14/01/2016



AMIGOS, a coluna do VICENTE SEREJO divulgou o lançamento do meu modesto trabalho como hoje (quinta), mas na verdade o lançamento será amanhã, dia 15 (sexta-feira), conforme abaixo:


C O N V I T E

O Sebo Vermelho Edições, Carlos Roberto de Miranda Gomes e Carlos Victor Rosso Gomes Caldas, convidam para o lançamento do livroAMOR DE VERÃO, que acontecerá no dia 15 de Janeiro de 2016, das 16h. até 18h, por ocasião do bazar na sede da PROMOVEC na Praia de Cotovelo (onde funcionou um Posto Policial). Metade da arrecadação será destinada ao Projeto ATTITUDE.


UM ANO SEM ANNA


12/01/2016


11/01/2016


   
 
João Medeiros publicou no grupo A GENEALOGIA SERIDOENSE....
 

  
João Medeiros

 


SEXTILHA

Se a falta de energia,

Se tornasse uma constante.

Os costumes voltariam,

A ser tudo como antes.

E a lamparina reinaria:

Lá no “quartel de Abrantes”
.
 

09/01/2016

LUA 



Vai ter protesto na “lua” 


São Jorge não quer tá só.


São Jorge diz que, na “lua”... 


Tá uma buraqueira só. 


Em dia de “não lua, esquisito”... 


São Jorge...soltou o grito: 


“vem pra lua...Caicó”! 



(João Medeiros)


08/01/2016

MILTON SANTOS DE ALMEIDA

Valério Mesquita*

Uma vez por semana, almoço com a minha irmã Nídia Mesquita. Conversas soltas, assuntos de ontem, e de hoje que reabastecem as gastas baterias do viver. Aqui e acolá mergulhamos nas reminiscências de Macaíba, da fazenda Uberaba do nosso pai, onde vivemos momentos intensos de infância e juventude. Daí, foi um pulo retornar aos álbuns antigos de fotos, “à la recherce du temps perdu”. Ao nosso lado, Marlene Freire de Ó, amiga de Nídia desde a Escola Doméstica, que reside hoje em São Paulo e que revisita Natal. Composto o trio, o importante era reviver e reatar os elos perdidos dos momentos felizes da anfitriã.
A ansiedade dos olhos e da mente comandava os impulsos das mãos, ora paginando, ora trocando impressões sobre lugares e pessoas. Ai m0e detive numa foto tirada em Natal, de dez ou quinze anos passados. Nela, figuravam o embaixador Ney Marinho, Nídia, Onfália Tinôco e o inexcedível Milton Santos de Almeida que visitava Natal numa temporada de reencontro e apresentações artísticas. Sobre ele já disseram que “canta samba tão bem que a metade já seria suficiente”. Trata-se de um valor definido dentro da arte musical brasileira e dono de uma voz personalíssima. Ali estava, é claro, mais jovem, vitaminado, como diria a crônica paroquial, atraído por Ney que pertenceu ao trade boêmio e receptivo da cidade na arte de recepcionar iguais e gloriosos nomes da música popular brasileira, tais como, Silvio Caldas, Orlando Silva, entre outros. O parceiro inseparável de Neizinho nesse mister foi Raimundo do Cartório.
Mas, o leitor, adivinho, já me pergunta: quem diacho é Milton Santos de Almeida? Não poderia ser outro que não Miltinho, aquele que tem balanço todo pessoal, agudo senso rítmico e timbre vocal inusitado. Diferente e comunicativo na interpretação mas, acima de tudo, de profunda honestidade artística. Perturbei a atenção das duas para falar suas músicas: Mulher de Trinta, Recado, Lamento, Cheiro de Saudade, Formosa, Boneca de Pano, Fita Amarela, Agora é Cinza, todos com o seu timbre inconfundível e estilo inimitável. Para chegar ao podium da consagração nacional, Miltinho enfrentou árdua jornada desde o tempo dos conjuntos vocais Namorados da Lua, Anjos do Inferno e Quatro Azes e um Coringa. Temperado  no sereno de muitas madrugadas daquele tempo, explodiu para o sucesso com a composição de Luis Antônio “Poema do Adeus” em 1960 e daí em diante para outros grandes êxitos que marcaram sua carreira. Dele tenho em CD as principais músicas do seu variável repertório. Curto-o no meu carro como valor autentico, irretocável e justo. Não sei por onde anda Miltinho. Se ainda se apresenta, ou até, chego a pensar o pior – no falecimento. Descobrir que vive no Rio, tem 76 anos e não perdeu a ginga. Fiz ver a Nídia e Marlene que Miltinho pertence ao patrimônio emocional de minhas doces recordações. E juntos, testemunhamos nossas eternas preferências musicais de ontem e de hoje: Isaurinha Garcia, Elizete Cardoso, Alcides Gerardi, Gonzagão e Gonzaguinha, além de muitos outros. A tarde descia preguiçosa pelos morros do Tirol. Uma brisa carpideira soprava pelas janelas do apartamento. Fechamos os álbuns e nos despedimos. Saí assobiando Miltinho sentindo intensamente irresistível cheiro de saudade...
(*) Escritor.