10/11/2017

CADEIRA 7 DA ANRL (H O J E)

ELEIÇÃO
Dia 10 de novembro (sexta-feira)
Candidatos:
Luiz Alberto de Faria e

Naide Gouveia

POSSE DE DALADIER NA ANRL






Acadêmicos: Jarbas Martins, Sônia Faustino, Diva Cunha, Diogenes da Cunha Lima, Daladier Pessoa Cunha Lima, Leide Câmara, João Batista Pinheiro Cabral, Lívio Oliveira, Ivan Maciel, Itamar de Souza, Paulo de Tarso Correia, Elder Heronildes, Iaperi Araújo, Carlos de Miranda Gomes, Humberto Hermenegildo, Eulália Duarte, Cassiano Arruda, Valério Mesquita, Padre João Medeiros Filho, Nelson Patriota, Armando Negreiros, Roberto Lima e Jurandyr Navarro.




Presença Acadêmica:
ORDEM DOS NOMES POR CADEIRA


Cadeira  2: Humberto Hermenegildo
Cadeira  4: Cassiano Arruda
Cadeira 6 João Batista Pinheiro Cabral
Cadeira 8 Nelson Patriota
Cadeira 9 Roberto Lima
Cadeira: 10  Paulo Macedo
Cadeira 11 Paulo de Tarso
Cadeira 13 Eulália Duarte
Cadeira 14:  Armando Negreiros
Cadeira 15 Lívio Oliveira
Cadeira 17 Ivan Maciel
Cadeira 18 Padre João Medeiros Filho
 Cadeira 20 Jarbas Martins
Cadeira 21 Valério Mesquita
Cadeira 23: Iaperi Araújo
Cadeira 24 Sônia Faustino
Cadeira 26: Diogenes da Cunha Lima
Cadeira 28: Jurandyr Navarro
Cadeira 29 Itamar de Souza
Cadeira 30: Diva Cunha
Cadeira 31: Leide Câmara
Cadeira 33: Carlos Gomes
Cadeira 37 Elder Heronildes

Fotos: Evaldo Gomes





Acadêmica  Leide Câmara
Secretária Geral
e-mail: academianrl@gmail.com
e-mail: leide.camara@live.com
Fone  9.9982-2438


08/11/2017



Dia 7 - Posse muito prestigiada do estimado DALADIER PESSOA CUNHA LIMA, na cadeira 3, da Academia Norte-rio-grandense de Letras, conforme registros fotográficos enviados por Lívio Oliveira e Tereza Neuma:

                                               

 

06/11/2017

LUTAS DE VALÉRIO


LUTAS E ADVERSIDADES

Valério Mesquita*

Outubro se despediu em meio à efemérides, tormentos e mistérios. Nele foi celebrada a canonização dos mártires de Cunhaú e Uruaçu. Provou-se que a alma é divina e a obra humana imperfeita. As formas imprecisas e os rostos invisíveis dos martirizados não foram abstratos. Mas reconhecidos na história e nos altares. Lembro o infante arcebispo Nivaldo Monte pugnando e estabelecendo o rumo e o prumo da longa jornada. Nada pode ficar encoberto. Tudo teve que ser revelado. Monsenhor Francisco de Assis e o padre Pio empreenderam viagem de circunavegação flamenga que antes Mauricio de Nassau fizera em 1630 de lá para cá. Em Haia, o silêncio, a névoa do tempo e o assombro da hecatombe dos cristãos não esmoreceram o ânimo dos dois pesquisadores.
Nesse anfiteatro de ressurreição de ambientes, lembro ter feito o meu dever de casa ao tempo em que presidi a Fundação José Augusto. Dom Nivaldo foi o entusiasta maior no sonho de desvendar as ruínas de Cunhaú. Tudo era escombro. Apenas tijolos, monturos e entulhos. O projeto de restauração elaborado pelos arquitetos Paulo Heide Feijó e Orígenes Monte sofreu ingentes resistências no IPHAN em Recife, exigindo viagens em meio às turbulências e dúvidas. A última nau saída do cais da Tavares de Lyra em Natal conseguiu convencer os técnicos pernambucanos que a densidade histórica do solo e do genocídio de Cunhaú não poderiam ficar à margem. Afinal, foi restituída a capela de Cunhaú, com recursos do Programa Pró-Memória do governo federal e da Fundação Roberto Marinho sob as lágrimas de dom Nivaldo, quando revivia em palavras o sofrimento do martírio.
A restauração de ruínas históricas são possibilidades técnicas cosagradas e aceitas no sentido de resguardar e/ou recompor as origens, a memória, as raízes, em qualquer sentido, apurados os fundamentos, o legado e a importância no contexto cultural de qualquer local, cidade ou povo. Assim ocorreu também com as ruínas do Solar do Ferreiro Torto em Macaíba. Em 1974, como prefeito, desapropriei o velho casarão e toda a área adjacente que pertencia aos herdeiros de dona Amélia Machado. Houve contenda cartorial (que era de se esperar), mas, por sentença judicial, meses depois, o município tomou posse do imóvel em ruínas. Ano seguinte, convidado pelo então governador Tarcísio Maia, assumi a presidência da Empresa de Turismo do Rio Grande do Norte, renunciando um ano do mandato de prefeito. Com recursos obtidos junto ao governo federal para a restauração de monumentos históricos para fins turísticos, foi celebrado convênio com a Fundação José Augusto e repassados os recursos recebidos, visto que, ela é a instituição responsável pelo patrimônio memorialístico do Rio Grande do Norte. Essa decisão, corroborada pelos colegas da diretoria Valmir Targino e Francisco Revoredo, custou a minha saída do cargo de presidente da EMPROTURN. O governador desejava que o recurso federal fosse aplicado na recuperação da cadeia pública de Mossoró. Mas, o Solar do Ferreiro Torto felizmente foi restaurado com luta e adversidade. Paguei caro por uma obstinação que muitos esqueceram.
Sobre esse episódio cabe uma reflexão: por que o atual governo recusou a dotação federal de quase hum milhão de reais para restaurar o empório dos Guarapes? Ademais, a área desapropriada é propriedade do Rio Grande do Norte, tombado pelo patrimônio histórico, já com o projeto técnico pronto e o dinheiro na Caixa Econômica Federal “ouvindo” a omissão, conforme atestou a Procuradoria da Defesa do Patrimônio e do Meio Ambiente. Chegaram até a informar que a verba havia retornado a Brasília. Depreende-se que o governo do Estado procura convencer permanentemente as pessoas com aquilo que elas não precisam.
Com a palavra os responsáveis.

(*) Escritor.