12/08/2015


Convite
                                  



A Diretoria do IHGRN convida V.Sa e Família para participar da TERCEIRA FEIRA DE LIVROS DO IHGRN, a se realizar no dia 21 de agosto de 2015 em sua sede, na Rua da Conceição n° 622 – Cidade Alta – Natal RN, com noite de autógrafos depois das 18:00h.
HORÁRIO: Das 9:00h até 22 horas.

Música ao vivo a partir das 18 horas. Lanches e bebidas no local.

11/08/2015

Neste prédio do IHGRN nasceu a OAB/RN

 
DE 11 DE AGOSTO DE 1827 A 11 DE AGOSTO DE 2015
 Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado (Membro honorário Vitalício da OAB/RN)

O Brasil bebia o conhecimento jurídico nos países da Europa. Mas a semente foi plantada em nossa terra, embora sem êxito na aprovação de projetos de lei para a criação dos próprios cursos jurídicos.Não obstante, em 1808 fora criada a primeira escola de nível superior do Brasil, que foi a Faculdade de Medicina da Bahia. 
Mesmo sem lograr aprovação, através de José Feliciano Fernandes Pinheiro (depois Visconde de São Leopoldo), em 14 de junho de 1823, foi feita o lançamento pioneiro de instalação de uma universidade no Império do Brasil.
Superada a elaboração da Carta do Império em 1824, nenhuma disposição previu a criação dos ansiados cursos jurídicos.
Enfim, em 1826 o Parlamento retomou o assunto, aprovando uma lei, em 11 de agosto de 1827, que instituía o “Curso de Ciências Jurídicas e Sociais” da Academia de São Paulo, que nasceu no Convento de São Francisco e o “Curso de Ciências Jurídicas e Sociais” de Olinda, que funcionou no Mosteiro de São Bento, que ficou consagrado como DIA DO ADVOGADO. 
No caminhar natural da história, os profissionais do Direito reclamavam a organização da Classe e com fundamento no Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930, foi criada a Corporação dos Advogados brasileiros, da forma seguinte:

“Art. 17. Fica criada a Ordem dos Advogados Brasileiros, órgão de disciplina e seleção da classe dos advogados, que se regerá pelos estatutos que forem votados pelo Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros, com a colaboração dos Institutos dos Estados, e aprovados pelo Governo.”
Vivíamos, ainda, sob o refluxo dos ideais da Revolução de 1930, que teve como seu primeiro Presidente o  Levi Carneiro, que a dirigiu por muitos anos, tido como seu consolidador.
   
Essa, então, novel Instituição teve a inspiração nos bacharéis do Império, agregados no Instituto dos Advogados do Brasil, primeiro embrião do Órgão fiscalizador da Classe, que abrigou em seus quadros imortais do Direito, como Teixeira de Freitas, José de Alencar, Castro Alves, Tobias Barreto, Ruy Barbosa, o Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Fagundes Varella, dentre tantos. 

A partir daí, os Estados foram criando as suas Seccionais, dentre elas a do Rio Grande do Norte, o que ocorreu com uma reunião realizada no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, por iniciativa do Presidente do Instituto dos advogados, na tarde de 05 de março de 1932 e consolidada no dia 22 de outubro do mesmo ano, considerado como marco da OAB/RN, tendo como primeiros dirigentes os advogados  Francisco Ivo Cavalcanti, o Primeiro Presidente, Paulo Pinheiro de Viveiros, Manoel Varela de Albuquerque, Bruno Pereira e Manuel Xavier da Cunha Montenegro.

           Guardando os mesmos objetivos, temos vigente atualmente o Estatuto da Advocacia e da OAB, aprovado pela Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, que proclama:

“Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:

I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.”
 
Os advogados, ao longo dos anos vêm defendendo a bandeira da Democracia e dos Direitos Humanos, presentes em todos os momentos drásticos da história da República e mantendo-se como guardiã da prestação jurisdicional, embora, algumas vezes, incompreendida pelos demais agentes do Direito e da Justiça, que insistem em por obstáculos às suas prerrogativas, fazendo exigências que não atingem as outras categorias, esquecendo o postulado consagrado no art. 133 da Carta Magna.
 
Dessa semente, os Estados foram criando as suas Seccionais, dentre elas a do Rio Grande do Norte, o que ocorreu com uma reunião realizada no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, por iniciativa do Presidente do Instituto dos advogados, na tarde de 05 de março de 1932 e consolidada no dia 22 de outubro do mesmo ano, considerado como marco da OAB/RN, tendo como primeiros dirigentes os advogados  Francisco Ivo Cavalcanti, o Primeiro Presidente, Paulo Pinheiro de Viveiros, Manoel Varela de Albuquerque, Bruno Pereira e Manuel Xavier da Cunha Montenegro.


PARABÉNS AOS NOBRES COLEGAS aos quais conclamo o ideal maior da nossa missão, compreendida na lapidar frase do Insigne Rui Barbosa:

“Legalidade e liberdade são as taboas da vocação dos advogados.”

09/08/2015



BECODALAMENSES JÁ EXISTIAM DESDE ANTES DO ROMPER DO SÉCULO XX
Eduardo Alexandre

Matéria publicada n'O Beco, circulando hoje pelo Beco da Lama, durante a festa de 21 anos da SAMBA

A foto, que eu acredito pode ser de Bruno Bourgard, está entre 1911, data de início do funcionamento dos "electricos" em Natal, e 1913, data de sua publicação.

Em 1845, o presidente Sarmento mandou destocar a área de depois da Rua Nova, mais tarde Avenida Rio Branco, rumo aos morros de antes das praias salgadas.

Na foto já secular, cidade ainda sem serviços de saneamento, a água servida escorre das duas esquinas da Rua Voluntários da Pátria para a praça do padim João Maria.

A rua das nobres moradas era a Vigário Bartholomeu, antiga Rua da Palha.

E o casario descia à direita pelos caminhos em busca da água do Riacho Tissuru, Baldo; cidade também se expandindo à esquerda, descendo a Rua da Cruz para a Rua da Alfândega, onde se sonhava porto.

O Beco da Lama era fundos de casas da Rua da Palha e da Rua Nova, por onde escorria a água servida das residências dali.

Nos fundos das casas, afazeres domésticos, varais, brincadeiras de meninos. Um simples beco que via uma cidade nascer.

O cruzamento da Rua da Palha com a Ulisses Caldas viria a ser o ponto refinado dos ajuntamentos sociais, o Royal com cinema mudo e orquestra ao vivo animando as sessões; o Café Majestic em frente, recebendo a confraria do modernista Jorge Fernandes.

Dizia Cascudo que os amantes do violão eram os insubstituíveis naqueles tempos de noites escuras, festejada a luz da lua em serenatas pelas calçadas da província.

O que era Natal até antes da Guerra?

Cidade pequena, lenta, poucos bairros a contar; em função de alfândega, porto, comércio de atacado e varejo de exportação e importação, prestação de serviços, a Ribeira torna-se de maior importância e aglomerações em busca de conversas, novidades, passatempo se fazem no cruzamento da Avenida Tavares de Lyra com Frei Miguelinho e Doutor Barata, onde tinha sede o Banco do Brasil e havia comércio próspero. Esquina do Mundo.

Por ali, também, rondava a boemia.

Boemia que fora também e sempre, exercida pelos becos da Cidade Alta, o Beco da Lama, sempre o rei dos becos, o maior do mundo, pai de todos os becos e ruas e avenidas do mundo, vastos fundos por ondem escorrem as peraltices dos traquinas, os que aprontam, não sossegam, até nas noites sem luar ou segurança perambulam perambulam perambulam

Na verdade, ninguém vai acreditar: na verdade, na verdade, o beco é o pai da cidade. A Ribeira sossegou e tudo voltou pra cidade, a Cidade Alta, antiga Cidade do Alto, onde houve um Grande Ponto, café de cachaça e bilhar, de onde partiu Natal para ser o que é hoje, bem além do Beco, Natalópolis.

08/08/2015

Reportagem da TRIBUNA DO NORTE

Morre jornalista Ticiano Duarte

Faleceu na madrugada de hoje (8), aos 84 anos, o advogado e jornalista Ticiano Duarte. Ex-diretor de redação da Tribuna do Norte participava do Festival Literário da Pipa (Flipipa), em Tibau do Sul. Ele teve uma parada cardíaca durante a madrugada.
Emanuel AmaralTiciano Duarte tinha 84 anos e participava do FlipipaTiciano Duarte tinha 84 anos e participava do Flipipa

De acordo com familiares, Ticiano Duarte tomava medicações para o coração, mas não eram problemas graves e ele estava bem. Ele participou normalmente das atividades do Flipipa durante a tarde e noite, quando retornou ao hotel em Tibau do Sul. Por volta das 4h, o jornalista começou a passar mal e foi levado até uma unidade de saúde na cidade, onde já chegou sem batimentos cardíacos. Os médicos tentaram a reanimação durante aproximadamente 30 minutos, mas Ticiano Duarte teve a morte momentos após chegar à unidade.

Imortal da Academia Norte-Riograndense de Letras, Ticiano Duarte foi professor do curso de Comunicação da UFRN, delegado do Trabalho, líder maçônico, além de ser respeitado historiador e pesquisador potiguar. Torcedor e conselheiro do América Futebol Clube, Ticiano Duarte escrevia às quartas-feiras para a Tribuna do Norte.

A família informou que o velório de Ticiano Duarte ocorrerá a partir das 12h de hoje em templo da Maçonaria na avenida Romualdo Galvão, nas proximidades da Praça Augusto Leite, no Tirol, com missa às 18h. Em seguida, haverá um cortejo até o cemitério Parque Morada da Paz, em Emaús, onde será realizado o sepultamento, às 20h. 

História (por Woden Madruga, 2011)

Ticiano Duarte descobriu as redações dos jornais ainda adolescente. Primeiramente em A República, governo de José Varela, final dos anos 40 começo dos 50. Por aí já fazia política estudantil, eleições do Centro Estudantil Potiguar, ele eleito deputado dos ginasianos. Tempos de Valtércio Bandeira de Melo, Joanilo de Paula Rego, Aderbal Morelli, José Fagundes de Menezes, Nabor de Azevedo Maia, Luís Bezerra, William Colbert. O Grande Ponto em alvoroço.
Da República, Ticiano passou para o Diário de Natal, tempos de Edilson Varela e Veríssimo de Melo, Lenine Pinto, Luís Maranhão, Antônio Pinto de Medeiros. Viagens a Maceió para cursar Direito. Rua do Sol na companhia do poeta Gilberto Avelino.  Repórter, cobria Assembleia Legislativa, Palácio Potengi, convivendo com os políticos. Mais tarde seria chefe de gabinete do prefeito Djalma Maranhão e secretário (Interior e Justiça) do Governo Aluízio Alves. Mais recentemente, delegado do Ministério do Trabalho. Depois, auditor do Tribunal de Contas. Várias cátedras. Dos expedientes palacianos uma esticada aos bares, às peixadas das Rocas, às noitadas que alcançavam as madrugadas, Natal Clube, Maria Boa. O encantador ofício da boemia com os amigos, as amigas, os artistas, pintores e poetas. Ticiano participou de todos esses movimentos culturais havidos na província, a partir da década de 40.

Fez teatro amador integrando o grupo “Os Farsantes”, liderado por Newton Navarro. Mais adiante aparece no elenco de um novo grupo, Teatro Experimental de Artes, também com Navarro, mais Moacir de Goes, Geraldo Carvalho, Humberto Magalhães e Marcelo Fernandes. Montam a peça  “Cantam as Harpas de Sião”, de Ariano Suassuna. O jornalismo e a política roubam-lhe a cena teatral. A ribalta agora é outra

Final dos anos 60, na ditadura militar que cassou Aluizio Alves, Ticiano assumiu a editoria da Tribuna do Norte. Foi chamado muitas vezes ao Quartel General (comando do Exército). Terminou sendo enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Julgado em Recife, foi absolvido. Comemorou-se em todos os bares. A boemia, o bom uísque, a liberdade de expressão, o bom papo jamais serão cassados.

Pai de dois filhos, seis netos e sete bisnetos, Ticiano, ao lado de Iaponira, chega aos 80 anos com o mesmo espírito e charme da juventude, acrescidos de uma elegante bengala e suspensórios nem tanto. Fraterno e amigo, cultor da solidariedade, fiel às amizades  e  ao uísque, à boa convivência com os bons companheiros ao quais faz sempre, todos os dias, a mesma pergunta: “Alguma novidade?”

De Ticiano, usando um bordão bem seu, eu diria: é uma Grande Figura! E ele responderia, certamente, com os versos de Drummond, voz pausada: Tenho apenas duas mãos / e o sentimento do mundo.

Ticiano Duarte foi diretor de redação da Tribuna do Norte - Foto:Rodrigo Sena



MEU SOL, FONTE DE LUZ E DE AMOR


Viva o Sol que nasceu em meu solário,
Viva o Sol, neste macro infinito,
Viva o Sol, do qual eu me permito,
Ser companheiro eterno em meu diário.
Viva o Sol que a mim, me fortalece;
Viva o Sol, que a mim, me impulsiona,
Viva o Sol, que jamais me abandona;
Dando energias, para o meu viver;
Viva este Sol, que aquece meu querer
E ao nascer, me desperta e enternece,
Lembrando o dia que jamais esquece,
Quando ao mundo eu vim, com meus vagidos.

Viva este Sol, minha fonte e energias,
Que alimenta minha eterna empatia,
Com a aquarela de seu arrebol,
Viva meu Sol, com a minha homenagem;
Força telúrica de toda esta coragem;
Que nasce em mim, de meu divino Sol.

Jansen Leiros*



Da Academia Macaibense de Letras;
Da Academia Norte Rio Grandense de Trovas;
Da União Brasileira de Escritores;
Do Instituto Norte Rio Grandense de Genealogia;
Do Instituto Histórico e Geográfico do RN.