03/12/2013

Dr. Carvalhinho, sobrinho do Barão de Serra Branca

 
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
 
Nas pesquisas genealógicas, uma das grandes dificuldades advém das migrações, de um localidade para outra, de pessoas ou famílias. Você perde o fio da meada. Algumas pessoas, que fazem parte dos que migraram da Ilha de Manoel Gonçalves para Macau, tomaram destino que, muitas vezes, não encontramos depois. Com a ajuda de jornais da Hemeroteca Nacional, livros mais antigos, notícias de familiares e revistas dos Institutos Históricos têm sido possível encontrar alguns descendentes desses primeiros habitantes da Ilha de Manoel Gonçalves e de Macau.

Os genros do capitão João Martins Ferreira, que acompanharam o sogro na mudança para Macau, segundo várias fontes, foram: Manoel José Fernandes, casado com Anna Martins Ferreira; Manoel Antonio Fernandes, casado com Maria Martins de Pureza; José Joaquim Fernandes, casado com Maria Martins Ferreira e Antonio Joaquim de Sousa, casado com Thomásia Martins Ferreira. Para onde eles e seus descendentes se deslocaram, posteriormente?

No livro Bacharéis de Olinda e Recife: norte-rio-grandenses formados de 1832 a 1932, do sócio do IHGRN, Raimundo Nonato, encontramos Manuel de Carvalho e Sousa, conhecido por Dr. Carvalhinho, filho de João Antonio de Sousa e Anna Joaquina da Silveira, nascido em 12 de abril de 1856, na Província do Rio Grande do Norte. Quem eram esses pais do Dr. Carvalhinho, vamos ver através do registro de casamento, abaixo.

 “Aos vinte e dois de novembro de mil oitocentos cinquenta e dois, nesta Freguesia de Santa Anna do Mattos, depois das denúncias de estilo, sem impedimentos, confissão, e exame de Doutrina Cristã, o Vigário João Theotonio de Sousa e Silva, nesta Matriz, pelas nove hora da manhã, uniu em Matrimônio just. Trid. e deu as Bênçãos Nupciais, a João Antonio de Sousa, filho legítimo de Antonio Joaquim de Sousa, e Thomásia Martins Ferreira, da Freguesia dos Angicos, com Anna Joaquina da Silveira, filha legítima de Antonio da Silva Carvalho, e Maria da Silva Velosa; foram testemunhas Felippe Nery de Carvalho e Silva, solteiro, e Balthasar de Moura e Silva, casado. Do que para constar fiz este assento, que assino. O Pároco – Coadjutor João Ignácio de Loyolla Barros.”

Pelo visto acima, João Antonio de Sousa, pai do Dr. Carvalhinho, era neto do capitão João Martins Ferreira e de D. Josefa Clara Lessa. Era, portanto, primo legítimo do meu bisavô, tenente-cirurgião Francisco Martins Ferreira. Além disso, uma das testemunhas, o português Balthazar de Moura e Silva, casou a primeira vez com Josefa Martins de Sousa, irmã de João Antonio. Dois anos após esse casamento, ela faleceu com a idade de 25 anos, e Balthazar casou novamente, 4 meses depois, com Maria Petronilla Fernandes, prima de Josefa, e filha de José Joaquim Fernandes e de Maria Martins Ferreira.

Já D. Anna Joaquina, mãe do Dr. Carvalhinho, era irmã de uma das testemunhas, Felippe Nery de Carvalho e Silva, Barão de Serra Branca. Ela nasceu em 28 de janeiro de 1828.

Dr. Carvalhinho fez seus estudos primários em Natal e os secundários e superiores em Recife, morando lá, na companhia do tio Irineu Brasiliano de Carvalho e Silva. Diplomou-se em 7 de novembro de 1877, pela Faculdade de Direito de Recife. Dr. Irineu Brasiliano era médico, casado com D. Maria Christina Antunes, filha do Barão de Messejana, Antonio Cândido Antunes de Oliveira. Morou em Aracati, por 15 anos e, lá, faleceu em 10 de agosto de 1877, com a idade de 43 anos, tendo seu pai Antonio da Silva de Carvalho, falecido um dia antes, no Assú, com a idade de 93 anos.

Dr. Carvalhinho casou-se com D. Maria Emília de Carvalho (faleceu em 1960), de quem teve os seguintes filhos: Orígenes de Carvalho, médico, 1º tenente da Marinha, falecido em 8 de janeiro de 1916, com 32 anos, na Bahia; capitão de fragata e professor da Escola Naval e da Escola de Marinha Mercante, Otávio Tácito de Carvalho, casado com D. Olga Régis Bittencourt, falecido em 19 de maio de 1932, com um único filho, o engenheiro Tácito Bittencourt de Carvalho; e D. Ofélia de Carvalho Rodrigues (falecida em 1926), casada com o Sr. Carlos Howat Rodrigues. Faleceu aos 4 de julho de 1936, no Rio de Janeiro, para onde tinha se transferido com a sua família.

Dr. Carvalhinho ocupou diversas funções aqui no Rio Grande do Norte: Promotor Público da Comarca de Macau, Diretor Geral da Instrução Pública, Juiz de Direito da Comarca de Triunfo e da Comarca de Ceará-mirim, Deputado Constituinte, e Secretário Interino do Governo Provisório, na administração de Pedro Velho. Aposentado em 1892.
Jazigo do pai do Barão de Serra Branca

02/12/2013

P A R A B É N S


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


O VALE VERDE GUARDAVA O SEU ABRAÇO PARA AS IMORTAIS DA ACLA. HAVIA EM TUDO UM SILÊNCIO RELIGIOSO REVERENCIANDO O PASSADO.
  
A CIDADE ENGALANADA, LOGO MAIS, NA HORA CREPUSCULAR, DEIXAVA SUAS LUZES ILUMINANDO O CORREDOR CULTURAL ONDE O POVO TENTAVA RESGATAR A FORTUNA ESCRITA PELOS ESCRITORES DE ONTEM E DE HOJE.
  ACLA EM FESTA COM NOVOS SÓCIOS
IMORTAIS REVERENCIANDO O PASSADO, CADA UM COM SEU BUQUÊ DE LEMBRANÇAS.
E NOSSOS MITOS INTERIORES TRAZIAM SUAS VOZES...NÓS SABÍAMOS QUE ELES ESTAVAM POR PERTO...
NUM DOS TERRAÇOS DA CASA-GRANDE DO ENGENHO SÃO LEOPOLDO, DO CONFRADE FRANKLIN MARINHO E DA QUERIDA GRACINHA, UMA PÁGINA DO GRANDE LIVRO SE ABRIA...
MOMENTOS DO PASSADO VOLTAVAM NAQUELE SILÊNCIO...
 SAUDADES DOS QUE SE FORAM ANTES E DO QUE ENCANTOU-SE ESTE ANO E NÃO ESQUECEMOS .
 
AQUI, COMO MAGIA, DUAS MENINAS DO VALE CANTANDO ELEGIAS
CADA UMA VOLTANDO NO TEMPO
O JARDIM E SEU ENCANTO QUE O TEMPO CONSERVA NA MOLDURA DE UM TEMPO IMPREGNADO DE SAUDADE.
UMA CASA SECULAR
 
A JORNALISTA HELOÍSA, DA TV CABUGI, QUE DESEJOU SABER DA HISTÓRIA DA ACLA E DO SEU CRIADOR E PRESIDENTE FUNDADOR - PEDRO SIMÕES NETO, ATRAVÉS DA CONFREIRA QUERIDA E GRANDE ARTICULADORA - JOVENTINA SIMÕES DE OLIVEIRA, ÚNICA IRMÃ DO ALUDIDO...-
UMA HISTÓRIA SEM FIM QUE ESSA GERAÇÃO VAI CONTANDO E DEIXARÁ PARA AS NOVAS 
EM CADA MOMENTO AS PÁGINAS DA HISTÓRIA DESVENDAVA OS CAPÍTULOS...
 TODOS COM UM SÓ PENSAMENTO DE AMOR E SAUDADE AO VALE VERDE QUERIDO
O ALMOÇO DELICIOSO OFERECIDO POR GRACINHA MARINHO, A ANFITRIÃO, MULHER DE MUITOS DOTES CULINÁRIOS E UM EXEMPLO DE SIMPATIA HUMANA.        
DELÍCIA, ALÉM DOS SUCOS, COCADAS...
 
A JORNALISTA HELOÍSA, LINDA, OPTOU PELOS SUCOS, MAS O CÂMERA NÃO RESISTIU AO CARDÁPIO.
GRACINHA E LÚCIA HELENA, SIMPATIA À PRIMEIRA VISTA
 
GRACINHA MARINHO
 
O VERDE DILETO BEIJANDO O MEU ILHAR DE AMOR
 O ENGENHO SÃO LEOPOLDO, NO COMEÇO DE SUA DESPEDIDA
OS BUEIROS PELOS CAMINHOS
 
O SOLAR ANTUNES - 1888 - SEDE DA PREFEITURA
 
A DESCIDA PASSANDO PELO SOLAR E PELO MERCADO, COM O VALE LÁ EMBAIXO
 A ESTRADA PARA OS ENGENHOS OU O QUE RESTA DELES
O VERDE COM O GUAPORÉ RESISTINDO...
A FRONDOSA ÁRVORE DO VERDE NASCE
 
O ENGENHO VERDE NASCE - O GRANDE AMOR DE NILO PEREIRA
 
CAPELA E SUA IGREJINHA RESTAURADA
 
ESCOMBROS DE UM SOLAR SUNTUOSO, DEIXANDO SUA IMPONÊNCIA ARQUITETÔNICA SOBRESSAIR-SE EM MEIO AOS CAMINHOS.
 
"ESTE VALE EXISTE? E O VERDE, É UMA COR OU UM SENTIMENTO"? RUY ANTUNES PEREIRA - ENGENHO MUCURIPE
 
A MATRIZ DE N.SRA. DA CONCEIÇÃO
 
ENGENHO SÃO LEOPOLDO
A LINDA CASA DO ENGENHO SÃO LEOPOLDO
 
EMMANUEL CAVALCANTI (PRESIDENTE DA ACLA), ORMUZ BARBALHO SIMONETTI (PRESIDENTE DO INSTITUTO DE GENEALOGIA) E JANILSON DIAS DE OLIVEIRA, CONFRADE E QUERIDO AMIGO QUE SEMPRE DÁ CARONA À LEDA VARELA E À MIM. HOMEM BOM, SOLIDÁRIO.
(ALGUMAS FOTOS FICARAM RUINS POR CAUSA DO SOL FORTE)
 
MESMA FOTO DE OUTRO ÂNGULO.

 
A CASA GRANDE
UMA CASA DE LEMBRANÇAS FIÉIS
LEDA VARELA E LÚCIA HELENA
UM DIA DE GRANDE FELICIDADE
CADA UM REVENDO O SEU PEQUENO GRANDE MUNDO
ENTRANDO NO VALE
 
O VALE VERDE INDICAVA OS CAMINHOS. AS ÁRVORES ACENAVAM. A VOZ DO TEMPO ECOAVA.
O ENGENHO SÃO LEOPOLDO QUE O GRANDE ORADOR E HISTORIADOR FRANKLIN MARINHO EVOCA COM EMOÇÃO.
 
O RIO CEARÁ-MIRIM
 O CANAVIAL

ESSA É UMA PARTE DE UM VALE QUE NÃO PERDE O SEU ENCANTO