57 anos de UFRN
Publicação: 2015-06-25 -http://tribunadonorte.com.br/noticia/57-anos-de-ufrn/317375
Ângela Maria Paiva Cruz
Reitora da UFRN
Quem
dos potiguares acima dos 40 anos não tem um familiar que não tenha
passado, estudado, “se formado” nas salas de aula da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)? A indagação é apenas para
rememorar que essa instituição tão familiar a cada um dos
norte-rio-grandenses, completa 57 anos no próximo dia 25 de junho.
Lembramos disto por que sabemos que a UFRN faz parte da história de boa
parte dos norte-rio-grandenses e ocupa algum cantinho do baú de nossas
memórias afetivas. De certa forma mistura-se às lembranças de milhares
de histórias de nossas vidas.
Falar
sobre esse fato não nos remete a saudosismos. Mas, sim, à consciência
de sabermos que conduzimos, e agora pela segunda vez desde o dia 28 de
maio, não apenas uma Universidade e sim a maior e mais antiga, e há
certo tempo uma das melhores entre as públicas do Norte e Nordeste
brasileiros. É certo que cinco décadas não são nada diante da história
das primeiras universitas lá do século XII. Entretanto, assim como as
milenares, a nossa UFRN se tornou em sua curta história de vida um
patrimônio público, pois foi forjada na cultura do povo potiguar.
Fundada
em âmbito estadual pelo Governo Dinarte Mariz, e denominada
Universidade do Rio Grande do Norte, foi federalizada dois anos depois,
passando a ser chamada carinhosamente de UFRN. Instalada na antiga casa
da Av. Hermes da Fonseca, onde funciona atualmente o Comando do 3º
Distrito Naval, a instituição passou a ter “o jeito de ser de uma
universidade” quando na década de 70 se mudou para o campus central, em
Lagoa Nova, nos limites da BR 101. Cresceu nesse grande bosque de cerca
de mil hectares e ampliou sua infraestrutura; avançou na qualidade e
diversificou a oferta de serviços na área do ensino público superior. Em
cinco décadas a UFRN se tornou referência no que faz, principalmente
pela pesquisa voltada para o uso social. Estendeu os braços do campus
central, na capital, e alcançou o interior do estado, começando por
Macaíba, Região Metropolitana da Grande Natal, e chegando às Regiões do
Trairí e do Seridó.
Aliás,
desde os reitorados do Professor Onofre Lopes da Silva, um grande
construtor desse projeto chamado UFRN, a instituição dialoga, troca
saberes, permuta serviços com as comunidades interioranas. O CRUTAC em
Santa Cruz é uma prova dessa vocação e serviu de modelo de “extensão
universitária” para instituições nacionais e de fora do Brasil. Já se
vão 15 mandatos exercidos por nomes de expressão em diversas áreas da
comunidade universitária da UFRN e registre-se que todos deixaram marcas
do seu trabalho em benefício do desenvolvimento institucional. Por isso
nos tornamos esse gigante e atingimos essa data com grandes feitos.
Queremos
reafirmar nessa data que a instituição mantém com a mesma vocação para
alargar os horizontes do ensino de graduação, pós-graduação, técnico e
tecnológico que oferta. Estamos de parabéns todos que fizemos parte
dessa história, principalmente a sociedade norte-rio-grandense, a quem
servimos. Porém, concomitante a esse olhar para o que fomos e somos, e
além das preocupações com a gestão diária dos processos internos, temos a
obrigatoriedade de zelar pela imagem que a UFRN espelha para a região
na qual se insere. Enquanto gestor deve-se visualizar um futuro para a
instituição, de forma que a contemple sempre como uma estrela a iluminar
o caminho de centenas de milhares de pessoas que virão a passar por
aqui.
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