MACAÍBA MULHER
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
Macaíba: nome próprio
feminino, singular, definiram, ao longo do
tempo, milhares de
estudantes nas antigas escolas
particulares de mulheres
extraordinárias como D. Quina, D. Emília, Ana Taboca, D. Dalila, Arcelina
Fernandes, Albaniza, Enedina Bezerra, Alice de Lima e Melo, Naide Tinoco, Zefinha
Alves, sem esquecer a Escola Estadual
Auta de Souza, as figuras de Maria Nazaré Madruga,
Constância Freire, Anita Mesquita, Francisca de Castro Gomes, professora
Isaura, Tereza Brito, Luzanira Araújo, Mariluza Almeida e Norma Barreto
Revorêdo.
Macaíba vem da
palmeira, da árvore, logo é mulher. Homenageando nesta crônica a mulher
macaibense, não poderia deixar de começar por Auta de Souza e pelas educadoras
de ontem, de hoje e de sempre que emolduram, pelo ensino e o saber, o perfil
das gerações de hoje. E nesse esforço de memória, corro o risco, novamente, do
esquecimento que não é voluntário. Macaíba de D. Iná Cordeiro, Dorothy de
Nestor Lima, Zuleide e Maria Maciel, da candura espiritualista de Elém Maciel.
Ainda guardamos no relicário da memória: D. Beleza (Isabel Freire), Diva
Bezerra, Iracema Leiros de Almeida, Elisa Pinheiro, Joana Ribeiro, Maria
Celestina de Castro Gomes, Iolanda de Castro Gomes, Anita Simplício, Consuelo
Araújo, D. Mocinha, Erneide Magalhães, Joanete Moura
e Ivonete Pessoa de Melo, Consuelo Andrade, Ester Duarte, Ana Mateus
Costa, Aline e Eunice Costa, Iolanda Lucena, Elita Marinho, Palmira Spinelli,
Nazinha Campos, Noelma Pessoa, Ozima Leite, Ieda Mesquita, Helena Rocha de Lima
e D. Ziza de Pedroca. A maioria das expressões femininas aqui citadas já é
falecida e aquelas, ainda vivas conservam no rosto, na lembrança e no olhar o
tecido social da antiga cidade. Relembro com saudade: Dulce Matias, Maria
Antonieta, Carmelita de Luiz Tomaz, Laís Costa, Graziela e Alba Mesquita,
Letícia Marinho, D. Ana Almeida, Margarida de Velhinho, D. Pretinha de seu
Pedro Florentino, Nazinha Mesquita e Hilda Correia.
Homenageio duas figuras
dignas do meu respeito e de todos, pois representam, pelo trabalho abnegado dos
seus esposos falecidos, a vida empresarial da cidade: Marluce Freire de Farias e D. Aparecida Borges. Resgato do
passado D. Elvira Nasser de Souza, Lila do Catecismo e da Cruzada Eucarística,
Lúcia Araújo, Anísia costureira e sua filha Sissi, Creuza Alexandre dos bailes
do Pax Clube, Maria Chambre Moura Magalhães, Terezinha de Campina, as irmãs
Alba, Geralda e Naíde, filhas de Severino Aleixo, D. Lalu de Mestre Vicente
Ferreira, e a memória vai embarcada num vôo condoreiro até chegar a Erenita
Costa, D. Segunda de seu Euclides Leite e suas filhas Tereza, Djair e Leda,
Silvéria Varela, Anete Almeida, Isaura Torquato, Nieda Spinelli Carneiro
Mesquita, D. Segunda Andrade, Auta Mangabeira e D. Luizinha Curcio Marinho.
Olho a paisagem ao
redor como se procurasse as imagens que a memória me esconde. A brisa vespertina
do rio Jundiaí me devolve Maria de Lourdes Leiros, Maria Alice Fernandes,
professora Sônia Lucena Marinho, Maria de Adauto, Aidéia Marinho, D. Elvira
Leiros e suas filhas Duvina e Nozinha, D. Zefinha Simplício, além de Nadir
Garcia, Manice Lima, Marilde Cavalcante e Lilia Almeida. Recolho do
esquecimento, além de D. Niná Alves, Maria Aparecida (Chico Vigário), Nazaré
Teixeira da Silva, minhas tias paternas Marocas e Joaninha, D. Paulina do
Catescismo, Maria Paiva Araújo, Zilda Teixeira, Hilda Teixeira, Neuma e Maliu
Leandro, D. Geni Nascimento (esposa de Zé Paulo). Registro algumas macaibenses
de hoje que sustentam o valor e a tradição da terra de Auta de Souza: Ozélia
Chaves, Maria Luiza Cavalcanti, Redjane, Ozama Barreto, Dione Almeida, Odiléia
Mércia da Costa, Verônica Ribeiro, Teresa Gomes da Costa, Francisca Menguita,
Ediane Bezerra, Marinete Florentino, Lia Mafra, Edma Dantas Maia, Profª Iracema
Lima, Maria Celeste de Castro, Marilene Monteiro, D. Carminha Dantas, Maria de
Lourdes (esposa de Rui Marciano), Maria José Soares, Maria de Fátima Soares
Bezerra, Berenice Guedes, Helena de Gilvan Azevedo, Marli Pessoa, D. Maria
Pedroza, Maria Neta Peixoto de Lima, Letusia Cordeiro e Letusia Lima, D. Expedita
de Filadelfo, Naná Moura, Assis Tavares, Zilma Teixeira, Severina Almeida,
Bastinha Pinheiro Pegado, Faneide Ribeiro, Neta Ribeiro de Souza e Léa Barbosa
Pessoa de Lima.
Por fim, o túnel do
tempo me devolve as figuras de Zebina Alecrim da Silva, Terceira Dantas,
Teodorica Freire, Odília Freire de Macedo, Julia Ramalho, Dulce Ramalho
Cavalcante, Lilita de Manoel Firmino, as irmãs Nicinha, Brinaura, Bertília,
Berenice e Beatriz Costa, Maria Olímpia, Maroquinha de Seu Neco Miquelino, além
de Maroquinha de Cícero Pessoa. Esse é o quadro de reminiscências que me propus
desenhar de memória. Ressuscitando saudades, revendo vidas e imagens que se
foram e algumas que permanecem como chamas votivas da Macaíba-mulher de
antigamente.
Nesse universo
feminino, com certeza, deixei de mencionar vários nomes. Antecipo, desde já, as
minhas desculpas. O esquecimento é humano.
(*) Escritor