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13/09/2014


O JL SOBREVIVERÁ
Por: Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor

            Notícia reconfortante, no meio desse cipoal de coisas ruins que vivenciamos nessa terra de Poty – “O Stadium JUVENAL LAMARTINE” sobreviverá ‘ad, aeternum’.
            A propósito, realçando a corajosa decisão do Desembargador Cláudio Santos, ressalto a beleza da crônica do estimado Rubens Lemos Filho, cuja infância exilada não lhe tirou a herança lírica do velho Rubão, dando as cores da alegria à história pungente daquela velha praça de esportes do Tirol, de uma só catraca.
            De repente, a pena suave de Rubinho, traça para o presente o perfil daqueles vibrantes craques das grandes pelejas das tardes de sol de Natal ou das noites mal iluminadas do antigo campinho, cujos nomes não ouso registrar, para não ser traído pelas já decadentes ‘prateleiras da memória’, como costumava dizer o inesquecível João Machado, embora possa nomear os meus ídolos: Jorginho, Wallace (meu primo) e Alberi, sem esquecer os emblemáticos Sansão e Pernambuco e também Perequeté, com a sua toquinha no cabelo.
            Estou, também, nesse time que aplaude com convicção ortodoxa a preservação daquele patrimônio sentimental de várias gerações, que recebeu a visita dos imortais Pelé e Garrincha.
            Fiz fileira com os torcedores que ao findar dos jogos retornavam pela Jundiaí, discutindo sapiência da tática futebolística, aproveitando a brisa canalizada pelas frondosas árvores que acompanhavam toda a extensão daquela avenida, entrelaçadas como uma cobertura ecológica,  até desembarcar no Grande Ponto e de lá cada um tomar o seu rumo.
            Por mais que me esforce, não terei o brilho de Rubinho, cuja coluna ‘Passe Livre’ deve ser lida na íntegra, para o deleite de uma crônica genial desse jornalista que conheci nos primeiros passos da profissão e, por tabela do seu pai, coloquei na minha lista de pessoas admiráveis.

            O JL teve melhor sorte que o sempre lembrado Castelão (Machadão), pelo que só me resta parabenizar o Desembargador Cláudio, pelo desprendimento e a Rubens Lemos Filho, pela doçura da palavra escrita.

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