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01/05/2021

Minhas Cartas de Cotovelo – verão de 2021-25 Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes Continuo firme, morando em Cotovelo, onde tenho a segurança contra doenças, recebo a vitamina D em estado natural, respiro o ar puro do mar, caminho dentro das possibilidades das minhas pernas combalidas e tenho a facilidade de todos os meios de comunicação ao meu dispor, inclusive ouvindo palestras, participando de lives, assistindo missas, ouvindo considerações de bons intérpretes da religião e tenho contado permanente com a minha família e amigos. A internet permite que eu administre meus pagamentos e minhas transferências de maneira simples, deixando-me tempo para continuar a escreve meus livros e artigos, preenchendo a minha vida, que ficou muito vazia com a partida da minha sempre lembrada THEREZINHA. Hoje, venho lembrar duas grandes datas, aqui desenvolvidas separadamente: 1º de Maio – Dia do Trabalho Por que 1º de maio é considerado o Dia do Trabalho ou do trabalhador? Aproveito texto publicado pela Calendarr disponibilizado na internet: _____________________________________________ Dia do Trabalho
O Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é comemorado anualmente em 1º de maio em diversos países do mundo. O Dia do Trabalho é feriado nacional no Brasil, em Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina, entre outras nações. Esta data representa o momento que os empregados e as empresas têm para refletir sobre as legislações trabalhistas, normas e demais regras de trabalho. Nesta data também é homenageada a luta dos trabalhadores que reivindicaram por melhores condições trabalhistas. Graças à coragem e persistência desses trabalhadores, os direitos e benefícios atuais dos quais usufruímos foram conquistados. Origem do Dia do Trabalho Até meados do século XIX, os trabalhadores jamais pensaram em exigir seus direitos trabalhistas para seus patrões, apenas trabalhavam. Mas, a partir de 1886, aconteceu uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago, para reivindicar a redução da jornada de trabalho (de 13 horas para 8 horas diárias), e em 1º de maio desse ano milhares de pessoas foram às ruas iniciando uma greve geral nos Estados Unidos. Os conflitos estadunidenses ficaram conhecidos como Revolta de Haymarket. Três anos após as manifestações nos Estados Unidos (20 de junho de 1889, precisamente), foi convocada em Paris uma manifestação anual para reivindicação das horas de trabalho e foi programada para o dia 1º de Maio, como homenagem as lutas sindicais em Chicago. No dia 23 de abril de 1919, o Senado francês ratificou as 8 horas de trabalho e proclamou o dia 1º de maio como feriado. Após alguns anos, outros países também seguiram o exemplo da França e decretaram o dia 1º de maio como feriado nacional dedicado aos trabalhadores. Dia do Trabalho no Brasil No Brasil, o Dia do Trabalhador só foi reconhecido em 26 de setembro de 1924 através do decreto nº 4.859 assinado pelo então presidente Artur da Silva Bernardes. A criação da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) foi instituída através do Decreto-Lei nº 5.452, em 1º de Maio de 1943, na gestão de Getúlio Vargas. Durante o governo Vargas realizavam-se grandes manifestações que incluíam música, desfiles e normalmente o anúncio de alguma nova lei trabalhista. Até hoje, alguns governos seguem a tradição e comunicam o aumento do salário mínimo nesta data. O dia do trabalho é comemorado com manifestações convocadas pelas principais centrais sindicais do Brasil para revindicar melhores condições de trabalho. Dia do Trabalho nos Estados Unidos Nos Estados Unidos e Canadá, o Dia do Trabalho é conhecido como Labour Day e é celebrado na primeira segunda-feira do mês de setembro. URSS e Países Socialistas Na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e em países de orientação socialista, o 1º de Maio era a festa mais celebrada do calendário civil. Realizavam-se desfiles e feiras industriais onde o trabalhador era o protagonista. Mensagem para o Dia do Trabalhador Abençoadas são as mãos dos trabalhadores, responsáveis por fazer o motor da nossa nação em constante funcionamento! Feliz Dia do Trabalho! Como já diz o conhecido ditado: "o trabalho dignifica o homem!" Feliz Dia do Trabalhador! Não importa se é médico, advogado, empresário, faxineira ou porteiro... Todos os trabalhos são dignos e os trabalhadores devem ser respeitados e reconhecidos pelos serviços que prestam ao bem da comunidade! Feliz Dia do Trabalho! 1º de Maio - Dia da Literatura Em 1º de maio, comemora-se o Dia da Literatura Brasileira, data em que nasceu o escritor José de Alencar, considerado um dos mais importantes autores brasileiros. Um dia específico para homenagear a diversidade de autores e obras produzidas no país é um reconhecimento a um elemento cultural fundamental para a construção identitária de uma nação. O que se comemora no Dia da Literatura Brasileira? Comemora-se o Dia da Literatura Brasileira em 1º de maio, pois nessa data, em 1829, nasceu o escritor José de Alencar, autor de inúmeras obras que se tornaram clássicas da literatura nacional, como O guarani (1857), Lucíola (1862) e Senhora (1875). A escolha do dia de nascimento desse escritor para comemorar a importância de toda literatura brasileira deu-se em razão, sobretudo, do empenho de José de Alencar em prol da construção de um conjunto de obras genuinamente brasileiras, com enredos centrados em temáticas nacionais e formuladas em uma linguagem mais próxima possível do português falado no Brasil. Esse projeto nacionalista, que era a bandeira principal do romantismo, teve, portanto, José de Alencar como seu principal representante. José de Alencar, com sua obra constituída sobre temáticas brasileiras, como a representação de enredos passados no meio rural, no meio urbano, em contexto cultural indígena, abriu espaço para que se consolidasse no Brasil uma produção literária cada vez mais distanciada da portuguesa. Para conhecer mais acerca da vida e obra do autor homenageado no Dia da Literatura Brasileira, leia: José de Alencar. Movimentos literários do Brasil A história da literatura divide-se em fases temporais, cada uma com características estéticas, formais e ideológicas específicas, representando, no plano literário e artístico, o pensamento vigente da época de sua ocorrência. No Brasil, essas fases, ou movimentos literários, dividem-se em: · Quinhentismo: vigente no século XVI, correspondeu à fase inicial da literatura brasileira, caracterizada pela ocorrência de relatos de informação e textos de catequese. O padre José de Anchieta foi o principal autor desse período. · Barroco: vigente no século XVII, esse movimento refletiu os conflitos espirituais do homem, por isso o uso recorrente de antítese nas obras desse período. Destacaram-se os autores Padre Antonio Vieira e Gregório de Matos. · Arcadismo: vigente no século XVIII, esse movimento teve como marcada a busca pela racionalidade e pelo equilíbrio do classicismo. Destacaram-se os autores Tomas Antonio Gonzaga, Basílio da Gama e Cláudio Manoel da Costa. · Romantismo: vigente no século XIX, que destacava o romance. Os autores mais relevantes do período foram Castro Alves, José de Alencar, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo. · Realismo: vigente no fim do século XIX, esse movimento buscava reproduzir os conflitos humanos e sociais da forma mais real possível. Destaque para Machado de Assis, Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia. · Naturalismo: concomitante à ocorrência do realismo, também primava pela objetividade, mas associada a um tom cientificista e ao determinismo social. Destacaram-se Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia. · Simbolismo: vigente no fim do século XIX, esse movimento opôs-se ao realismo/naturalismo, privilegiando, portanto, um tom místico. Seu principal representante foi o poeta Cruz e Souza. · Parnasianismo: vigente no início do século XX, esse movimento caracterizou-se pela valorização de formas rígidas no poema e utilização de temáticas clássicas. Os principais autores foram Olavo Bilac e Raimundo Correa. · Pré-modernismo e modernismo: movimentos que aconteceram de 1902 a 1930. Os autores mais influentes foram Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos e Monteiro Lobato (pré-modernismo); Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo e Mario de Andrade (modernismo). Dia da Literatura Brasileira | 1 de maio - Calendarr
Cinco grandes autores da literatura brasileira 1. Machado de Assis Nascido em 21 de junho de 1834, na cidade do Rio de Janeiro, e falecido em 1908, na mesma cidade, foi o principal autor do movimento realista brasileiro. Suas principais obras são Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro (1899). 2. Graciliano Ramos Nascido no interior de Alagoas, em 27 de outubro de 1892, e falecido em 1953, no Rio de Janeiro, foi um dos principais autores do chamado romance regionalista. Suas principais obras são São Bernardo (1934) e Vidas Secas (1938). 3. Guimarães Rosa Nascido em Cordisburgo, interior de Minas Gerais, em 27 de junho de 1908, e falecido em 19 de novembro de 1967, no Rio de Janeiro, foi um dos mais importantes contistas e romancistas modernista. Sua principal obra é Grande sertão: veredas (1956). 4. Carlos Drummond de Andrade Nascido em 31 de outubro de 1902, na cidade de Itabira, Minas Gerais, e falecido em 1987, no Rio de Janeiro, é considerado o maior poeta brasileiro. Entre inúmeros livros de poesia e crônica, destacam-se as obras poéticas Sentimento do mundo (1940), A rosa do povo (1945), e Amar se aprende amando (1985). 5. Clarice Lispector Nascida na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, e falecida em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, é considerada a mais importante voz feminina na literatura brasileira. Destacam-se, no conjunto de sua produção literária, os seguintes livros: A paixão segundo GH (1964), Felicidade Clandestina (1971), A hora da estrela (1977). Veja também: 23 de abril – Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral Cinco obras que você precisa conhecer da literatura brasileira 1. Noite na taverna Publicada em 1855, essa narrativa de Álvares de Azevedo (1831-1852), principal escritor da segunda geração do romantismo brasileiro, estrutura-se de modo a assemelhar-se a um livro de contos ou a uma novela, podendo ter suas partes lidas separadamente, apesar de ter um fio narrativo que as liga. O enredo gira em torno dos jovens boêmios Solfieri, Johann, Gennaro, Bertran, Hermann e Arnold, os quais, em uma taverna, contam histórias macabras que viveram um para o outro. 2. Dom Casmurro Publicado em 1899, esse romance, de Machado de Assis (1834-1908), é considerado um dos mais enigmáticos da história da literatura brasileira. Acometido por dúvidas e incertezas quanto à fidelidade de sua finada esposa (Capitu), o narrador-personagem Bento Santiago (Bentinho) conduz o leitor a seu passado, o qual tenta, por meio da narrativa, reconstituir a fim de “atar as duas pontas da vida”. Capitu traiu ou não Bentinho? Isso fica em aberto na obra, porém é justamente a construção narrativa ambígua, que se abre ora a uma ora a outra possibilidade, que faz desse clássico da literatura uma verdadeira obra-prima. 3. São Bernardo Publicado em 1934, esse romance, de Graciliano Ramos (1892-1953), é narrado por Paulo Honório, órfão pobre de pai e mãe que consegue, por meio de negociações vantajosas e questionáveis, adquirir a fazenda São Bernardo no interior alagoano. Após reestruturar a propriedade e tornar-se um fazendeiro influente, casa-se com a jovem professora Madalena, com quem tem embates e brigas por pensarem diferente: enquanto Paulo Honório mostra-se como um típico capitalista interessado unicamente em prosperar economicamente, sua esposa mostra-se solidária em relação aos explorados trabalhadores da fazenda. Após Madalena sucumbir a esse embate, Paulo Honório, já velho, procura reconstituir, com remorso e arrependimento, sua história, na tentativa de passá-la a limpo. 4. As horas nuas Publicado em 1989, esse romance, da escritora Lygia Fagundes Telles (1923), inova em muitos aspectos, principalmente em relação ao foco narrativo. Rosa Ambrósio, atriz decadente, expressa um monólogo interior em que expõe suas angústias psicológicas ao retomar seu passado e analisar seu presente. Coexistindo com essa narradora inicial, chama a atenção a presença de um pitoresco narrador, o gato de Rosa, chamado Rahul, o qual, com muita ironia, tece comentários acerca do que vê ou já viu no núcleo familiar da trama. Há ainda um terceiro narrador, dessa vez onisciente, que se centra na personagem Ananta, analista de Rosa Ambrósio. Além da multiplicidade do foco narrativo, merecem destaque o modo fragmentado com que o tempo e o espaço são apresentados. 5. Lavoura arcaica Publicado em 1975, esse romance, de Raduan Nassar (1935), adaptado às telas de cinema em 2001 pelo diretor Luiz Fernando de Carvalho, é narrado em primeira pessoa por André, um jovem da zona rural que deixa sua família, centrada na figura autoritária de seu pai, de descendência árabe, para morar só em uma cidade do interior. Mais do que o enredo, centrado nas inquietações subjetivas de um jovem oprimido pela figura paterna, destaca-se nessa obra o trabalho com a linguagem, que é elevada a um nível poético, já que o autor prioriza uma construção sintática muito concisa e rica em significado. Além disso, a intertextualidade com o texto bíblico e com elementos da tradição árabe é fator que enriquece essa obra de Raduan Nassar. Crédito da imagem [1] Nido Huebl / Shutterstock Publicado por: Leandro Guimarães

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