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27/05/2018

A MEMÓRIA RESGATADA



A MEMÓRIA RESGATADA – Berilo de Castro


       Acompanho na mídia esportiva, ano a ano, as justas e merecidas festividades dos finais de campeonatos promovidas pela Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol. A escolha e a premiação da seleção do ano; o melhor jogador; o artilheiro do certame e, como não podia faltar, a escolha da musa do campeonato. Tudo bem. Faz parte do bom jogo.
          Não querendo ser, e sendo, saudosista, me vem a pergunta: Que tal promover e organizar em época oportuna uma grande e bela festa para homenagear o centenário Estádio Juvenal Lamartine e os seus parceiros jogadores? —uma digna e reconhecida homenagem ao palco maior do nosso futebol e aos seus protagonistas.
          Reuniria representantes dos três maiores clubes, ainda  em atividade: ABC, América e Alecrim e, mais aqueles que não mais existem, como: Santa Cruz ( de Euclides Lira e Evaldo Maia), Riachuelo,( do Almirante Silveira Lobo e Tenente   Castro), Atlético ( de João Machado e Brígido Ferreira), Ferroviário ( de João Batista Paiva — Joãozinho ), Aluízio Menezes e José Pereira), do Força e Luz ( de Vital e Pierre ) e o  Globo FC ( do gringo Imere Frede, fabricante e comerciante de móveis residenciais), que tanto abrilhantavam as alegres e ricas tardes de domingo e das quartas-feiras à noite no JL.
         Chamaria a veterana imprensa esportiva; iríamos rever com emoção os nossos decanos: Everaldo Lopes, os irmãos Roberto e Franklin Machado, Hélio Câmara, José Jorge, Albimar Furtado,  Almeida Filho, José Ari, Zé Lira — o plantão esportivo Bola de Ouro, — e outros viventes da nossa memorável radiofonia esportiva.
         Seriam convidados os nossos heróis e sofridos árbitros: Nelson Luzia, Guaraci Picado, César Virgílio, Ailton Messias, que atuavam sem cartões disciplinares, sem árbitros vigias, sem os recursos de áudio e da televisão; assim como, os protagonistas maiores: os jogadores, ídolos incontestáveis, que praticavam um belo e bom futebol, em gramado inadequado, usando material de péssima qualidade e ganhando miçanga.
         Não esqueceria, por justiça, o funcionário Manoel, menino criado no JL e que se tornou o seu mais fiel e dedicado colaborador/funcionário, que dedicou grande parte da sua vida, prestando inestimáveis serviços:  zelador, cuidador do campo e responsável direto por toda burocracia da Federação, —conhecia e sabia de tudo — “braço direito” de todos os seus Presidentes.
         Todos seriam agraciados com uma comenda, que receberia o nome de Jorge Tavares de Morais — Jorginho, uma justíssima  homenagem ao maior ídolo da história do futebol do Ro Grande do Norte, no JL.
          Seria um grande e inesquecível encontro, que teria como palco, o próprio Estádio, higienizado, pintado e bem iluminado. Não tenho dúvida, o evento teria uma grande receptividade de toda a cidade, em especial daqueles que admiram e ainda vivem com a memória aguçada do futebol praticado no passado — merecedor da bela e histórica confraternização.
Berilo de Castro – Escritor
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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