22/10/2016

TERRA DE ILUMINADOS

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MACAÍBA: 139 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Pesquisa e Texto de Valério Mesquita (*)
e Anderson Tavares

Os núcleos populacionais mais antigos e conhecidos nas terras onde atualmente ergue-se a cidade de Macaíba foram o arraial e o engenho Potengi (Ferreiro Torto), o segundo da capitania do Rio Grande. Foi construído pelo capitão Francisco Rodrigues Coelho e o seu sócio, o vigário do Natal Gaspar Gonçalves da Rocha. Esse primitivo engenho, bem como o arraial, tiveram vida curta. Foram destruídos e o proprietário massacrado pelas mãos invasoras holandesas em dezembro de 1634.
Ato contínuo, tendo em vista a decadência da cidade do Natal, arrasada pelos batavos, estes subiram o rio Potengi e na confluência do rio Jundiaí foi fundado a Nova Amsterdã, a qual chegou a possuir a câmara dos escabinos cujos moradores viviam da pesca, da produção de farinha e do plantio de fumo.
Porém, a história oficial do município teve início em 1770, com a demarcação do sitio Coité pelo coronel Manoel Casado. Coité era uma árvore abundante na região que o coronel passou a criar e plantar em sua propriedade. Em 1850, passa a pertencer ao capitão Francisco Pedro Bandeira de Melo, cuja filha, D. Damiana Maria Bandeira, consorciou-se com o comerciante Fabrício Gomes Pedroza, morador no engenho Jundiaí.
Fabrício Pedroza, comerciante de alto prestígio e larga visão comercial, notando a boa localização do sítio do sogro, constrói o primeiro estabelecimento comercial à margem do rio Jundiaí , e numa cerimônia em 1855 no quintal do referido estabelecimento onde plantou duas macaíbas, muda o nascente povoado de Coité para Macaíba. E convida amigos comerciantes para instalar-se na localidade. Em 1870, o major Fabrício funda a casa comercial dos Guarapes, importadora e exportadora de produtos, direto do seu porto para os EUA e Inglaterra, com a mudança do velho para Rio de Janeiro: o negócio foi fechado e abalou a frágil economia provincial.
A freguesia foi criada pela lei n° 815, de 07 de dezembro de 1877, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, santos Cosme e Damião.
A lei provincial n° 801, de 27 de outubro de 1877, deu ao povoado da Macaíba o predicamento de vila, ganhando assim autonomia administrativa, sendo transferida à câmara municipal de São Gonçalo cujo presidente era o capitão Vicente de Andrade Lima. Outra lei provincial n° 1.010, de 05 de janeiro de 1889, elevou-a à condição de cidade.
Como distrito, ou termo judiciário, Macaíba foi elevada à categoria de comarca do Potengi pela lei provincial n° 845, de 26 de junho de 1882, suprimida, posteriormente, em 1898, restaurada em 1907, foi novamente suprimida em 1914, e afinal restaurada em 08 de abril de 1918.
Pioneiro em vários aspectos, o município libertou seus escravos em 06 de janeiro de 1888, tendo a frente deste movimento o comendador Umbelino Freire de Gouveia Mello, presidente da sociedade libertadora "Padre Dantas”. A primeira casa bancária do estado foi nesta cidade, fundada pelo deputado Eloy Castriciano de Souza, que financiava as safras de açúcar de grande parte dos municípios do Ceará-Mirim à São José, incluindo o vale do Cajupiranga. Sendo ainda a promotora do trabalho feminino no comércio, uma vez que o senhor Francisco Campos era auxiliado por sua esposa e as quatro filhas em seu comércio no ano 1924.
Macaíba hoje tem uma população superior a 70.000 habitantes, uma área de 492 km, 48 escolas públicas municipais, 10.957 alunos matriculados na rede municipal de ensino, 04 (quatro) distritos (Traíras, Mangabeira, Cajazeiras e Cana-Brava), 16 (dezesseis) comunidades urbanas e 29 (vinte e nove) comunidades rurais. Faz fronteira com 08 municípios (Natal, Parnamirim, São José do Mipibú, Vera Cruz, Bom Jesus, São Pedro, lelmo Marinho e São Gonçalo do Amarante), 15 (quinze) vereadores integram o poder legislativo municipal. FPM e ICMS são as maiores fontes da receita pública.
Localiza-se a 18 quilômetros de Natal e a 09 quilômetros do antigo aeroporto Augusto Severo e é cortado por duas BR's 304 e 226, e pela RN 160. Do aeroporto internacional Aluizio Alves distante cerca de 16 quilômetros. Possui um distrito industrial composto por inúmeras empresas entre pequenas, médias e grandes (a SAM’S, MULTIDIA, COTEMINAS, COCA-COLA, RUFITOS, TEMPEROS SADIO, ARGAMASSA POTENGY, CENTER MASSAS, ÁGUA MINERAL CRISTALINA, ÁGUA MINERAL RIOGRANDE, ÁGUIA PISCINAS, RESINORTE), entre outras.
Salve a data aniversária de 27 de outubro! Salve Macaíba e a sua história! Povo que não tem história não tem futuro.


(*) Escritor.

18/10/2016

JANSEN LEIROS




ESTIMADOS LEITORES e ASSOCIADOS,
Mais uma vez temos o pesar de registrar a partida de um amigo e confrade. Na última semana foi Ernani Rosado e agora JANSEN LEIROS FERREIRA, macaibense de valor, legítimo representante da cultura de sua terra nos tempos contemporâneos, fundador e primeiro presidente da ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS.
Logo cedo, a notícia se fez presente na rede social com a triste notícia. A notícia oficial partiu do Presidente da AML:

12/10/2016

Valério Mesquita escreveu:



AS PEQUENAS ATITUDES MELHORAM O MUNDO

         Valério mesquita

Nesse planeta de dúvidas e de dívidas – muito mais do que antes – é necessário compadecesse do ser humano. As pequenas atitudes melhoram o planeta, repito e é verdade. Contudo, a cada dia, se descobre que todo homem, por mais firme que esteja é pura vaidade. Não reflete que “passa como uma sombra amontoando tesouros e não sabe quem os levará”, conforme ensinou o salmista rei Davi, no auge do declínio político e de poder. Os dias de hoje são ominosos e fatais para a humanidade. Mesmo que você ore que o Senhor é a sua luz e a ninguém deve temer. O tempo mudou muito a imagem e a rigidez disciplinar do Vaticano. O poder doutrinário não é mais tão exigente quanto o de antes. Hoje é pacífico, conciliador.
O ser humano vive a cultura do mundo das paixões, das relações homoafetivas, dos trágicos conflitos racionais, religiosos e políticos. As práticas já alcançaram o nível de extermínio. Nas favelas brasileiras o número de bandidos excedeu o de moradores pobres. Na história das repúblicas latino-americanas os índios foram vítimas de assassinatos, hoje são os doentes nos hospitais públicos pela falta de remédios e de médicos. O egoísmo dos homens corrompeu a democracia, as instituições. Tudo foi depredado: o meio ambiente, o sindicalismo, o mercado de trabalho, o sistema previdenciário, o ensino médio e superior, a legislação penal e a penitenciária. Até no Supremo Tribunal Federal, os ministros colidem e se agridem de forma banal, como nunca se viu décadas passadas. As Casas Legislativas cultivam o silêncio obsequioso em algumas questões e em outras submetem-se a dependência de cargos, favores ocasionais e sazonais.
Prefiro laborar na tese de que o homem sem acreditar na Bíblia não tem futuro na terra e nem no que cuida ou governa. Caso se torne bem sucedido, fará infeliz uma multidão de seres humanos. Certa vez, procurei ler algo sobre a trajetória do teólogo e pensador Leonardo Boff, notadamente traços de suas colisões com a igreja católica, por causa da Teologia da Libertação. É claro que não pretendo num modesto texto discutir ou discrepar com o famoso escritor e pensador brasileiro. Pinço um fato do seu encontro em 1984, em Roma com o cardeal Ratzinger, sucessor de Wojtyła (Papa João Paulo II). O ex-pontífice era o então prefeito da Congregação para a Doutrina e a Fé. No dia aprazado, Boff escreveu ao cardeal explicando que não poderia comparecer ao chamado da Santa Sé porque naquele dia (05 de setembro), teria compromisso com a Associação das Prostitutas, vítimas de exploração, a qual recebia apoio da CNBB. O papa emérito (cardeal Ratzinger) telegrafou para dizer que “a Igreja deveria vir antes de tudo”. Leonardo Boff foi astuto. Respondeu “que, conforme as palavras de Jesus, as prostitutas gozam de precedências, no Reino dos Céus”.  E citou a parábola de Jesus em Mateus 21.31, quando pregava no templo para os principais sacerdotes e os anciões do povo que davam respostas equivocadas as suas perguntas. (“Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus”).
Veja como a interpretação da palavra de Deus (Pai, Filho e Espírito Santos) pelas religiões cristãs do mundo está a merecer uma rediscussão a fim de chegar a unicidade e a verdadeira paz. Outro detalhe diferenciador das igrejas católicas e evangélicas: a primeira diz “a paz de Cristo!”. A segunda, para divergir, todavia dá no mesmo, proclama “a paz do Senhor!”. Chegou o momento fundamental de todos se entenderem que o reino desta vida também é de Deus, uno e indivisível. A paz é uma só. Outra grande atitude para melhorar o mundo já pregado e difundido pelo Papa Francisco é o diálogo das igrejas em favor da coletividade humana, sem o fermento da discórdia e do egoísmo na interpretação da palavra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. “Quando dois ou mais estão reunidos em meu nome, estou presente no meio deles”. No mais, é deixar que Ele grave no senso trágico da brevidade humana os sinais de sua mensagem.
(*) Escritor.

LIVRO "ANTIGOS CARNAVAIS" SERÁ LANÇADO AMANHÃ, DIA 13

 





08/10/2016

TRISTE PARTIDA

O Estado perdeu no dia de hoje uma das figuras mais queridas e mais honradas de sua história. CARLOS ERNANI ROSADO SOARES, médico cirurgião, salvou muitas vidas e fez renascer a esperança para muita gente, inclusive da classe indigente.
Professor fundador da nossa FACULDADE DE MEDICINA, dos mais estimados pelos alunos e pelos colegas, foi exemplo de humanista, pensador, escritor e filósofo.
Membro das Academias de Medicina, de Ciências do Rio Grande do Norte e da Norte-Rio-Grandense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Nossos sentimentos de pesar para Dona Madalena, Hermann e Lorena.
AGORA É SÓ RESPEITO E UMA PROFUNDA SAUDADE.