08/08/2014


Ascendentes de Dona Maria do Carmo Siminéa




João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Recebi, por e-mail, mensagens de Ismar Siminéa e Virgínia Andrade, filhos: ele de Edmilson Siminéa e ela de Manoel Siminéa, um dos gêmeos. Agradeciam e elogiavam a publicação do artigo sobre a origem da família Siminéa. Além disso, Ismar mandou registro de nascimento do pai, Edmilson, onde encontro os pais de Maria do Carmo: eram eles João das Chagas de Azevedo Souza e Luiza Maria Teixeira de Souza. Vamos, pois, buscar a partir daí os ascendentes de D. Maria do Carmo, começando por seu casamento.

Aos quinze dias do mês de dezembro de 1923, na Matriz de Angicos, depois das denunciações canônicas, e sem aparecer impedimento algum, na presença das testemunhas: José Cândido de Souza (irmão do noivo) e Manoel Alves Filho (seu Nezinho), assisti ao recebimento matrimonial de meus paroquianos: Francisco Siminéa Filho, com Maria do Carmo de Azevedo, filhos legítimos, ele de Francisco Pedro das Chagas Siminéa, e Josefa Cândida Alves de Souza, e ela de João das Chagas de Azevedo (Souza), e Luiza Maria Teixeira de Souza, os nubentes foram dispensados do 3º grau igual e simples de consanguinidade.

Uma das filhas desse casal teve o batismo que segue: aos três de janeiro de 1904, batizei a Maria, filha legítima de João das Chagas de Azevedo Souza e Luiza Maria Teixeira de Souza, nascida a três de deste mês e ano, sendo padrinhos Tertuliano das Chagas de Souza e Donzília Alves de Souza.

Luiza, quando casou com João das Chagas, era viúva de Joaquim Francisco Pereira Pinto. Este tinha casado com ela, em 1891, depois de enviuvar de Maria Florência da Costa Ferreira, falecida em 12 de abril desse mesmo ano, com trinta e tantos anos. Com esta última, ele, Joaquim Francisco, tinha casado, em 31 de janeiro de 1886, após ter enviuvado de Maria Martins de Assis Bezerra, filha de Agostino Barbosa da Silva e Sabina dos Santos Martins. Maria Martins tinha falecido em 27 de janeiro de 1885, com 36 anos de idade, de hidropisia.

Os pais de Luiza eram Joaquim Teixeira de Souza e Josefa Belarmina Lopes Viegas, portanto, mais um Viegas na ascendência de Crisan Siminéa. O casamento deles foi na Fazenda Cacimbas do Vianna, onde nasceu minha avó, Maria Josefina Martins Ferreira. 

Às três horas da tarde do dia dezenove de novembro de mil oitocentos e cinquenta e cinco, na Fazenda Cacimbas do Vianna, o Reverendo Elias Barbalho Bezerra, de licença minha, uniu em matrimônio, e deu as bênçãos nupciais aos contraentes Joaquim Teixeira de Souza e Josefa Bellarmina Lopes Viegas, o nubente da Freguesia de Angicos, e a nubente desta do Assú, servatis servandis: testemunharam Antonio Lopes Viegas Junior e João Lins Teixeira de Souza, casados. 

Nesse casamento não apareceu o nome dos pais dos nubentes. Acredito que esse Joaquim era filho de Francisco Antonio Teixeira de Souza e Marianna Lopes Viegas, pois quando ela morreu, um dos seus filhos era Joaquim de 7 anos, conforme inventário de 1839. Esse João Lins Teixeira de Souza consta, também, na lista dos filhos de Francisco Antonio e Marianna, e tinha na data do falecimento da mãe, a idade de 18 anos. 

Luiza teve o seguinte batismo: filha legítima de Joaquim Teixeira de Souza e Josefa Bellarmina Lopes Viegas, moradores nesta freguesia, nasceu aos dez de dezembro de 1866, e foi por mim solenemente batizada na Matriz de São José de Angicos aos dez de janeiro de 1867, sendo padrinhos Miguel Francisco da Costa Machado e Bernarda Francisca Xavier da Costa. Outra  filha de Joaquim e Josefa Bellarmina era Josefa, que nasceu em 1860, e teve como padrinhos Manoel Martins Ferreira, por seu procurador João Gomes Carneiro e Francisca Batista (Bela) Carneira, solteira. João Gomes Carneiro tinha fazenda em Cacimbas do Vianna e Manoel Martins Ferreira (também Manoel José Martins) era morador dessa mesma localidade (era irmão do meu bisavô, Francisco Martins Ferreira).

No auto de arrolamento (1870) da falecida Anna Jovina Lopes Viegas, o inventariante e, também, herdeiro, foi seu irmão Manoel Guilherme Lopes Viegas. Por ser solteira os outros irmãos, também,  foram  seus herdeiros. Na lista aparecem alguns filhos comprovados de Guilherme Lopes Viegas e Izabel Maria da Conceição. Uma delas, Maria Izabel Conceição, que foi casada com João Gualberto Lopes Viegas, já era falecida em 1870, e, portanto, foi representada pelos filhos, entre eles, Josefa Bellarmina Lopes Viegas, esposa de Joaquim Teixeira de Souza.

Portanto, Josefa Bellarmina era bisneta do fundador de Angicos, tenente Antonio Lopes Viegas. Por isso, Luiza Maria Teixeira de Souza era trineta, e Maria do Carmo Siminéa, tetraneta.
casamento de Francisco Siminéa Filho e Maria do Carmo Azevedo

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