Outrora em Taborda
15/10/2018
Por Gustavo Sobral
Heráclito Vilar emproando a palavra,
carregava nas letras demorava para dizer a sua Tabouuurrrda, capaz até
de tomar eco, tão grande e compridas eram as terras, era a sua Taborda.
Lá passava um riacho azul e muita coisa no engenho dele e de dona
Marriquinha, sua mulher, que só ele recordando contava, como uma certa
vez lá ele estava e rumando para um passeio e uma cutia ele avistou no
mato e achou de perseguir.
Outrora em Tabooorrrda sai para andar com
um cachorro e levei a espingarda. Quando ia no caminho assustei uma
cotia e o cachorro botou atrás. Eu aprumei a espingarda e disparei,
meti chumbo do grosso para cima da cutia. E nada, que errei o tiro. E
parti atrás. A cutia tome a correr, eu tome a correr atrás, pois a
cutia continuou e entrou num buraco que tinha logo mais pela frente,
pois lancei a mão e puxei a cotia pelo rabo. Heráclito, e cotia tem
rabo? As de Taborda tem.
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