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05/06/2014


Dicionário Nordeste
 

Geraldo Duarte*
1941. Marco inicial de um trabalho inédito e enriquecedor do conhecimento nacional. O potiguar Luís da Câmara Cascudo principiava a desafiante feitura de seu Dicionário do Folclore Brasileiro. Treze anos de pesquisas, estudos, compilações e interações com as populações nordestinas para a consecução da inestimável obra. Assim, desde a 1ª edição, em 1954, e até hoje, na 12ª, o quase milhar de páginas daquele léxico continua fonte de consulta obrigatória e recorrente para estudiosos do gênero.
Em mesmo trilhar, Florival Seraine, paraense radicado em Fortaleza e membro da Academia Cearense de Letras, em 1958, lançou o distinguido Dicionário de Termos Populares, contendo verbetes do Nordeste, porém com enfoque maior  à terminologia da nossa gente. Soma mais de 5.000 entradas com bases linguísticas irretocáveis. Festejado filólogo, historiador e escritor, Florival mereceu destaque na erudição literária pátria.
Em 1982, nobilitando o universo maior da cultura, Tomé Cabral Santos, conterrâneo nosso, produziu o Novo Dicionário de Termos e Expressões Populares. 18.000 vocábulos nas 786 páginas, com 384 citações de célebres autores. De lavra sua, também, a Moderna Gramática da Língua Portuguesa, quando era professor da Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Passadas três décadas, um pernambucano morador em São Paulo decidiu formar o quarteto máximo dos lexicólogos regionalistas. Fred Navarro, jornalista e literato, oferece agora, em 700 páginas e 5000 termos, o Dicionário do Nordeste, produção enaltecedora para a literatura regional brasileira.
Raro e rico tesouro esses quatro glossários.

                                  *Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.   

 

 

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