Páginas

12/01/2014

Verdades cruzadas - IX

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Professor aposentado do Curso de Direito da UFRN e Presidente da Comissão da Verdade. Sócio do IHGRN.

Artigo X - Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.

Thiago de Mello: Estatuto do homem
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Evaristo Ferreira da Veiga
(trecho do Hino da Independência do Brasil)
              
A dinâmica da vida oferece surpresas, boas e más. Não foi diferente na trajetória política do Brasil, que após 21 anos de trevas começou a enxergar a luz da liberdade.
O Brasil realizou eleições diretas em 1989 para a Presidência da República – gestão 1990-1994, com ferrenha disputa entre vinte e dois, candidatos, sendo os mais votados Fernando Affonso Collor de Mello (PRN), Luís Ignácio Lula da Silva (PT), mas participaram Leonel Brizola, Mário Covas,  Paulo Maluf, Guilherme Afif, Ulisses Guimarães, Roberto Freire, Aureliano Chaves, Ronaldo Caiado, Affonso Camargo, Enéas Carneiro, e outros pouco conhecidos, saindo triunfante o Governador alagoano Fernando Collor, com um discurso de moralidade – acabar com a praga dos “Marajás” e mudanças profundas na República brasileira o que, por medidas contraditórias e demagógicas, inclusive um desastroso Plano Collor, lhe valeu o impeachment após crise que ganhou as ruas, onde jovens com os rostos pintados exigiram a sua saída, o que aconteceu em 29 de dezembro de 1992.
O Vice-Presidente Itamar Franco já assumira interinamente no período de outubro a dezembro de 1992 e a partir do impedimento assume em caráter definitivo até 1994.
O seu mandato, apesar do curto espaço de tempo realizou o saneamento político do País, restaurando a credibilidade na democracia com o bem sucedido Plano Real, preparando caminho pacífico para a sua substituição através de pleito muito disputado.
  Em 1994, precisamente em 3 de outubro, novas eleições são realizadas para a gestão 1995 a 1998, agora com os candidatos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), prestigiado com a execução do Plano Real quando Ministro do Governo Itamar, Luís Ignácio Lula da Silva (PT) vindo da classe proletária e outra vez Leonel Brizola, Orestes Quércia, líder municipalista, Enéas Carneiro, Esperidião Amin, Carlos :Antonio Gomes e Hernani Fontoura.. Vence FHC no segundo turno, disputando com Lula.
Sua gestão atendeu às expectativas com um trabalho organizado no sentido da retomada do crescimento econômico sustentável, o que lhe proporcionou disputar em 1998 uma reeleição para o período 1999-2002, disputando com os candidatos Luís Ignácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Enéas Carneiro, que se tornou figura folclórica em razão da forma de sua campanha na TV e mais oito disputantes desconhecidos da mídia nacional.
No caminhar democrático, novo pleito é realizado em 2002, turnos em 6 e 27 de outubro, para o período de 2003 a 2006, saindo vitorioso, afinal, o grande batalhador Luís Ignácio. Começava a Era Lula, cujo governo trouxe indiscutível mudança na concepção da democracia brasileira, tornando-se uma figura notória internacionalmente, após uma disputa com os candidatos José Serra (PSDB), Anthony Garotinho e Ciro Gomes.
Mercê de uma gestão responsável e a recuperação gradativa do valor da moeda, ganha a credibilidade do povo brasileiro e em 2006, pleito realizado em dois turnos: 1º e 29 de outubro, logra retumbante reeleição para o período de 2007 a 2010, suplantando os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), Heloisa Helena,Cristovam Buarque, Ana Maria Rangel, José Maria Eymael, Luciano Bivar e Rui Costa Pimenta..
Seu desempenho e prestígio logrou fazer seu sucessor no governo, na pessoa da candidata do PT Dilma Rousseff, disputando com os candidatos José Serra (PSDB), Ivan Pinheiro, Zé Maria, José Maria Eymael, Levy Fidelix, Marina Silva e Plínio Sampaio, saindo Dilma vencedora no segundo turno realizado no dia 31 de outubro de 2010 para um mandato até 2014. Foi a primeira mulher a assumir a Presidência da República em nossa história republicana.




Nenhum comentário:

Postar um comentário