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08/05/2018
07/05/2018
Voluntário da pátria
Por Gustavo Sobral
Foi com o cavalo que tinha, a muda de roupa que tinha e um farnel.
Childerico usava bigode de ponta, terno com colete e relógio na
algibeira. Calçava botas, era cidadão e podia votar. Se despediu de quem
queria, pediu a benção a quem devia, e foi-se embora para o Norte
ganhar a vida, trabalhar com borracha e fazer fortuna. Contavam que
sabia segredos dos Incas, padeceu de epidemias e parece que foi até
vítima para mais de uma maldição. Virou guerreiro do Yaco e mandava
cartas contando cada coisa por aqui recriadas e aumentadas por um e
outro que as ouvia de quem lia, também fantasiadas no falatório de quem
as repassava. Miudezas, coisa de boca a boca, pé de ouvido e até fofoca.
Índio muito, fortuna grande, lenda aprumada, aventura arrepiante, tudo
navegado nos rios e afluentes sediado ele no Purus. Voltou velho, já no
fim, quando já era lenda e rei do Seringal Oriente com o título de
coronel da guarda nacional que o governo lhe deu, voluntário da pátria
na questão do Acre. A fortuna já mais não tinha. Quem viu disse que ele
voltou assim, mesminho como foi, a trouxa de roupa, o chapéu de massa, o
terno, e teve gente que desconfiou que até o cavalo era o mesmo.
02/05/2018
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01/05/2018
DIA 1º DE MAIO
História do
Dia do Trabalho
História
do Dia do Trabalho, comemoração, 1º de maio, criação da data, origem, eventos,
protestos, reivindicações, direito dos trabalhadores, bibliografia
Manifestações e conflitos em Chicago (1886): origem da data
História do Dia do Trabalho
O Dia do Trabalho, também conhecido
como Dia do Trabalhador, é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários
países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações,
passeatas, exposições e eventos reivindicatórios e de conscientização.
A História do Dia do Trabalho remonta
o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste
ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de
trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas
diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados
Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acontecimentos, um
conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns
manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros
enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes
atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o
estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O
resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da
luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear
aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista,
ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Internacional
dos Trabalhadores, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
Aqui no Brasil existem relatos de que
a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em 26 de setembro
de 1924 que esta data se tornou oficial, após a criação do decreto nº 4.859 do
então presidente Arthur da Silva Bernardes. Neste decreto, Arthur Bernardes
estabeleceu a data como feriado nacional, que deveria ser destinado à
comemoração dos mártires do trabalho e confraternização das classes operárias.
Porém, nas décadas de 1930 e 1940, o
presidente Getúlio Vargas passou a utilizar a data para divulgar a criação de
leis e benefícios trabalhistas. O caráter de protesto da data foi deixado de
lado, passando assumir um viés comemorativo. Vargas passou a chamar a data de
"Dia do Trabalhador".
Fatos importantes relacionados ao 1º de
maio no Brasil:
- Em 1º de maio de 1940,
o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades
básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e
lazer).
- Em 1º de maio de 1941
foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais
relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos
trabalhadores.
Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador?
Nos últimos anos a expressão
"Dia do Trabalhador" ou "Dia dos Trabalhadores" passou a
ser muito utilizada em referência à data comemorativa do dia 1º de Maio. Muitas
pessoas consideram ser mais adequada esta segunda opção, pois faz referência ao
trabalhador (merecedor da comemoração). Para estas pessoas, chamar a data de
"Dia do Trabalho" não é o mais adequado, pois enfatiza o trabalho
(ato de criar e produzir bens e serviços em troca de uma remuneração). Porém,
no Brasil atual, as duas opções ainda são muito usadas.
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fonte: Portal de Pesquisas
Temáticas e Educacionais
Manifestações e conflitos em Chicago (1886): origem da data
30/04/2018
RESENHA DAS ATIVIDADES DO IHGRN
O dia 19 de abril foi de mais uma edição da QUINTA CULTURAL
A palestrante convidada foi a Professora e Pesquisadora ZÉLIA BRITO,
desenvolvendo o tema "O Atol das Rocas".
desenvolvendo o tema "O Atol das Rocas".
vista parcial dos assistentes
Nossas QUINTAS CULTURAIS vem sendo consideradas
um sucesso de conhecimentos.
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Constituição Portuguesa de 1821.
Relíquias de valor inestimável.
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Nosso jardim do Largo Vicente de Lemos vem oferecendo,
diariamente, um alento especial com flores exuberantes,
que ornamentam nossos ambientes.
IHGRN, a biblioteca e a bibliotecária
Entrevista com Cristiane França
A diretoria de Biblioteca, Arquivo e Museu conversou com a
bibliotecária Cristina França, formada em biblioteconomia pela UFRN em
2015.2, que tem participado do processo de reestruturação do acervo do
IHGRN. A entrevista foi realizada em março de 2018, no IHGRN, o
entrevistador é o diretor Gustavo Sobral.
IHGRN: Em que consiste o trabalho de um bibliotecário em um acervo híbrido como o IHGRN?
Cristiane França: Assim como nos demais centros de informação,
recuperar, tratar e disseminar a informação, é o principal objetivo do
bibliotecário. A diversidade do acervo agrega um vasto conhecimento,
não só técnico, mas também intelectual para o profissional. Em se
tratando do IHGRN, é de suma importância conscientizar a sociedade,
sobre a importância e qualidade da biblioteca e do arquivo da
instituição.
IHGRN: Qual a importância e o papel do bibliotecário na organização, guarda e manutenção do acervo?
Cristiane França: O profissional bibliotecário tem papel fundamental,
principalmente, na organização e catalogação do acervo, evitando o
desperdício de tempo do usuário na hora da busca. O bibliotecário tem a
missão de garantir a qualidade da informação através do conhecimento e
técnicas adquiridos na sua formação.
IHGRN: Quais a s principais dificuldades que um bibliotecário encontra nas suas atividades diárias?
Cristiane França: Identificar e selecionar a informação, ter a
percepção sobre os usuários reais e potenciais, afim de satisfazer a
necessidade informacional de cada um. A extensa demanda de informações
ocasionada pelo avanço tecnológico, dificulta esse trabalho, o que exige
habilidades e atualização do profissional.
IHGRN: Qual a sua opinião sobre a importância do IHGRN e do seu acervo para o Rio Grande do Norte?
Cristiane França: O IHGRN, representando a memória do Estado,
proporciona o conhecimento quanto ao seu desenvolvimento, histórico e
geográfico, principalmente, através do seu rico acervo, contribuindo
junto a sociedade para sua formação intelectual, e valorização a
memória.
IHGRN: Lições, desafios, aprendizados, o que representa participar deste processo de organização do acervo do IHGRN?
Cristiane França: É de valor imensurável colaborar com tão nobre
trabalho e adquirir experiência profissional numa instituição de
referência como o IHGRN. Um privilégio e uma oportunidade de, como
cidadã norte-rio-grandense, conhecer a história do Rio Grande do Norte e
contribuir para a sua disseminação.
Para se esparramar, poltrona
Texto Gustavo Sobral e ilustração de Arthur Seabra
Sua diferença para a cadeira é a de ter braços. Então se pode dizer
que a cadeira é uma poltrona maneta. Mas não é só. A cadeira serve muito
mais ao uso na mesa de refeições, para a escrivaninha ou mesa de
trabalho. Já a poltrona, ah, a poltrona!, com licença, é como aquelas
senhoras sorridentes, matronas, uma mãezona. Geralmente acolchoada já
indica para que veio, sente-se e fique é o comando.
O conforto incita à permanência e demora, por isso, está no quarto,
ao lado de uma mesinha com abajur esperando um leitor; ou a avó que vai
bordar; e até a mãe que vai amamentar o filho. Pode estar na sala de
visitas, esperando justamente elas, as visitas.
Conta que de tão confortáveis já teve sujeito que puxou ronco e
cochilo em suas dependências reconfortantes. E que um dia um fotógrafo
necessitado de repousou outra encomenda a Sérgio Rodrigues, arquiteto
brasileiro: quero uma poltrona para me esparramar!
Sérgio, que tinha loja na General Osório (praça em Ipanema, Rio de
Janeiro, Brasil), fez então uma poltrona com os seus instrumentos de
trabalho prancheta, régua e lápis, uma borrachada aqui, outra acolá. Do
papel, levou para a fabricação em madeira e couro a que se julga (peça
premiada, se adianta, e em museu em Nova Iorque, o de arte moderna) a
coisa mais confortável para se reclinar. Na verdade, para cumprir
totalmente o propósito de se esparrar sem inibições.
Eis então a famosa, afamada, falada, sentada, disputada, colecionada,
sonho de consumo, Poltrona Mole. E como não poderia deixar de ser, nada
de capítulo à parte, uma banqueta no mesmo material e estilo para que
possam os pés cansados se refastelarem de conforto. Assim, a Mole ficou
conjugada para sempre escrevendo o maior capítulo do mobiliário
brasileiro, aquele que se dedica totalmente ao conforto de esparramar,
que, sem sombra de dúvidas, é muito melhor do que sentar.
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