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15/08/2014

JF

João de Deus Gonçalves, do Reino de Portugal para Angicos

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
João de Deus Gonçalves deixou grande descendência em Angicos e outras localidades deste Rio Grande do Norte. Para começar, vamos ao registro de batismo de um filho, onde aparece a sua naturalidade: Antonio, filho legítimo de João de Deus Gonçalves e Francisca das Chagas de Azevedo, naturais: ele, do Reino de Portugal, e ela, desta Freguesia, onde são moradores, nasceu a dezessete de março de 1853, e foi por mim batizado com os santos óleos, nesta Matriz de São José de Angicos, aos vinte e nove de junho do mesmo ano. Foram padrinhos José Joaquim Fernandes, casado, e sua filha Maria Petronilla Fernandes, solteira, por seus procuradores João Teixeira de Sousa, casado, e Francisca Joaquina de Deus Gonçalves, solteira, todos moradores nesta Freguesia. Felis Alves de Souza. 
Antonio faleceu, no ano seguinte, de sarampo. O padrinho, José Joaquim Fernandes, era português, casado com Maria Martins Ferreira, minha tia-trisavó, filha do capitão João Martins Ferreira, ambos fundadores de Macau. Maria Petronilla, sua filha, foi casada com o português Balthazar de Moura e Silva.
Outros filhos encontrados foram: Anna Florência de Deus Gonçalves, que nasceu aos dezesseis de março, de 1836, e foi batizada, aos 4 de abril do mesmo anos, na capela de São José de Angicos, sendo padrinhos Antonio Lopes de Azevedo Viegas, casado, e Maria Josefa da Conceição. Anna casou, em 21 de novembro de 1870, com Francisco Alexandre Pereira Pinto, filho de Alexandre Francisco Pereira Pinto e Damásia Francisca dos Santos Leal; João Evangelista de Deus Gonçalves, que nasceu aos 26 de dezembro de 1839, e foi batizado aos 6 de janeiro de 1840, sendo padrinhos Francisco Antonio Teixeira, por procuração que apresentou de José Brandão da Rocha, de Pernambuco, e Ignácia Maria da Conceição, por procuração de Anna Martins Ferreira, casada. João Evangelista foi sepultado aos 6 de abril, de 1870, tendo falecido em consequência de uma espinha carnal, com a idade de 31 anos incompletos; José Gorgônio de Deus Gonçalves que nasceu aos 9 de setembro de 1841, e foi batizado, em artigo de morte, por Francisco Antonio Teixeira,aos 15 de outubro do mesmo ano. Casou, em 22 de novembro de 1885, com Rita Xavier da Costa.
Joaquim Firmino de Deus Gonçalves, outro filho de João de Deus e Francisca das Chagas, nasceu aos 10 de janeiro de 1845, e foi batizado, na Matriz de São José de Angicos, aos 19 de março do mesmo ano, sendo padrinhos Cláudio Mendes Brandão, por procuração de Jerônimo Cabral Pereira de Macedo, e Ignácia Maria da Conceição.  Joaquim Firmino casou, em 23 de agosto de 1874, com Maria Pinheiro de Vasconcellos Costa, filha de Miguel Pinheiro de Vasconcellos Costa e de Antonia Egina Francelina de Vasconcelos, na presença de José Gorgônio de Deus Gonçalves. Joaquim Firmino e Maria Pinheiro geraram Joaquim Firmino de Deus Gonçalves Filho, que nasceu aos treze de novembro de 1881, e foi batizado, na Matriz, no primeiro de janeiro de 1882, sendo padrinhos Bacharel Amaro Carneiro Cavalcanti Bezerra (pernambucano) e Maria Fortunata Carneiro, e Maria Magdalena de Deus Gonçalves. Joaquim Firmino Filho casou, primeiramente, com Francisca das Chagas Gonçalves, e quando enviuvou dela, casou com tia Crináura Martins Trindade, irmã de meu pai. Desse último casal nasceu outro Joaquim Firmino, e, também Francisca (Fanny), que faleceu este ano e morava no Recife, mãe de Zelita Faro.
Outra filha de João de Deus e Francisca das Chagas, Quitéria Olímpia de Deus Gonçalves, casou, em 29 de setembro de 1861, com João Felippe Teixeira de Sousa, viúvo, por falecimento de parto, de sua esposa Josefa Carolinda Maria Rosalinda (aos 23 anos de idade, em 24 de junho de 1860). Ele era filho de José Teixeira de Sousa e Maria Manoela da Conceição. Quitéria faleceu de febre, em 27 de março de 1878, com a idade de 40 anos.
Um dos filhos de João Felippe e Quitéria Olímpia foi João de Deus Gonçalves (Janjão), mesmo nome do avô, que casou com minha tia-avó Maria Jovelina da Costa Torres. Deste último casal nasceu Maria Gonçalves, avó de João Felipe de Medeiros, e do senador Carlos Alberto.
Outro filho de João Felippe e Quitéria foi José Tito Teixeira de Souza, que casou em 1887, com Maria Ignácia Xavier de Carvalho, filha de Cosme Teixeira Xavier de Carvalho (meu tio-bisavô) e Francisca Bella Carneiro de Mello. De José Tito e Maria Ignácia nasceram, entre outros: Maria Francisca, mãe de Antonio Xavier (ex-padre); Francisco Tito, pai de Hildebrando (ex-prefeito de Santa Cruz); e José Tito Filho, pai do professor José Tito Junior.
No inventário de Marianna Lopes, esposa de Francisco Antonio Teixeira de Souza, está escrito: Aí foi por ele, juiz, nomeado curador dos órfãos deste inventário, ao tio dos mesmos, João de Deus Gonçalves. A princípio pensei que João de Deus fosse irmão de Francisco Antonio, mas depois concluí que era tio afim, e, portanto, Dona Francisca das Chagas de Azevedo era quem era irmã de Dona Marianna Lopes Viegas, ambas filhas do capitão Francisco Lopes Viegas e  Anna Joaquina de Azevedo. 
Aos 17 de dezembro de 1877, foi sepultado no cemitério público desta Vila, em Catacumba, o cadáver do tenente-coronel, João de Deus Gonçalves, morador nesta Freguesia, casado que era com Francisca de Deus Gonçalves, e falecido de hidropisia, aos dezesseis do dito mês e ano, com todos os sacramentos na idade de 75 anos. Felis Alves de Souza.
Joaquim Firmino Filho

Crinaura Trindade

Francisca (Fany)

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