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18/02/2017
17/02/2017
EM
DIA COM A ACADEMIA Nº 36 DE 16/2/2017
Cuidando da Memória Acadêmica
Agenda
MARÇO
10 de março de 2017
Posse: Lívio Oliveira cadeira 15
30
de março de 2017
1 - Eleição cadeira 2
(último ocupante Ernani Rosado)
Candidatos inscritos:
Humberto Hermenegildo e Naide Gouveia
2- Necrológio de Dorian
Gray
A Saudação In memoriam será proferida por Diogenes
da Cunha Lima
3 - Lançamentos da Revista da ANRL Nº 50
Inscrições abertas pelo período de 60 dias de 14-2 a 14-4-2017
Necrológio
de José de Anchieta (14-2-2017)
A Saudação de Louvor a José de Anchieta Ferreira da
Silva foi proferida pelo Acadêmico João Batista
Pinheiro Cabral.
Simone Souza Ferreira Azevedo, Zuleide Souza Ferreira,
Diogenes da Cunha Lima, Leide Câmara e João Batista Cabral.
Necrológio de José de
Anchieta (14-2-2017) Necrológio
de José de Anchieta (14-2-2017)
Necrológio
de José de Anchieta (14-2-2017)
Presença dos Acadêmicos:
Diogenes da Cunha Lima. João Batista Cabral, Manoel Onofre Jr.
Carlos Gomes, Jurandyr Navarro, Sônia Faustino. Paulo de Tarso, Eulália
Barros, Leide Câmara, Armando Negreiros, Cassiano Arruda e Lívio Oliveira
(eleito)
Presença dos familiares:
Zuleide Souza Ferreira e Simone Souza
Ferreira de Azevedo
Convidados:
Daladier da Cunha Lima, Naide Gouveia, Francisco Rodrigues, Clauder Arcanjo.
Acadêmica Leide Câmara
Secretária Geral
e-mail: academianrl@gmail.com
e-mail: leide.camara@live.com
Fone
9.9982-2438
CNPJ: 08.343.279/0001-18
Rua: Mipibu, 443 – Petrópolis – Natal/RN CEP 59020-250
- Telefone: 84- 3221.1143
http://www.academialetras.com.br
/ E-mail: academianrl@gmail.com
FAZENDA UBERABA
Valério Mesquita*
Encontrei no beco das
minhas saudades, rebuscando a memória, o
vocábulo Uberaba. Era a propriedade do meu pai em Sucavão, perto de Riacho do Mel,
Mata Verde e Traíras, no município de Macaíba. Com a partilha dos bens do
espólio de Alfredo Adolfo de Mesquita pelo falecimento de sua esposa Ana
Olindina de Mesquita (mãe do meu pai), ele adquiriu no final dos anos quarenta
essa fazenda. Construiu o açude, demarcou as terras e ergueu a imensa casa
alpendrada num alto, mandando pintá-la toda de branco. A energia elétrica
provinha de um gerador e a água servida era da cisterna e do poço à cata-vento,
além do açude. Alfredo Mesquita plantava milho, feijão, agave, algodão e criava
um plantel de gado leiteiro. Percorria a propriedade e os lugarejos próximos a
cavalo. Nídia, minha irmã, também era excelente cavaleira, enquanto eu, ainda
menino, montava um cavalo manso que “não desembestava” chamado “Boa Viagem”. Eu
me sentia o próprio Durango Kid. “Uberaba” tornou-se o paraíso simples e
bucólico de todos nós, o oásis que retemperava o meu pai para os embates
políticos. Aqui e acolá, ele a hipotecava ao Banco do Brasil para pagar as
dívidas políticas. E assim foi, até um dia perdê-la de vez, vendendo-a ao
agro-pecuarista Adauto Rocha em 1961.
Foi uma das maiores
tristezas de nossas vidas. Minha mãe, Nídia e eu choramos a sua perda e todo um
universo de gratas reminiscências. A fazenda foi palco de vaquejadas políticas
com a presença de governadores, senadores e deputados: José Varela, Silvio
Pedroza, Theodorico Bezerra, Georgino Avelino, Dioclécio Duarte, entre outros,
pesos pesados do PSD. O exercício da política, foi, aos poucos, depredando a
propriedade. Até ferrar novilhas para presentear afilhados de batismo se tornou
um ritual do velho Mesquita em favor do compadrio político. Homem solidário e
de largueza de gestos tornou-se presa fácil dos oportunistas da política e logo
empobreceu.
A Fazenda Uberaba pertenceu
depois de Adauto Rocha ao Sr. Manoel Flor que a vendeu, posteriormente, ao Sr.
Vicente Flor, proprietário da Empresa Riograndense. Ao longo de certo tempo,
seu Vicente sempre me convidava para revisitá-la. Desculpei-me inúmeras vezes,
com receio de enfrentar as emoções daquele mundo perdido de minha infância.
Certa vez, numa campanha eleitoral, passei ao longe, na estrada, num final de
tarde. Pedi para parar o carro. Desci com alguns companheiros de peregrinação
política para a contemplação da paisagem linda e quieta. Chorei copiosamente
como se tomado e vencido por estranha força. Voltei ao veículo e em silêncio
permaneci até chegar a minha casa em Macaíba. A saudade é dor pungente.
(*) Escritor
16/02/2017
Mais uma do PAPA FRANCISCO
"Você pode
ter defeitos, ser ansioso, e viver alguma vez irritado, mas não esqueça
que a sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode impedir que vá
em declínio. Muitos lhe apreciam, lhe admiram e o amam. Gostaria que
lembrasse que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, uma estrada sem
acidentes, trabalho sem cansaço, relações sem decepções. Ser feliz é
achar a força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do
medo, amor na discórdia. Ser feliz não é só apreciar o sorriso, mas
também refletir sobre a tristeza. Não é só celebrar os sucessos, mas
aprender lições dos fracassos. Não é só sentir-se feliz com os aplausos,
mas ser feliz no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena
viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões, períodos de
crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista para
aqueles que conseguem viajar para dentro de si mesmo. Ser feliz é parar
de sentir-se vítima dos problemas e se tornar autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si, mas conseguir achar um oásis
no fundo da nossa alma. É agradecer a Deus por cada manhã, pelo milagre
da vida. Ser feliz, não é ter medo dos próprios sentimentos. É saber
falar de si. É ter coragem de ouvir um "não". É sentir-se seguro ao
receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, mimar os
pais, viver momentos poéticos com os amigos, mesmo quando nos magoam.
Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um de nós, livre,
alegre e simples. É ter maturidade para poder dizer: "errei". É ter a
coragem de dizer:"perdão". É ter a sensibilidade para dizer: "eu preciso
de você". É ter a capacidade de dizer: "te amo". Que a tua vida se
torne um jardim de oportunidades para ser feliz... Que nas suas
primaveras seja amante da alegria. Que nos seus invernos seja amante da
sabedoria. E que quando errar, recomece tudo do início. Pois somente
assim será apaixonado pela vida. Descobrirá que ser feliz não é ter uma
vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Utilizar
as perdas para treinar a paciência. Usar os erros para esculpir a
serenidade. Utilizar a dor para lapidar o prazer. Utilizar os obstáculos
para abrir janelas de inteligência. Nunca desista....Nunca renuncie às
pessoas que lhes ama. Nunca renuncie à felicidade, pois a vida é um
espetáculo incrível".
Papa Francisco.
15/02/2017
O tempo e o espaço dos amigos
Tomislav Femenick
Algumas ocorrências
recentes provocaram em mim sentimentos daquilo que antigamente se costuma
chamar de “emoção existencialista”. Explico. Essa atitude se caracteriza pela
mistura do conceito do mundo real com especulações
sobre a busca da racionalidade, por meio de um conceito abstrato da existência. Não, não é nada
filosófico e chato. No meu dia-a-dia “pão-pão, queijo-queijo” não há espaço
para Kierkegaard, Heidegger, Sartre, Espinosa, Descartes e Leibniz. Isso eu deixo para os momentos de ócio absoluto,
quando os pensamentos voam livres, desapegados da vida.
Foi assim que descobri algo que muitos outros já devem ter descoberto
antes de mim: quando nascemos tem inicio um período em que pessoas, fatos e
lembranças vão se agregando à nossa existência em uma velocidade e quantidade
imensas. Pai, mãe, parentes, vizinhos, as brincadeira da infância, colegas da
escola e do trabalho, as namoradas, as farras, as viagens, o que aprendemos nos
estudos e pelo simples fato de viver. Alguns desses elementos permanecem vivos
em nossa consciência, outros parecem desaparecer para inesperadamente
reviverem, despertados por um incidente inesperado qualquer.
Em certa etapa da vida tem inicio um processo reverso. Começamos a
perder lembranças de acontecimentos que no passado foram importante pera nós,
nos distanciamos dos antigos vizinhos e colegas da escola e do trabalho e, o
mais duro, começamos a perder para sempre parentes e amigos, ceifados pela
inexorabilidade da morte.
Os últimos anos foram pródigos nessas perdas. Lá se foram minha mãe e
minha tia Albinha, os últimos viventes de uma prole de vinte e um nascidos do
casal José Rodrigues e de Dona Mariquinha, meus avós maternos. Da família de
meu pai croata, nunca tive notícia a não ser de um primo, isso há quase
sessenta anos. Perdi também vários amigos, entre eles Dorian Gray Caldas.
E agora recebo a notícia do falecimento de Assis Amorim. Esse um amigo
especial. Tornamo-nos próximos nos encontros casuais havidos no coreto da Praça
Antonio Joaquim, lá em Mossoró, quando discutíamos tudo, até o que não sabíamos
nada de nada. Lá estava Assis e pontificar, com um vocabulário esmerado –
depois descobrimos que ele se preparava para esses encontros e encaminhava a
discussão para ai distribuir conhecimento. Pequenos pecados da juventude, mas
que serviram para espalhar saberes.
Francisco de Assis Freitas Amorim (FAFA para os íntimos) era um ser com
características variadas e peculiares. Idealizador e planejador de prédios sem
ser arquiteto, construtor sem ser engenheiro, bancário do Banco do Nordeste –
ocasião em que trabalhamos junto –, vereador, deputado estadual, economista,
advogado e juiz. Acima de tudo era um ser de uma inteligência rara que só
aqueles que desfrutaram de seu convívio podem aquilatar.
Lembro-me de uma série de conversa que uma vez tivemos. Nós, dois jovens
inquietos intelectualmente, resolvemos entender a tal lei da relatividade de
Einstein. Sempre empacávamos nos fatores “tempo” e “espaço”, os quais entendíamos como inseparáveis.
Até que um dia resolvemos, por conta própria, separa-los e os projeta-los no
curto e longo prazo. Isso sem ajuda de ninguém, nem do Padre Sátiro – nosso eterno professor e diretor –, pois éramos
jovens e, como tal, autossuficientes. Trazendo nossa especulação para nosso
terreno, resolvemos que “tempo” era uma questão de escolha pessoal e que o
espaço era coisa de Deus. Simples assim. Como era bom ser jovens e
descompromissados; compromisso só com nós mesmo.
Lamento bastante não ter me encontrado com Assis mais vezes nos últimos
anos. Mesmo recentemente quando fui a Mossoró proferir palestra na UFERSA, na
Universidade Estadual ou na Maçonaria não tive tempo de visita-lo. Agora me
penitencio e vejo que desperdicei o meu tempo ao não encontra mais vezes o meu
amigo e com ele jogar conversa fora.
14/02/2017
EDITAL Nº 1, DE 1/2/2017
Assembleia Geral In Memoriam
O Presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras - ANRL, na forma regimental, convoca
os Senhores Acadêmicos para a Assembleia Geral Sessão
In Memoriam ao Imortal
José de Anchieta Ferreira da Silva,
primeiro sucessor da cadeira 3, que tem
como patrono o Conselheiro
Brito Guerra e fundador o Professor Otto de Britto Guerra.
A
Saudação de Louvor a José de Anchieta Ferreira da Silva
será proferida
pelo Acadêmico João Batista Pinheiro Cabral.
14 de fevereiro de 2017 (terça-feira)
Na Academia Norte-rio-grandense de Letras – Térreo
Ás 17 horas
Diogenes da Cunha Lima
Presidente
13/02/2017
CURTAS E BOAS – Berilo de Castro
1 – MEGAFONE
Quando fazia atendimento ambulatorial no
Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), fui informado pela auxiliar
que não tinha mais nenhum paciente para atender. Mesmo assim, por
prudência, pedi que fizesse uma nova chamada. A assistente voltou e
confirmou que, realmente, não tinha mais ninguém.
Insisti e, em um tom de brincadeira, disse: chame no megafone!
Passado um bom tempo, volta a auxiliar e, com sinais de cansaço, diz:
– Doutor, já estou rouca de tanto chamar
por esse tal de “megafone” e esse irresponsável não dá nem sinal de
vida. Já deve ter ido embora…
2 – O DIVÃ
Em certa entrevista, como sempre ocorre,
e dá Ibope, com jogadores de futebol, o repórter pergunta ao vigoroso
zagueiro vascaíno: Odivan, de onde vem esse seu bonito nome?
– Responde o jogador: meu pai é muito fanzão
do rei Roberto Carlos e curtia muito aquela música Odivan (O divã).
Assim sendo, resolveu homenagear o rei, me batizando com esse belo e
marcante nome: ODIVAN. Sou, na verdade, um grande sucesso musical!
3 – A BENDITA MADEIRA
Anos passados, durante a construção de
um renomado colégio religioso de propriedade de um devotado homem de
Deus e dedicado educador/escritor, atento à dinâmica da construção;
alegre e irradiante, verificando o avanço da obra, com as paredes das
salas/quartos prontas e levantadas, liga para o seu competente e
confiável construtor e fala:
– “Mestre Quincas, já levantei os quartos, pode empurrar a madeira”.
Berilo de Castro – Médico e escritor
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