Maquete do Museu da Rampa
O Complexo Cultural da Rampa, equipamento turístico-cultural
prometido pelos governantes do Rio Grande do Norte há quase 20 anos, mas
que não teve continuidade ao longo do tempo (pelo contrário, houve
desdém), terá suas obras, finalmente, iniciadas nesta semana. A
estimativa de conclusão é bastante otimista: até o final do ano. O
equipamento está orçado em R$ 8,7 milhões.
A ideia é que o Museu da Rampa, como já se tornou conhecido mesmo
antes de funcionar, seja também uma atração turística, sobretudo para o
visitante norte-americano, já que a história da Segunda Guerra Mundial
está intimamente relacionada ao local. A rampa para hidroaviões no rio
Potengi foi ponto obrigatório para aviadores que atravessaram o
Atlântico Sul entre 1920 e 1940.
16/06/2014
– Viver – Visita da embaixadora dos estados unidos Liliana Ayalde e a
governadora Rosalba Ciarlini, durante vita ao museu da RAMPA – Foto:
Alex Régis/ Tribuna do Norte
A posição estratégica de Natal, no “cotovelo” da América do Sul,
também serviu como referência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo o
ponto para pouso de aterrissagem de aeroplanos e hidroaviões
norte-americanos.
As obras do complexo foram iniciadas em 2013 e se encontravam paradas
desde 2014, o que sempre foi bastante criticado pela imprensa de Natal.
O motivo alegado foi o fato de a construtora responsável pela execução
do projeto garantir que havia erro de cálculo nas vigas que sustentariam
o Memorial do Aviador.
Foi necessário um longo período para reelaboração da estrutura e de
toda a burocracia para reavaliação do projeto e liberação dos recursos
junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e à Caixa Econômica
Federal.
As obras serão retomadas com 30% do projeto concluído. São, ao todo,
28 projetos independentes, desde paisagismo, concepção visual e
acústica, até questões de patrimônio histórico, museologia e
restauração.
A área construída corresponde a 13 mil m², com destaque para o
Memorial do Aviador, dotado de recepção, bilheteria, auditório para 126
pessoas, espaço em homenagem aos aviadores e área para promoção de
eventos culturais.
No espaço total do complexo constará ainda área de exposição
temporária e de exposição permanente (acervo ligado à história da
aviação e da 2ª Guerra Mundial), bar temático (American Bar) e loja de
souvenir.
Haverá também espaço externo com área de contemplação do Rio Potengi,
estacionamento para 85 carros, serviços de táxis e de guias, locais
para ônibus de turismo, píer à beira-rio e outros equipamentos.
Por ser o ponto das Américas mais próximo à África, Natal sediou
filiais das principais companhias áreas do mundo, tendo nas margens do
rio Potengi algumas rampas (daí o nome do museu) de hidroaviões de
empresas da Alemanha, França, Itália e Estados Unidos.
Há uma foto célebre do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas,
com o presidente norte-americano Franklin Roosevelt, em passagem pela
Rampa durante a Segunda Guerra Mundial. Certamente, será um dos
destaques no acervo do museu.