 15. A Comissão Eleitoral será dissolvida com a posse dos eleitos.
Art. 16. As normas deste edital entram em vigor na data de sua publicação na
sede da Instituição e, facultativamente, em aviso na imprensa oficial,
obedecidas, subsidiariamente, a Legislação Eleitoral brasileira, em vigor.
Natal/RN, 06 de agosto de 2015
A Comissão Eleitoral
JURANDYR
NAVARRO DA COSTA, Presidente
CARLOS
ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Membro
JANSEN
LEIROS FERREIRA, Membro.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO
GRANDE DO NORTE - IHGRN
EDITAL Nº 01/2015 - CE
CONVOCAÇÃO DE
ELEIÇÕES
A COMISSÃO ELEITORAL designada pela Portaria n° 03/2015-IHGRN-P,
de 23 de julho de 2015, do Presidente da Instituição, CONVOCA todos
os sócios efetivos do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE -
IHGRN, para participarem do pleito eleitoral para a escolha dos membros da
Diretoria e Conselho Fiscal da referida Instituição – TRIÊNIO 2016-2019, a ter
lugar no dia 10 de novembro próximo
vindouro, em sua sede da Rua da Conceição, 622 – Centro – Cidade Alta, CEP
59.025-270 – Natal – Rio Grande do Norte, no horário corrido das 8 às 17 horas,
para o preenchimento dos seguintes cargos:DIRETORIA: Presidente;
Vice-Presidente; Secretário-Geral; Secretário-Adjunto; Diretor Financeiro;
Diretor Financeiro-Adjunto; Orador; Diretor da Biblioteca, Arquivo e
Museu. CONSELHO FISCAL: Três (03) Membros Titulares e um (01)
Membro Suplente.
O edital com as normas editalícias completas está afixado na sede
da Instituição, no início indicada.
Natal/RN, 06 de agosto de 2015
A Comissão Eleitoral
JURANDYR
NAVARRO DA COSTA, Presidente
CARLOS
ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Membro
JANSEN
LEIROS FERREIRA, Membro.
04/08/2015
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03/08/2015
Sêo Inácio ou O cinema do imaginário
IGNÁCIO MAGALHÃES DE SENA,
NOSSO "BISPO DE TAIPU"
SERÁ APRESENTADO AO BRASIL
NO FESTIVAL DE GRAMADO - 2015
ATRAVÉS DE CURTA-METRAGEM
02/08/2015
SAYURE TAYMO – A GUEIXa
Jansen Leiros*
Plathus e Flávia estavam retornando de
uma atividade na região astral da 4ª dimensão, quando foram abordados por
Nubiacira – a fadinha daquele sítio astralino, a qual trazia, num trenó,
improvisado, uma entidade desencarnada, possivelmente dementada, tais os sofrimentos de que fora vítima, quando de sua
última encarnação
Segundo o relatório de Nubiacira, o
espírito fora encontrado há muito tempo, ao lado de seu corpo em decomposição e
a cabeça esfacelada, dentro de um
barco de pesca japonês, encalhado e
destroçado, numa pequena ilha do Pacífico. A entidade fora resgatada por uma
turma de socorro espiritual, atuante no litoral andino
Acontecera que todos os recursos
aplicados na tentativa de reanimar aquele espírito foram esgotados sem que
lograssem nenhum êxito e o posto que o abrigara já não dispunha de meios para
recuperá-lo.
Naquela noite, a fadinha passara ali de
retorno de suas atividades socorristas, quando deparou-se com aquela questão,
para a qual os encarregados do posto não
tinham solução.
Foi então que Nubiacira ofereceu seus
préstimos e ponderou que se o espírito desencarnara em desespero, talvez vítima
de um naufrágio, ou mesmo vítima da pirataria ligada à atividade da pesca clandestina, poderia estar num
difícil estado de perturbação que somente um tratamento psicológico, através de
hipnose , poderia chegar a bom termo. Assim, resolvera ajuda-lo, no que foi
aceito, levando-o à presença de um especialista na área, que aplicaria aquele
sistema de terapia
Plathus e Flávia acercaram-se do trenó improvisado
pela fadinha e, após uma avaliação acurada, decidiram leva-lo a um posto de
socorro espiritual, existente nas proximidades de Matarani, dirigido por
espíritos amigos, com os quais o casal
se relacionava muito bem e mantinha uma amizade de longo tempo.
O posto tinha aparência de pequeno hospital e, anexo às suas
dependências, havia um singelo apartamento onde se alojavam os espíritos
trabalhadores da área médica, quando em atividade na área.
Plathus confabulou com o encarregado e
fez-lhe um relatório do ocorrido. A seguir, sugeriu que o paciente ali
permanecesse por algum tempo, enquanto seria submetido a um tratamento através
de cargas magnéticas, na tentativa de resgatá-lo à consciência.
Tudo, acertado! O paciente fora abrigado
em alojamento coletivo, tendo a fadinha se desdobrado para que tudo pudesse sair
a contento.
As primeiras providências profiláticas
foram tomadas e o espírito e o espírito colocado em leito confortável. Viam-se
duas ataduras brancas. Uma envolvendo a
parte cerebral onde recebera pancadas muito fortes e outra que lhe envolvia o
tórax. Ele gemia muito e permanecia
desacordado.
Fios estranhos, de coloração que
aparentava o cobre, ligavam-no
mentalmente ao barco onde fora encontrado. Através desses fios, pareciam
chegar as impressões de dor e de tormento, que o faziam estremecer no leito,
como que mergulhado nas ondas de alucinante pesadelo. Isso era possível ver em sua tela mental,
agitada e nebulosa.
Plathus ministrou-lhe energia à altura
da cabeça e comandou-lhe um sono reparador, até a noite seguinte, quando
retornaria para dar início ao tratamento
de que necessitava o paciente.
Antes de mergulhar no corpo, Plathus
tentou contato telepático com Mei Ping para solicitar orientação específica e,
se possível, obter dados da ficha acásica daquele ser.
Na noite seguinte, Plathus, Flávia e
Nubiacira retornaram ao posto de socorro para o início do tratamento de que
estava a precisar aquele espírito.
O grupo acercou-se do leito e Plathus
começou a ministrar-lhe passes de limpeza áurica. Após algum tempo, quando as nuvens cinzentas
aderidas ao corpo perispiritual do
doente esmaeceram até o desaparecimento completo, o mestre começou a falar,
lenta e suavemente, para induzi-lo à
necessária hipnose.
Amigo! Você foi encontrado num pequeno
barco de pesca e acolhido por algumas almas boas que o levaram a modesto posto
de socorro. Pode me escutar?
HUM..., HUM..., HUM..., dói-me a cabeça. O corpo todo. O que
aconteceu? Que horas são? Onde
estou? OH meu Deus! Preciso voltar à
embarcação para levar o produto da pesca! Se me atrasar, serei punido! Minha cabeça dói muito. Não sei como fui cair
desse jeito!...Hum...Hum...
- Como se chama, amigo?
- Kioto
Massuda – respondeu o espírito.
- Qual sua atividade, realmente?
- Quem é o senhor? É algum patrulheiro?
- Não, amigo. Sou uma pessoa que deseja
ajuda-lo. Você sofreu num acidente e é necessário que lhe ajude a sarar.
Entendeu?
- Como vou saber se você não é um
patrulheiro e quer me prender?
- É muito simples, se eu quisesse lhe prender já o teria feito!
Não o fiz e quero lhe ajudar!
- Trabalho para uma companhia de pesca
de Tóquio, mas, na verdade ela é clandestina e está em luta com outras empresas,
também fantasmas. Receio que eu esteja
sendo perseguido e que tenha sido atacado por uma delas. Preciso voltar
urgentemente para meu barco, sob pena de perder tudo. Tenho muito medo! Há outro problema. Tenho uma cota de produção a cumprir. Se não alcança-la, serei punido pela empresa
e isso resultará em que perderei tudo o que fiz durante a viagem.
Os passes magnéticos ministrados por
Plathus tinham efeito anestesiantes quanto à sensação de dor e, de certa forma,
tranquilizantes, a ponto de permitir-lhe falar sobre sua atividade, como se
nada, ainda, houvesse acontecido, segundo supunha.
Esse era o caminho. Plathus
aprofundar-se-ia mais um pouco.
- Amigo, responda-me por favor. Você tem família? Onde mora?
- Sim, tenho! Fui casado com uma prima,
durante quatorze anos. Do casamento, nasceram-me dois filhos que já estavam
crescidos, quando meu casamento desmoronou em circunstâncias muito tristes.
Nesta
altura, Plathus tornou a aplicar energia
com mais intensidade , a fim de manter o espírito fora do corpo da emotividade,
para que tivesse a condição de narrar sua história per3mitindwo-lhe direcionar o tratamento, Kioto prosseguiu:
- Eu trabalhava para a marinha mercante
do Japão e fazia muitas viagens internacionais
que me rendiam um bom soldo. Essas viagens me impunham afastamento prolongado do lar, forçando-me a uma
consequente falta de assistência
familiar, involuntária. Naquela
época o fluxo de turistas americanos em meu pais aumentou consideravelmente e
você sabe como é aquela gente. Ninguém respeita ninguém. Juntaram-se a carência
de minha mulher, e a corte insistente de um desses estrangeiros e ela se foi,
deixando o lar e descuidando da orientação dos meninos. Fiquei alucinado. Eu
amava demais à família e não me conformava. Tentei de tudo para recompor o lar.
Deixei a marinha mercante para estar mais presente, mesmo que isso
representasse uma diminuição considerável nos meus vencimentos. Além disso, não tive sucesso com novos
empregos. As tentativas de reconciliação
não lograram êxito. Minha mulher já se havia ocidentalizado demais e não
aceitava retornar aos costumes japoneses.
Cada contato que tínhamos, resultava em tortura mental que me levavam a
intensos sofrimentos. O temperamento de Tsuiako era muito forte. Bombardeava-me
a auto estima com suas colocações jocosas.
Ofendia-me com comparações
odientas quanto a meus dotes e meu desempenho
sexual, a ponto de levar-me à tentativa
de suicídio. As crianças, nesse caos,
derivavam para as drogas e tudo ficou incontrolável. Perderam a condição de
estudar e o mais velho suicidou-se aos dezesseis anos. Quase enlouqueci e, pela segunda vez, tentei
morrer, mas não tive coragem de consumar o ato.
Meu filho menor foi adotado por um parente e emigrou para o Brasil, indo
morar em São Paulo, na cidade de Osasco. Alucinado, sem emprego e passando
dificuldades, voltei ao mar, desta feita para uma atividade clandestina. Virei
bandido da pesca e estou neste barco sem saber o que fazer.
- Amigo! Você não está no seu barco.
Isto é uma enfermaria e você está sendo tratado convenientemente e vai ficar
curado. Agora, vai dormir mais um pouco.
Os remédios que tomou vão
deixá-lo mais calmo. Amanhã, retornarei para ver como você está.
- Obrigado doutor1 e adormeceu profundamente.
Explicações importantes
Plathus havia
conseguido informações valiosas. A história contada por Kioto,
superficialmente, era verdadeira, mas,
com extensões bem maiores do que parecia ter. Sua ex-esposa, de fato, já havia sido sua
parceira por mais de uma vez em vivências anteriores e ambos se deviam
situações vexatórias no campo do sexo, motivada pela disputa do poder habitual”
ou seja, pelo desequilíbrio energético que em se envolveram, face ao
desconhecimento das leis universais e, basicamente, pelo desconhecimento dos processos
de abastecimento pessoal de energia, pelas fontes universais. A disputa fora
tão acirrada que os efeitos danosos levaram KIOTO à impotência absoluta, a
ponto de desequilibrar-lhe as mais comezinhas funções do espírito, projetando
mutilações na genitália, na encarnação imediata.
Com base em
orientações superiores, Plathus tentaria condicioná-lo à nova postura, com
sugestões hipnóticas, porém, o mais prático seria trabalhar-lhe a auto estima.
Através do
correio telepático, Plathus acionou seu ciclo de amizades espirituais e
conseguiu autorização para o cometimento. Durante quase quinze dias sucessivos,
prestar-lhe-ia a terapia energética necessária à recomposição ou restauração do
tônus vital e o conduziria, sugestivamente, durante quase quinze dias
sucessivos numa euforia capaz de renová-lo nos seus mais íntimos desejos.
Na verdade,
Hioto não sabia que havia morrido, nem se lembrava do episódio que o levou ao falecimento
do corpo físico.
Para proceder-se
ao tratamento programado, êle não poderia lembrar-se de seu desencarne, sob
pena de invalidar os resultados. É que, sua ex-mulheer, Tsuiako, após o
declínio do relacionamento com o americano, que a conquistara, por mero
capricho, tentou, tardiamente reencontrar o marido, mas Kioto já se havia
imiscuído na pesca clandestina e não era facilmente encontrado. Um filho
morrera pelo suicídio, o outro havia emigrado para o Brasil e o próprio marido,
que antes vivia lhe suplicando o retorno, desaparecera como por encanto.
Desesperada, e
sob os efeitos das drogas, pelo caminho das quais enveredou, encheu-se de ódio
e partiu para a vingança, pois fora ele que,
casando-se com ela, a teria afastado de seu -
legítimo destino - assim pensava.
Depois de muitas
andanças, Tsuiako tomou conhecimento de que
Kioto estava
trabalhando num barco pirata, em clandestina atividade e formou uma gang para
fazer pirataria, porém o objetivo principal era encontrar o ex-marido e
liquidá-lo, tal era o ódio que alimentava.
Fez amizade com
dois marinheiros truculentos em troca de favores sexuais e, com eles, saiu à
caça. Sete meses depois, Tsuiako, descobriu o paradeiro de Kioto e sabia de
todos os seus passos.
Certa noite,
conseguira esconder-se no barco mãe da empresa clandestina para a qual Kioto
trabalhava. Era o barco que recolhia o produto da pescaria realizada em águas e
áreas proibidas. Tsuiako e os dois comparsas infiltraram-se entre os tripulantes
pois a noite estava muito escura e facilmente
se localizaram em pontos estratégicos. O plano era de, no momento em que
acontecesse a abordagem do barco de Kioto e ele se adentrasse no barco mãe, os
três passariam para o barco pequeno e lá esperariam por Kioto e o eliminariam.
Assim foi feito. Quando Kioto passou
para o barco mãe e começou a entrega da produção, eles se adentraram no seu
barco e ali ficaram esperando. Quando Kioto retornou, simplesmente recebeu uma
única pancada na cabeça que a esfacelou, tendo morte instantânea.
O crime acontecera fazia seis anos e Kioto
ainda estava vivendo o instante do impacto no crâneo, não podendo lembrar-se de
nada, mesmo por que não havia tido tempo, sequer, de ver coisa alguma, exceto
os sonhos e pesadelos que passara a viver após o desencarne.
Assim, Plathus
deixara bloqueada essa memória que tão somente seria trazida ao consciente no
momento oportuno, isto é, quando tivesse condições psicológicas de saber e
reagir equilibradamente, sem ódios, sem mágoas, sem ressentimentos, sem
rancores.
Ao final de duas
semanas de tratamento intensivo, Kioto já se punha de pé e sentia-se
recuperado, desconhecendo, ainda, sua
condição de desencarnado.. Imaginava que se encontrava num hospital .para
recuperar-se de algum acidente marítimo ou simplesmente de um naufrágio sem importância.
Plathus lhe
comunicara que fariam uma pequena excursão a
bucólica região
No momento
aprazado, o médico o tomou pelo braço, conduzindo-o a caminhar pela campina, em
torno do posto. Chegando a um belo recanto ajardinado, via-se um magnífico
quiosque, erguido sobre um tapete verde,
Na verdade, aquele recanto fora improvisado pela fadinha e sua equipe,
com o objetivo de ajudar Plathus a recuperar, definitivamente, aquele espírito
tão sofrido. Terminada a tarefa, o quiosque sereia desintegrado, exceto se a
direção do posto lhe desse outra destinação.
Plathus e Flávia
entraram no prédio. Era um ambiente belo e aconchegante! A decoração oriental deixou Kioto
inteiramente à vontade.
Sentou-se à moda
japonesa e ficou olhando as paredes em seus mínimos detalhes.
Aquela
construção fazia lembrar as dependências requintadas dos palácios das antigas dinastias. O
ambiente transpirava bem estar. Kioto
estava entrando em ritmo de felicidade.
Minutos depois,
que sentara, duas gueixas entraram por uma porta lateral e lhe trouxeram dois
biscoitos afrodisíacos. Kioto remoçara!
Plathus
aproximou-se dele e falou:
Kioto! HOJE,
Você vai passar o dia neste quiosque!”
Depois de muito tempo no mar, você merece um repouso! Um descanso feliz! Reparador,
calmo, refazedor, energizante e cheio de euforia. Faça o que você achar melhor.
Na verdade,
Plathus tinha outros pacientes para cuidar e deixou a Doutora Sayure Taymo para cuidar dele.
De fato,
especialista no problema de distúrbios da impotência sexual, nossa doutora fora
convidada para prepará-lo, objetivando uma nova experiência no corpo,
colocando-a na condição de futura companheira de vivência física, razão pela
qual os encaminhou para uma colônia especializada na preparação de novos reencarnes,
programando a escolha das famílias que os receberia, programando, também, o
direcionamento da vida profissional, no campo médico. Enfim, programando um
amanhã feliz para aquele velho marinheiro, agora cheio de esperanças.
[ensaio]
Jansen Leiros*
Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia Norte Rio Grandense de
Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Norte Rio Grandense de
Genealogia;
Do Instituto Histórico e Geográfico do
RN.
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